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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A ARQUITETURA






Uma das linguagens da Arte menos reconhecida pelo cidadão comum, irreconhecida como arte e menos percebida no seu valor e complexidade é certamente a Arquitetura.

ARQUITETURA O QUE É?


Arquitetura é um substantivo feminino e significa a arte e a técnica de criar espaços, ambientes e edificações para os diversos fins, tendo normalmente uma intenção plástica ou artística de harmonia. A arquitetura também pode ser considerada a arte ou técnica de projetar uma edificação. Seu profissional é o arquiteto.

 Advinda do grego, a palavra arquitetura une os sentidos de principal ou primeira à palavra construção, dando à entender “principal construção” ou “primeira construção”. A arquitetura é complexa, uma vez que não trata somente da edificação em si, mas também da organização de todos os espaços, aliando organização, ordenamento adequado com a beleza estética e artística.

 A arquitetura e arte possuem uma ligação íntima, e isso significa que a arquitetura se manifesta através da arte e do resultado final, com edificações. Ela possui em sua base muitas disciplinas e acompanha o homem desde que ele começou a construir seu próprio lar. A arquitetura engloba conceitos matemáticos, da ciência, das artes, da história, das ciências sociais e outros.

A invenção e a criação da Arquitetura possibilitou ao homem a transformação do espaço natural, a sua melhor adequação e até o resguardo, a conservação, desse mesmo espaço. De fato se manifesta como uma revolução silenciosa e calma, cujos resultados, todos visíveis, embora nem sempre tão compreendidos possam ser percebidos em qualquer lugar e período da conturbada história humana.

A falta de sua aplicação corrente e mais bem elaborada estabelece passiva e ativamente todas as diferenças entre classes sociais e culturas diversas, através do que edificam, como se organizam para habitação, trabalho, produção e deslocamento; como se dá sua sobrevivência e entretenimento; como se manifesta sua crença e descrença.

Do abandono mais turbulento, escondido em cavernas ou se resguardando no topo de árvores com dezenas de metros, em descampados e desertos, em florestas ou regiões gélidas, como solução imediata e sobrevivência bem como ostentação legítima e prazerosa.

Mas o que nos fez, ou mais exatamente os nossos antepassados, deixarem uma vida que consistia apenas em uma sobrevivência dura para uma vida que agregasse uma melhor condição, organização, segurança e até prazer?

Vários fatores e determinismos específicos determinaram uma das mais radicais mudanças no modo de vida da humanidade.

Por Helvécio Santos Pereira*

*graduado emDesenho e Plástica e História da Arte / Pedagogo


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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A ÚLTIMA EDIÇÃO DE BATMAN "O CAVALEIRO DAS TREVAS" ABORDA A PERDA DA FÉ CRISTÃ... UM EXEMPLO DE QUE COMO BONS ARTISTAS USAM A SUA ARTE PARA DISCUTIR ASSUNTOS REAIS

A maioria das pessoas compreendem a ficção como uma mentira deslavada, algo inocente ou tão terrivelmente irreal que se mostra inútil a qualquer aplicação na vida real.

Na verdade, artista não é guru, profeta, vaticinando sempre algo que seja iluminador e a resposta para alguma coisa. Entretanto bons artistas, que dominem técnica e saiba usar a linguagem artística a que se propuseram usar, podem sim, muitas vezes prestar uma real e importante colaboração a que determinadas reflexões sejam feitas.

No último 15 de agosto de 2018, uma nova estória do Batman toca na relação da realidade e a manutenção ou perda da fé majoritariamente ocidental: a fé cristã!

[Batman sempre foi um personagem de super-herói sombrio que luta contra o mal, mas em uma nova história em quadrinhos publicada pela DC Comics, ele também é alguém que perdeu sua fé cristã. Na mais nova história em quadrinhos da DC, Batman #53, o Cavaleiro das Trevas/Bruce Wayne é “sequestrado para interrogatório como parte de um processo que o Mr. Freeze está movendo contra o Batman”.

 A certa altura da estória, o bilionário Bruce Wayne questiona a uma mulher sobre seu crucifixo em forma de colar, e a imagem do objeto o leva a um flashback, que revela que ele abandonou o cristianismo quando criança. Seu pai, Thomas Wayne, aparentemente criou Bruce Wayne como cristão, mas ele terminou se afastando da fé depois que seus pais foram assassinados.

 “Você acredita em Deus?”, pergunta a dona do colar a Bruce Wayne. “Eu costumava”, responde Batman. “Meu pai era cristão. Ele reteve a alma imortal, o céu, o Pai e o Filho. Dando sua vontade ao seu Senhor, confiando n’Ele conscientemente. Ele queria que eu acreditasse também. Mas ele queria que eu viesse por conta própria. Ele foi à igreja. Ele me contou todas as histórias. Conversamos muito sobre o que podemos controlar, o que não podemos”, acrescenta o personagem. Mas depois que seus pais foram assassinados, Bruce Wayne se frustrou com a fé: “Eu deixei de acreditar em uma divindade. Ou acreditar em qualquer coisa que meu pai achasse capaz de tê-lo salvado”. Em seguida, Wayne se pergunta por que Deus deixou seus pais morrerem. “Eu realmente não consegui enxergar que alguma coisa o salvou. Eu saí de Gotham.

