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quarta-feira, 29 de maio de 2024

PARA QUE E PORQUE A ARTE


Voltando ao assunto CULTURA, ARTE ou FRESCURA e já respondendo as
possíveis e diversas indagações a respeito, desfrutar do acesso à Arte não é de
modo algum uma frescura, um penduricalho cultural e sim uma ótima oportunidade
para o crescimento da alma que é confrontada com experiências humanas
complexas. É viver experiências que ainda não são suas, mas que podem ser.

Um exemplo prático é de alguém que assista um filme comercial e divertido, de
tema recorrente, mas que subjacentemente aborda uma experiência humana que
alguns de nós possamos um dia vivenciar e que muitos já a vivenciam:

No filme A Guerra dos Mundos um casal tem que dividir as responsabilidades
naturais e diárias de dividir os filhos adolescentes e colocar a prova o cuidado por
eles. Além disso, a personagem do pai das crianças tem que se relacionar, conversar,
ver a ex-esposa grávida do seu novo relacionamento. Que desafios!somente uma mente
madura e bem estruturada poderia responder bem a essas questões.


Você pode então dizer: E daí? Longe do contato com a Arte, sem saber
relacionar-se com ela, quantos "machões" não saberiam o que fazer numa situação dessas (ter a atitude mais correta, óbvio). Quantos não estão por aí atirando crianças pelas janelas, matando suas
ex-namoradas, ex-amantes, ex-esposas e até suas “ex-ficantes"?

Frescura é dizer que gosta da arte pela arte ou apenas para que os
outros pensem que você tem um "verniz" cultural (como se isso fosse o importante nessa
questão!). Artistas de verdade falam do ser humano através das suas obras.O seu trabalho
espelha o que somos,o que podemos nos tornar e aponta para outras possibilidades. Nos
dão escolhas do que SENTIR, PENSAR e ACREDITA.

Por Helvécio S. Pereira

Graduado em História da Arte, desenho e plástica pela EBA /UFMG

e em pedagogia pela FAE/UEMG

Professor de duas redes públicas em Belo Horizonte, Minas Gerais e ex-formador  da GPLI, ligada à Secretaria da Educação da PBH por cerca de seis anos.

Blogueiro desde 2011, professor, compositor, pintor, ilustrador e desenhista

OS GÊNEROS MUSICAIS, O QUE SÃO? POR QUE EXISTEM E POR QUE FORAM CRIADOS?




OS GÊNEROS MUSICAIS E VOCÊ ( parte 2 )



Tá, os gêneros musicais constituem um tipo de informação que a pessoa pode ter, pode não ter conhecimento dela, pode saber e não julgar importante ou ao contrario: saber, ter conhecimento e julgar muito importante. Mas e depois, que implicações diretas tem saber essas coisas e em que esses gêneros musicais influenciam você ou eu? Sabemos que podem e influenciam toda uma geração em um país, em uma nação ou em várias delas.

Comecemos, no modo em que podemos diferenciar um gênero musical de um outro gênero musical, como podemos distinguí-los. Há alguns elementos a serem observados que nos ajudam a separar uns de outros:


A forma como, por exemplo uma bateria é tocada, ou mais suave ou mais agressiva, como entre o pop e o pop-rock, por exemplo.

A forma como alguns instrumentos de cordas são tocados, de forma acústica ou com distorção.


A forma como são os vocais, solos, se são vocais gritados, roucos ou melódicos e suaves.


Os temas, que assuntos são normalmente abordados e os que são desprezados e quase proibidos de fazem parte das canções.


O vocabulário usado, que palavras mesmo da língua pátria dos compositores, são usados como por um grupo, um gueto, o uso de gírias ou de bordões, tanto nas canções como na comunicação normal entre artistas e fãs, entre os músicos, cantores e o seu público.

Como exemplos podemos observar, o pop e o pop-rock, ambos tem uma designação de serem pop, mas há sutis diferenças entre ambos:

No vocal o pop é mais, digamos, limpo, enquanto no pop-rock é ligeiramente mais rasgado;


Na bateria o rock usa apenas a bateira tradicional do rock, enquanto no pop-rock pode ser adicionadas baterias eletrônicas ou até essas podem ser substitutas da bateria acústica;


As guitarras no pop-rock são mais raizes, com timbres já tradicionais do rock, enquanto no pop podem ser modificadas, sintetizadas, etc. O mesmo acontece com o contrabaixo, no pop-rock mais próximo do rock tradicional enquanto no pop pode ser totalmente sintetizado.

