By Helvécio Santos /
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Lola Astanova
YUJA WANG
What an amazing compilations of highlights performed by Yuja Wang!
Yuja Wang
is the 29-year-old ( she is borned in 1987 ) Chinese pianist revamping the classical music scene with her tight, short, colorful dresses.
When Wang played the Hollywood Bowl in August in a skimpy coral-colored dress, the performer's appearance stirred debate on blogs and in newspapers—with some going so far as to say "My poor eyes did not need to see the things they saw."
“They were paying attention to this rather than the music,” Wang told the New York Times last week. “Which makes sense, as L.A. is kind of superficial and more visual. But they have rules about what classical musicians should be wearing, which I think is stupid.”
Criticism hasn't stopped Wang from wearing her revealing dresses while performing; instead, she says “I can wear long and black too. I like being versatile ... I wanted to do the shock value.”
Muitos
não sabem, inclusive músicos, a Melodia, como um dos três ( e segundo
alguns musicistas e estudiosos, um dos quatro, quando se pensa na
afinação como elemento da música ) elementos básicos da Música é sem
dúvida o elemento que dá a música a sua materialidade, os outros dois ou
três elementos a enobrecem, a adornam, lhe dão uma gramática.
A
Melodia origina-se na fala pátria de cada povo, o que ratifica o fato
de algumas línguas nacionais aparentemente se prestarem ao canto ( à
melodia nas canções ) mais do que outras. Isso se dá também porque a
Música que ouvimos e criamos constantemente em todo o mundo, em todos os
lugares, se baseiam apenas em um dos vários modelos musicais inventados
pela humanidade em toda a sua história, sendo portanto apenas um, o mas
bem sucedido, reconhecido como Música Ocidental, cuja origem e invenção
se deve aos matemáticos e filósofos na antiga Grécia. Sendo as línguas
de origem diverso e anterior e posterior a essa Música é completamente
compreensível que casualmente umas se adéquem mais que outras a essa
linguagem musical com sua gramatica.
Já a Harmonia segue regras rígidas que
podem ser "burladas" com bastante genialidade sem ferir a sua gramática.
Já o ritmo não dá oportunidade real a ser o músico inovador, apenas
troca seis por meia dúzia, um instrumento, um timbre, um efeito por
outro, sempre no mesmo lugar, divide o tempo até o quanto não seja
desprazeroso, incômodo, ouvi-lo, não havendo muito o que fazer. A
Afinação é rígida, oferecendo apenas determinado número de modelos para
certos instrumentos, particularmente os de cordas e temperados.
Desse
modo o que há de mais promissor no que se refere à alguma criatividade e
novidade é de fato a melodia. Boas melodias são inspiradas ou criadas
para vozes femininas ou juvenis. Se uma melodia fica bem em uma voz
feminina ou juvenil, há sim uma boa chance dessa melodia ser agradável e
menos monótona, jovial e mutante.
Não é novidade que a
Música erudita e a Música popular se tenham realimentado ao longo da
história da música, se a primeira empresta qualidade, a segunda empresta
o risco da criatividade. Talvez seja esse o aparente motivo pelo qual,
em todo o mundo, virtuoses em instrumentos de concerto, tenham graças a
sua sensibilidade musical, capacidade técnica, se voltado para certas
melodias que musicaram canções até sem muita relevância poética ou
temática. Ou seja: a canção pode ser tematicamente idiota, de poesia
sofrível, mas cuja melodia seja uma peça musical de genialidade
percebida.
É o que você ouvirá e poderá perceber nos vídeos e nos grandes instrumentistas dessa postagem,
Que a música hoje conhecida e universalmente difundida, conhecida tecnicamente como "Música Ocidental" nasce em alto nível, concebida e gramatizada por filósofos e matemáticos gregos e após um lento e profícuo período é finalmente desenvolvida de modo mais definitivo na Itália e se populariza como canção em todo o mundo é um fato.
Impossível negar a realimentação intermitente dessa música de massa possibilitada justamente pela conservação da nobreza do clássico ou erudito ou ainda música de concerto, sem a qual, essa influência a decadência de algo tão genialmente criado na antiguidade se degradaria, como é degrada a música produzida e de gosto de parcela de certos guetos sociais.