Por um tempo. Procurei algo sólido para colocar minha fé”, afirma, acrescentando que nesse momento ele se tornou o Batman. “Eu esperei por algo para me encontrar”, diz Wayne, concluindo o devaneio em suas memórias. O quadrinho chegou às bancas dos Estados Unidos na última quarta-feira, 15 de agosto, segundo informações do portal Christian Headlines.






Preview da estória original ( faça o download ):







MAS NO LINK:

Batman 53, 15 ago 2018, EUA


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ATUALIZADO!! HISTÓRIA EM QUADRINHOS, SEU LEGADO E POTENCIAL

O registro visual antecede em muito a invenção da escrita. Das cavernas passando pelos templos, criptas, malsoleus, adornos corporais, passando por todos os desenhos, paisagens e retratos em toda a história da Arte, captação de imagens e cenas reais como na fotografia e cinema.

Desse modo a HQ ( história em quadrinhos ) influenciada pelo retrato e paisagem e hoje reconhecida como literatura resulta numa linguagem visual, constituída de imagens organizadas e ilusoriamente dinâmicas que complementam narrativas e diálogos tem textos, verbais. Desse modo também ao leitor médio é mais fácil e agradável, ler uma HQ que uma cronica, um conto, um romance, etc.

Sem a necessidade do exercício da imaginação visual ou do prévio conhecimento também visual de algum ser, lugar ou coisa, a leitura de uma HQ é portanto facilitada a todas as faixas etárias, principalmente as mais jovens, sendo de agrado maior por parte de crianças, e demais jovens.

Antes criticada pela qualidade dos textos e menor exatidão linguística hoje há um maior cuidado por parte dos autores e editoras na adequação linguística, ocorrendo que os temas, pelo esgotamento de décadas e pelo esforço em manter vendas com estórias que se contradizem na sua continuidade, oferecendo versões dos mesmos personagens decididamente em manter certos números de vendas.

Como toda linguagem artística, as histórias em quadrinhos sofrem de um esgotamento natural, pelo tempo, décadas e mais décadas de produção e de exploração das personagens e dos virtuais conflitos engendrados para o também natural embate entre o bem e o mal, entre heróis e vilões.

Com os avanços digitais e editoriais o desenhar tem se tornado mais fáceis e o número de desenhistas, até brasileiros, os desenhos da estórias perderam em muito a identidade gráfica dos desenhistas antigos que primeiramente imprimiram o seu estilo no desenho de muitas personagens e suas estórias, muitos delas os criadores originais desses super-heróis e vilões.

Finalmente as HQs ( histórias em quadrinhos ) ao lado de todas as demais formas de literatura, tem o valor e o poder de contribuição de ajudar leitores e aficionados nessa modalidade artística e de literatura na identificação de bem e mal, de heróis e vilões ( uma invenção dos gregos ) além de proporcionar o equilíbrio, quando sadio, entre a fantasia e a realidade. Ou seja o importante aprendizado, e necessário, em ligar e desligar, selecionar e desselecionar a ficção e selecionar a realidade e vice-versa.

Stan Lee, desenhista, roteirista de quadrinhos, empresário do ramo do moderno entretenimento, morreu em 12 de novembro passado ( 20018 ) tendo sido reconhecido como um gênio desse ramo de literatura praticamente nascido no seculo XX. A sua contribuição é bastante moderna pois é dada na década de 60, como a criação do Quarteto Fantástico ( Fantastic Four ) seguindo-se a eles vários personagens originais que mais que inexistentes representam a alma humana e seus dilemas universais.


Por Helvécio S. Pereira*


*graduado em Desenho e Plástica e História da Arte / Pedagogo






























quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O USO RELATIVISTA DA ARTE... A BANALIZAÇÃO DA ARTE!

Ultimamente algum tipo de ativismo tem se instaurado vindo de setores do mundo acadêmico com repercussão e implicações na sociedade, na educação e no modo de como as pessoas passam a ver, produzir e consumir a Arte.

De modo absoluta e terrivelmente  simplista passou-se a ver a Arte divida em duas categorias: uma Arte "elitista" e outra "de todos" em que qualquer um por qualquer motivo, por motivo que lhe dê na telha, possa produzir irresponsavelmente o que queira, sem nenhuma ou pouca ligação com o que fora penosa e demoradamente construído como aquisição humana e realmente, de fato universal.

De modo direto, ficar pelado, nua, enfiar objetos em orifícios corporais, dizer blasfêmias sem mínimo respeito a crenças e cosmovisões alheias, promover rupturas irresponsáveis, ofender, anular valores, estabelecer outros destrutivamente e por aí se vai.

Basta se ter contato com uma nova "técnica artística" que na maioria das vezes não é tão nova e nem tão genial é capaz de elevar qualquer apedeuta a categoria respeitável e "intelectual" de "artista!