As letras e temas podem ser mais rebeldes no rock e levadas mais a sério, dramatizadas que no pop.



Essas observações e esses detalhe podem ser observados como critério em todos os demais gêneros e estilos musicais, servindo para registro e descrição de cada gênero nas suas respectivas diferenças de uns para outros. Ou seja> conhecer e entender as filigranas dos gêneros musicais, além dos elementos fundamentai da música, as famílias fundamentais dos instrumentos musicais e sua função na música não são informações a serem razoavelmente desprezáveis. Não se compreende a música e não se escolhe inteligentemente o que ouvir em música, sem essa base rigorosamente obrigatória. Sem essa apreensão se tem compradores de gadgets de som, ouvintes de barulhos, como alguém que ouve mandarim e não entende uma articulação linguística. É rigorosamente posar de bobo e pagar mico, e milhões o fazem diariamente. O choro é livre se você não gostou!

Outro exemplo bastante esclarecedor é entre o Samba e a Bossa Nova que é um samba. O primeiro é cantado bem alto, para ser ouvido a distância e os instrumentos todos tocados como muita energia e volume, aparentando que cada um deve ser ouvido e notado tanto quantos os outros. Já na Bossa Nova, o vocal é quase as vezes sussurrado e o violão e todos os instrumentos são tocados com bastante economia sonora. Os temas, ou assunto das canções ou do cancioneiro de cada um , diferem grandemente. O samba é mais individual e masculinamente machista enquanto a bossa nova é decididamente mais universal.


Ainda sobre os temas ( assuntos das canções ou das músicas ) das diferentes composições de cada gênero musical, alguns gêneros musicais têm temas mais universais, como o rock, por exemplo. Temas mais universais e que fazem parte das experiências das mais diferentes pessoas em todos ou na maior parte das pessoas do mundo.

Já o samba, prioriza a experiência pessoal dos interpretes ou dos cantores, em detrimento das experiências universais, das experiências dos outros. O funk , o Rap, o Hip-hop por exemplo, se ocupam com as relações sociais, entre classes sociais, entre ricos e pobres, pretos e brancos, etc. A experiência individual é considerada em segundo plano, em detrimento dos protestos e análises sociais.

Não por último pois outras classificações podem ser criadas e outros elementos analíticos e descritivos podem ser analisados, a relação entre gênero musical, etnia e classe social. Se é verdade que na maioria dos casos, os gêneros musicais nascem em um gueto cultural, econômico e social, com o tempo vazam e de estranhos passam a ser queridos, por várias camadas econômicas, etnicas e sociais diferentes. A canção caipira ou sertaneja, é tão querida pela camada social, de trabalhadores e pessoas de cultura simples como pelo latifundiário dono de cabeças de gado ou de potros que por unidade, valem mais que apartamentos de cobertura em áreas nobres de muitas cidades. O jazz, nascido em regiões predominante negras de New Orleans, não aceito inicialmente em solo norte-americano, após ser mostrado na França e adorado pelos críticos musicais europeus, retorna aos EUA e ganha o mundo com status de música erudita e assim permanece até hoje, inerredável e definito nessa posição de música e músico de excelência.



Outro exemplo é a nossa Bossa nova, que influenciada pelo jazz que acaba influenciando muito mais do que influenciada, fruto na original evolução do samba brasileiro, apenas mais intimista e de poesia singela e rebuscada, sem pretensão de interpretação de vozes vigorosas, sem improvisos com arroubos de virtuosismo e exibicionismo, ganha o mundo, atravessa barreiras étnicas, sociais, culturais e ganha desde europeus a asiáticos e assim permanece como música de excelência, mesmo sem continuidade de compositores e de composições. Aliás ninguém conseguiu compôs alguma bossa nova tão boa como as conhecidas e clássicas. É como repetir Bach ou Beethoven, ou Mozart, ou Listz, Tchaikovsk ou ainda Rachmaninoff... todos únicos.

Por Helvécio S. Pereira

Graduado em Desenho, Plástica e História da Arte pela EBA/UFMG
Graduado em Pedagogia pela FAE/UEMG
Professor de Desenho Geométrico, Educação Artística e Artes
Músico amador/ educador musical
Fotógrafo
Blogueiro
Divulgador do sistema operacional Linux, tendo feito parte da equipe que implantou o Linux na rede de educação da PBH/ MG

Belo Horizonte 28.05.2024

quarta-feira, 22 de maio de 2024

COMPOSIÇÃO MUSICAL... COMO FAZÊ-LA

 



 Como surge a música, como ela se origina?