Um bom exemplo dessa positiva realimentação é justamente da dupla de músicos, de fato são três, o 2 Cellos, pela segunda vez no Brasil.
2Cellos é um duo musical de violoncelistas esloveno-croatas. A dupla, formada em 2011 e que toca um estilo de música conhecido por Cello rock, é composta pelos músicos Luka Šulić e Stjepan Hauser.
A música com a sua popularização e com a crescente possibilidade técnica que propicia produzir, fazer, criar música com muito conhecimento e com pouquíssimo conhecimento musical, com a possibilidade de transformar em dinheiro, em muito dinheiro qualquer coisa que se pareça vagamente com música, com a possibilidade real de agregar a uma pseudo música coisas e valores que nada tenham a ver com ela, com a música, permite que se ignore tudo ou quase tudo sobre ela nos dias de hoje.
Seria como fazer sexo com alguém , pode ser fazer por todos os motivos louváveis e reais, motivos esses de alta complexidade humana ou por nada, ou até criminosamente contra alguém. A escolha e as várias possibilidades estarão sempre diante de todos nós. Cabe a nós inteligentemente ou caoticamente escolhermos o caminho mais nobre, mais razoável, mais mentalmente recompensador. Curiosa ou desastrosamente muitos hoje nos meios acadêmicos ou oriundos destes defendem sem que nem para que, não há distinção entre uma possibilidade e outra, ou pior: o caminho mais fácil, o mais simplório, o mais acessível seja o caminho que sobreviva e ainda deva ser estimulado nas novas gerações.
A prova contundente e em contrário é justamente o fato de que a música produzida há muito tempo, ou até mesmo há algum tempo antes da atualidade, por músicos, que pouco ou muito menos em fama e em dinheiro ganharam com sua genialidade que nos enchem olhos e ouvidos seja a única que sobreviva, permaneça, reconhecidamente como genial, nobre, complexa, exaltada e que ainda em todos os países modernos, seja a única a ser preservada, aprendida, admirada e reconhecida, seja em países capitalistas ou socialistas, até em países que ficaram alijados e isolados sem essa musicalidade como o Alfeganistão, Iraque, na África, etc. É ainda a única que une realmente pessoas, de povos, de culturas diferentes e antes em muitos momentos inimigas, entre pessoas talentosas de idades, sexo, e etnia diferentes e diversas. A única acima de diferenças que fizeram tantas vezes povos em que essas pessoas e musicistas são originários, inimigos mortais.
Nessa postagem a interpretação, parte dela, de um jovem e virtuose pianista chinês, tocando um autor americano, filho de judeus russos, em um piano de marca nobre de um fabricante judeu, com músicos e plateia de pessoas tão diversas juntas em uma cidade imaginada e simbolicamente cosmopolita.
Mas atentemos para algumas ilusões ou certas ideias ditadas pelo senso comum:
Um músico erudito sabe mais que outro. ERRADO!
POR QUE?
Todo músico erudito, assim como todo médico tem obrigatoriamente formação semelhante e tecnicamente não há peça musical que um consiga tocar e outro não. O que difere um de outro e a personalidade, a preferência por tal e tal estilo, por tais e tais autores, etc.
Um músico erudito toca porque simplesmente sabe onde tocar, como um datilógrafo exímio que sabe digitar rapidamente e sem erro. ERRADO!
POR QUE?
O treino e a técnica realmente possibilitam que tais músicos toquem qualquer peça musical que lhes seja pedida mas a diferença vai além disso, bem além: o músico erudito percebe e "lê" o que ao autor intencionalmente colocou em sua obra e traz isso de volta na sua interpretação.
É possível usufruir da música em sua toda potencialidade sem estudá-la. ERRADO!
POR QUE?
A Música é originalmente complexa e genial. Os gregos nos legaram um grande presente, rico, singular e complexo. Ignorar tudo o que nos legaram e que foi desenvolvido historicamente de forma penosa e lenta, não é nem razoável e nem inteligente.