Mas será assim que as coisas devam ser vistas e enfiadas nas nossas gargantas e principalmente nas gargantas das novas gerações?

Tomemos o exemplo da música: inventada pelos geniais gregos, aproveitando tardias e demoradas invenções bem anteriores a eles, criaram definitivamente um sistema que pouco se mexeu e funciona de forma eficiente e maravilhosa até hoje. Custando milhares de anos, tantos que não se tem certeza absoluta de quando e como tenha se iniciado essa organização, por exemplo as pentatônicas constituem uma invenção chinesa que alcançara a longínqua África em tempos imemoriais, atravessando toda a história grega, alcançando a dominação romana chega à Idade Média e um padre regente de um coral confere a cada grau da escala uma sílaba extraída de um hino a são João Batista.

Acrescente-se a isso o desenvolvimento a partir da fala, de um dos elementos fundamentais da música, a melodia, desenvolvendo-se a seguir a polifonia, o contracanto que embora abandonado é revivido e levado a perfeição máxima por ninguém menos J.S. Bach, cerca de quarenta anos após o seu esquecimento. Segue-se por último a exploração da Harmonia, grande desenvolvimento musical ocorrido especialmente a partir do início do século XX, com o Jazz, Soul, Gospel, Blue, não necessariamente nessa ordem, e também com a Bossa Nova.

Agora, qualquer idiota com um computador ou a partir de um smartphone pode produzir algo reconhecido porca e tendenciosamente como "música", música que nem é pois se é cantado, com uma letra, um verso, o correto é canção e não música.

Cria-se ainda uma categoria profissional, bem paga, respeitada e ouvida nas suas opiniões estapafúrdias, como Funkeira, Mc, Dj, Rapper, e o que pior cada vez produzindo coisas piores, cada vez mais apressadas, menos elaboradas e maios desastrosas e irresponsáveis.


Curiosamente, as "esquerdas" em seu discurso acadêmico, combatendo o que e a quem eles chamam de "elite" e "elitistas" apoiam esse tipo de banalização da Arte. Esses mesmos ativistas "socialistas" esquecem que nos países onde o comunismo ou socialismo foram implantados, a educação de qualidade e a priorização de um tipo de arte louvável, universalmente reconhecida, como no caso a música clássica, foram de fato e realmente priorizados, bem diferente do que se pretende e se apregoa inclusive dentro da própria educação brasileira atualmente.

A esposa de Stalin em sua viagem de volta da Europa Ocidental, apregoava que os revolucionários deveriam se apropriar do melhor da educação burguesa. Hoje na China o maior público de música clássica é de jovens de quinze a trinta anos. Na Rússia e em todos os países antes pertencentes a antiga URSS, a formação musical se dava desde o fundamental chegando ao ensino médio para todos os estudantes.

A grande pianista chinesa Yuja Wang, o grande pianista Lang Lang, outros músicos, instrumentistas com por volta de trinta anos, são originários desses países, muitos deles com sucesso e destaque em outros países do mundo, incluindo o Brasil.

Nas chamadas artes plásticas, nas artes visuais, o mesmo se dá, tudo o que é esdrúxulo, passa a ser valorizado, elevado à categoria duvidosa de "arte" e seus produtores, criadores, elevados à categoria de artistas, ainda que sua produção seja crassamente irresponsável, danosa, desastrosa. 

Mas será isso pertinente? algo perceptível pelo senso comum?

Sim: basta irmos a um barzinho, festa, empresa, casa, etc. o frequentemente acontece é se ouvir ou se executar canções que nem fazem mais parte da programação musical da rádio ou é citada frequentemente pela mídia. As canções mais antigas, com maior complexidade temática, poética e musical
são lembradas e dessa forma ouvidas ainda hoje.

Qual a razão disso? inconscientemente a maioria das pessoas, diga-se mesmo a grande maioria, percebe que as canções de períodos anteriores eram de certa forma melhores. E esse fato é tão recorrente, tão perceptível, tão comum que é praticamente inegável.

Talvez além do ativismo ideológico porco feito por grupos em nosso país há a aquiescência da mídia em busca dos números da audiência que tem influência direta no preço e na venda dos espaços comerciais nas rádios e tvs. Dessa forma conquistando os ignorantes, os simples, alcança-se para benefício de quem é muito rico, dono dos meios de comunicação, cujos filhos e família de fato não têm nem de longe os mesmos gostos e sensibilidades, ganhem mais dinheiro ou pelo menos assegure o seu sucesso financeiro de suas empresas de mídia e propaganda.

Nesse jogo, ou quadro maior, alguns vendem literalmente suas almas ao Capiroto mas continuam lucrando como sempre, e até mais que antes. Também a tão propalada e relativizada "Cultura" perde definitivamente o que antes teria sido sua aquisição: qualidade e complexidade!

Por Helvécio S. Pereira*


* graduado em Artes Plásticas, Desenho e História da Arte / pedagogo






















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