Poucas pessoas param para pensar seriamente sobre esse fenômeno. Primeiramente a música só existe na experiência humana porque simplesmente somos programados biologicamente para gostarmos de música. Uma girafa pode ouvir uma peça musical mas é quase improvável que se interesse em ouvi-la ou que se emocione de alguma forma com ela. Da mesma maneira um chimpanzé. Menos ainda uma serpente ou uma abelha mesmo porque são ambas surdas ( e não são as únicas ).

Se somos biologicamente capazes de ouvir música podemos e fizemos isso bem no início da nossa história humana, de criarmos algum tipo de música. A primeira certamente a ser produzida, composta, foi certamente uma música intuitiva ou primitiva. Com a sistematização a partir de criação de sistemas musicais com regras pré definidas, pudemos compor músicas mais dentro de determinados padrões, o que fazemos até hoje, com maior ou menor sofisticação mas sempre seguindo um dodo de fazer, uma receita de bolo.

Claro, se antes a composição era esporádica, movida por razões místicas ou festivas, resultado de bebedeiras, ocasiões marcantes como nascimentos, coroação, vitórias em guerras, casamentos e mortes bem como em ritos religiosos, com o advento da indústria da música, ela passa ser uma necessidade para suprir um demanda de pessoas que compram aparelhos de som e outros apetrechos para ouvir  música.

Desse modo a composição musical para a indústria do entretenimento ( incluindo cinema, games, propaganda, tv ) é sempre intencional e dirigida a um público consumidor. Entretanto em todas as situações há uma intenção e know how, algo como fazer a música.

Logo a pessoa, a figura de um compositor não só é essencial, necessária, mas sem ele nenhuma  peça musical, nenhuma obra musical, da ruim a de excelência, da simplória a sofisticada existiria.

Mas como uma musica nasce na mente de um compositor?

Não há uma conclusão final, uma explicação definitiva que explique todas as situações de composição e de criação musical, o que se aceita com certa unanimidade é que há um componente de intuição. O que seria essa intuição, esse fator que dá partida a criatividade? ninguém com certeza sabe! mas é esse componente misterioso que da origem a tudo.

Essa intuição pode ser uma palavra, um assunto, uma situação, algo simples ou ate algo contrariamente bastante sofisticado como uma jogada em um jogo de tabuleiro, não importa, ela existe e real, acontece.

Entretanto se apenas o compostor compor e não registrar, não anotar ou como antes ocorria não ensinar outra pessoa a cantar ou tocar a sua peça musical, ela desaparece naturalmente, deixa de existir logo aos criada.

Entra aí uma segunda personagem, uma segunda pessoa, tão importante quanto quem a compôs, a figra do INTÉRPRETE.

O intérprete não é somente que canta uma canção ou toca um instrumento musical, faz mais do que isso, ele dá vida e alma nova a composição feita por outra pessoa, por outro compositor.  Há poucos casos em que o autor/ compositor é também o intérprete, algo muito comum na música popular e no passado na música erudita, em que os autores/compositores tocavam, executavam publicamente as suas próprias composições.

Um intérprete assemelha-se a um ator, ao cantar ou tocar uma peça musical, deve e revive as emoções ( as vezes recria ) as  mesmas emoções do autor compor uma obra musical. Logo o papel de um intérprete, seja cantando ou executando uma peça musical totalmente instrumental é fundamental no caminho da obra musical após a sua composição.

Entretanto o processo não pára aí. Se parasse nesse ponto todo o processo, o caminho da música, da obra musical chegar até nós ouvintes não se completaria.

Ao final e início dos séculos XIX e XX os processos de registros sonoros possibilitaram a criação de um novo produto, novo no cenário humano-social e tecnológico: a venda do que fora gravado a um público que o compraria. Surge então a poderosa e praticamente mundial indústria fonográfica com todos os seus braços e ferramentas, estratégias que vão desde a produção à distribuição das obras sonoras.

Logo, o caminho que temos, em que a composição musical contemporânea percorre é:


COMPOSIÇÃO >  INTERPRETAÇÃO > PRODUÇÃO 


A maioria das pessoas imaginam que os artistas que possuem e atraem visibilidade são não só eventualmente autores de suas "músicas" mas aqueles que criam e cuidam de todos os detalhes de uma pressuposta composição musical, o que não é definitivamente a verdade máxima. Uma produção musical moderna não é obra de uma única pessoa mas de um conjunto de profissionais tecnicamente especializados, cada um em sua área dentro da produção musical, o que hoje é um trabalho totalmente colaborativo.

