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As vezes temos que retormar um assunto por mais que pareça simplesmente recorrente.
Já disse através de outras postagens que a compreensão do que seja a Arte
exatamente, é de extrema importância, não só do ponto de vista do indivíduo, mas da
sociedade como um todo.
Se não vejamos:
Pensemos no mundo e como ele seria se o fenômeno da arte como linguagem e instituição não deixasse impressa a sua marca, como é de fácil constatação,
em todas as sociedades e agrupamentos humanos? Teríamos, de fato, um mundo apenas
funcional e uma comunicação apenas objetiva e não subjetiva e carregada de tamanha
complexidade.
O conhecido verso de Carlos Drumond de Andrade: " no meio do caminho tinha uma pedra"... Apenas seis palavras que poeticamente têm muito mais a dizer do que do
diz objetivamente a frase.
A Arte propicia que os seres humanos se comuniquem entre si, comunique aos demais,
em um nível de representação e abstração muito além da objetividade necessária à
vida.
A Arte não constitui uma verdade em si mesma, nem uma mensagem em si mesma. É ela
apenas meio que guarda, que retém, que transmite, apelando para a razão e a emoção,
construindo uma empatia entre o que expressa e o que vê, ouve, toca. É meio desti
nado, endereçado conscientemente e propositadamente aos sentidos. Arte visual para
quem pode ver, arte sonora para quem ouve, tátil para quem toca. Tudo porém para
apenas registrar, refletir, pensar, transmitir a grande experiência humana com suas
dores, seus enfados, prazeres, delírios e esperanças.
É muito mais útil, ao meu ver, refletir sobre a Arte do que sobre os artistas
primeiramente, do que sobre as suas obras, restritas a uma contemporaneidade, a
valor restrito, a um mercado. Tudo isso tem o seu lugar mas entender que a Arte, a
verdadeira Arte só nos é útil se nos possibilita conhecermos a nós mesmos.
A imagem acima dessa postagem é uma bela imagem, que emociona, e que acho, transmite de forma eloqüente através de um registro fatual, o respeito devido à natureza.
Aliás mais que à natureza, plantas e animais, à vida. À VIDA!
No caso a linguagem artística usada a foi a linguagem da fotografia artística. Ou seja a linguagem do registro fotográfico com um olhar particular, subjetivo.
Bom aí já é assunto para uma outra ocasião.
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