Que pessoas fazem parte e são os profissionais necessários e capacitados tecnicamente para a produção musical moderna?

Arranjadores

Instrumentistas ( cada um em seu instrumento musical específico )

Solistas ( contratados para compor um riff, um solo numa transição da canção, como uma ponte, introdução, etc )

Back vocals ( coro ) para cantarem junto ao cantor ou ao fundo de uma peça musical mesmo instrumental.

Engenheiros de som ( responsáveis pela captação de som tanto ao vivo como em estúdios )

Editores de som ( após todo o material gravado edita, apaga, realça, mixa o material gravado dando a forma final e tradicional de uma canção ou peça musical para ser ouvida em diferentes tecnologias seja, vinil (  que está voltando, CD, mp3, ogg, wav, dat  etc )

Artistas gráficos /fotógrafos profissionais que preparam visualmente a obra musical fazendo capas, cartazes, material gráfico para divulgação em geral.

Produtores e editores de vídeo
para criação de vídeo clips, um recurso moderno para agregar a canções uma segunda mensagem e que se tornou tão ou mais importante para divulgação de músicos e cantores.

Distribuidores que farão com que a obra musical, música ou canção, chegue as diversas mídias: rádio, tv, web etc





Por Helvécio S. Pereira

Graduado em História da Arte, desenho e plástica pela EBA /UFMG

e em pedagogia pela FAE/UEMG

Professor de duas redes públicas em Belo Horizonte Minas Gerais e ex-formador  da GPLI, ligada à Secretaria da Educação da PBH por cerca de seis anos.

Blogueiro desde 2011, professor, compositor, pintor, ilustrador e desenhista

O ENSINO DA ARTE E AS PRÓXIMAS GERAÇÕES. A ARTE ESTÁ MELHORANDO AS PESSOAS OU AO CONTRÁRIO?

 


A
ntes de se responder a esta oportuna e necessária questão há se deixar claro alguns conceitos e definições erráticas acerca não só da Arte como dos artistas:

A Arte é realmente importante independentemente de como ela seja expressa e apareça diante de nós seja ouvindo os seus sons, vendo as suas expressões visuais e mesmo habitando dentro dela ( no caso da arquitetura ) ou vestindo-a (O como no caso da moda )?

Primeiramente ( por necessidade de ordenação e organização )  a Arte não é uma instituição isenta de inutilidades, erros grosseiros, promiscuidade com instituições ( sejam elas religiosas, políticas, ideológicas ou o próprio mercado ) e em segundo lugar o artista em geral e isto é mais verdade contemporaneamente não é um cidadão ou não, iluminado e abençoado com alguma clarividência sobrenatural ( tomando emprestado um termo criado e usado por kardecistas ou espíritas modernos ) não sendo um guru, profeta, santo ou sábio, muito ao contrário tendo de fato uma enorme parcelas dos artistas factualmente fugidos da escola e os que se autonomeiam  "intelectuais" aparentam saber mais e além das pessoas comuns apenas pelo exotismo e tempo despedido em ler certas obras e autores praticamente da moda, ou seja tendo ouvido só um lado do que se chama comumente hoje de narrativa. De fato escolheram um lado da realidade e passionalmente têm um caso de amor com apenas alguma visão dos fatos e não com a mais concisa realidade e se arvoram em serem palpiteiros sobre o que praticamente não conhecem com profundidade.

Se perguntarmos para a maioria das pessoas comuns e outras nem tão comuns, ou mostrarmos a elas, ambas alguma obra recente imposta pelo mercado ou por alguma parcela de críticos de arte cujo trabalho é promover certa turma de artistas usando de um palavrório inacessível ou pouco passível de ser desconstruído por alguém que não seja do meio "artístico", nos dirá ( as pessoas mais comuns e outros ) que tais obras são simplórias, ridículas ou feias. Algum mais entendido de arte pode argumentar que em vários períodos da história da Arte, muitos gêneros artísticos, muitas tendências artísticas e movimentos artísticos foram em seu tempo bastante questionados, desprezados e ridicularizados, por exemplo o Barroco, entre tantos outros. A admiração e reconhecimento só foram obtidos muito tempo depois.

Entretanto há uma distância enorme entre o que resultado de elaboração complexa e plenamente justificada e algo que aparentemente produzido casuisticamente e sem complexidade artística aparente nenhuma, simplesmente como algo que é feito e dê um resultado aleatório esdrúxulo.

Como justificar ( e isto é fato, aconteceu realmente não apenas uma ou duas vezes, mas várias no mundo ) em que uma pintora ou um pintor, tira as suas roupas, se besunta de tinta e senta-se em um tela em branco ou nela se esfrega produzindo uma imagem, uma série de manchas únicas que qualquer pessoa ou criança seguindo o ,mesmo fazer conseguiria um tal resultado "artístico"?

Os exemplos de "pinturas" deste tipo feito por autodenominados "artistas" e de igual criatividade das pinturas feitas por elefantes treinados, macacos, e outros animais é de qualidade no mínimo duvidosa e duvidável.

Mas antes fosse só isto: a a questão dos temas e do que cada obra "artística", cada exposição "artística" ou o que se coloca na obra, se diz e se intui é de uma pobreza rasteira levando-nos a supor que tal artista ou artistas são apedeutas, tolos ou loucos.

Se a manifestação artística em suas várias modalidades ( música, teatro, arquitetura, moda, cinema, dança, pintura, desenho, etc ) só perpetuam algum reconhecimento por serem consideradas únicas, complexas, ricas em sua temática e abordagem, matematicamente construídas, únicas, como igualá-las as que não ´preenchem tais requisitos?

Como disse bem o dramaturgo e escritor Aruana Suassuma acerca de uma crítica de arte vendida feita por um crítico de música popular profissional em um grande jornal acerca do guitarristas Ximbinha: "Genial"]... Suassuma asseverou que se se gastar "genial" como o Ximbinha, que termo sobrará para adjetivar o grande e maior gênio da música de todos os tempos, J. S. Bach?

Não se pode sob desculpa alguma, ou mesmo pelo malfadado "politicamente correto" igualar-se coisas de méritos indiscutivelmente diferentes principalmente que em situações normais e totalmente predominantes, todos nós, no mundo capitalista ou socialista, mesmo porque não depende de conceitos ideológicos, escolher o ,melhor em detrimento do pior, seja uma roupa, um eletrodoméstico, uma roupa, um cônjuge, a cor de uma parede, um tipo de janela ou mesmo um bairro ou cidade que se pretenda morar.

Em todas as situações sabemos e escolhemos em situações totalmente normais entre duas coisas sempre a melhor, se é nos dada a oportunidade de julgamento, comparação e escolha. Por que na "arte" seria diferente? não é! nunca foi e repito não será jamais e não é no presente.

Em todas as atividades humanas há a natural identificação do falso, da imitação, do sem originalidade, do que é feito oportunisticamente, da fraude, do mal feito, do bonito e do feio e principalmente do que é inútil!

Que se dê um rápido olhar para a produção artística contemporânea que facilmente se pode listar o que rapidamente é ou será em breve tacitamente descartável e que não permanecerá como tantas obras unânimamente e universalmente reconhecidas como obras primas, exemplos de singularidade positiva do espírito humano. Como podem tais obras e produções "artísticas" serem forçadamente reconhecidas e propaladas como algo que valha sendo que a razão diz a todos que elas não têm realmente valor? 

Que lucro social, que aquisição intelectual, que reflexão inquestionavelmente positiva se pode  extrair de certas "músicas", canções, peças teatrais, filmes, fotografias, pinturas e desenhos?  ou ainda de certas modas, estilos de roupas, tendências?

Que impacto positivo e realmente revolucionário no melhor sentido produzirá nas próximas gerações ou significará decidida e realmente uma "involução", retrocesso, decadência?

Comprovadamente não é necessário a palavra de um "crítico" ou de um "especialista" exótico em arte para perceber e dizer isto: há realmente muita coisa ruim, danosa, duvidosamente artística imposta goela abaixo de uma geração inteira que pode não conseguir se erguer tanto intelectual como sensorialmente.

Quem ousaria apostar o contrário ou assumir a terrível conta a ser paga e o trabalho hérculo de reerguer e recuperar aquilo que foi desprezado, desconstruído e desprezado em nome de nada?

Será que em todas as nações e países realmente se está sendo permitido tal processo decididamente perigoso? trata-se uma regra global ou há ainda mentes e ações preocupadas e responsáveis em impedir que isto aconteça em tantas culturas?

Outra  questão é que boa parte da "arte" não nasce em escolas ou nas escolas, de fato boa parte de tendências e gêneros artísticos surgiram fora da escola e a despeito da escola, seja da educação formal e sua opinião bem como de escolas e cursos livres, muitos deles fomentadores de novas tendências, técnicas artísticas e experimentações artísticas. Contrariamente a educação formal e focalizada publicamente têm se arvorado em partidariamente eleito o que deva ser "arte" e o que não deva ser "arte", pelo menos alguma que seja a que deva ser aceita e valorizada socialmente.

O que acontece e é ampla e certamente percebido através das produções e diversas linguagens artísticas é tendência ao simplismo, à superficialidade e à chamada lacração gratuíta quando posições e ativismos ideológicos subvertem e atropelam outras mensagens claramente mais importantes e muitas vezes a real e a primeira razão e não da forma como está sendo  feito e direcionado. 

Um dos mais novos exemplos é o comercial encomendado pelo Guaraná Antártica e aceito pelo fabricante em que o tema é a família e o Natal e que perde boa parte da trama do pequeno esquete com um casal de lésbicas promíscuas, pois além de serem apresentadas como homossexuais, uma delas é infiel à parceira... além de desnecessária as personagens ainda são caricatas em contraponto a nenhum aprofundamento nas outras demais personagens e a pergunta é "por que"? já que taticamente contradiz majoritariamente a crença cristã seja católica ou protestante ( evangélica ) brasileiras. Se fosse um comercial "conservador" enaltecendo o patriarca de uma família patriarcal seria imediatamente alvo de mimimis e de "críticas intelectualóides", ou alguém duvida?

Ou seja além de ser simplista, nada sofisticada, mal intencionada, desonesta, é indubitavelmente ruim! clichê, kit, descartável e só tem aplausos de um gueto que a bem da verdade não vai aumentar consideravelmente as vendas do bom refrigerante, ao contrário a realidade do "quem lacra não lucra" pode atingir de cara os cofres dos seus fabricantes.

Enfim o que prevalecem são trabalhos artísticos de técnica fácil, temas simplórios ou apressados ou claramente excêntricos com uma clara tentativa falsa de serem "originais" e tudo isto alavancado e garantido pela classe de "críticos de arte" e pelos círculos tradicionais de divulgação artística.

Tudo se parece originar a partir do momento que sugere que há uma "arte tradicional", uma "arte moderna" abrindo caminho para uma "arte contemporânea" sugerindo que o novo é automaticamente elevado e portanto "melhor". o que factualmente não é uma verdade acrescido da falsa premissa de que "qualquer um pode ser artista"!











E a prova da definitiva inutilidade predominante na "arte contemporânea" é que ninguém a compra e leva para a sua casa!

Além disso parece tender a ser definitivamente invasiva, colocada diante e em suportes, diante das pessoas sem pedir nenhuma licença!



Aparentemente também, parece predominar a ideia se não estivesse em tal lugar não faria falta nenhuma e se tal muro ou parede estivesse sem nada ficaria muito melhor!

Outra característica é que não parece ter sido produzida por algum não adulto!



Ou alguém com um sério problema psicológico!



Finalmente e não esgotando-se o assunto, produz pouca ou nenhum elevação, sempre uma arte voltada para as coisas descartáveis, absolutamente terrenas e comuns. reduzindo-se o ser humano a uma natural mediocridade, vazio e falta de aspiração maior. É a arte da depressão!



E qual o impacto real nas tecnologias realmente vanguardistas, da percepção do nosso lugar no cosmo, nos valores, certezas e esperanças? poucas ou nenhuma!



ENTENDENDO A ARTE. É NECESSÁRIO OU É POSSÍVEL ENTENDÊ-LA REALMENTE?

* ESSA POSTAGEM É UMA DAS PRIMEIRAS DO BLOG E FORA PUBLICADA INICIALMENTE COMO PARTE DE UMA AULA MINISTRADA A PROFESSORES DE COMO UTILIZAR A FERRAMENTA BLOGSPOT PARA ADICIONAR OU REGISTRAR CONTEÚDO EM SUAS AULAS E COMPARTILHA-LAS SALVAS AO SEUS ALUNOS.

PARA APROFUNDAMENTO MAIOR DO ASSUNTO PESQUISAR NO PRÓPRIO BLOG < ARTE O QUE É? >


É preciso entender de Arte

É necessário entender como a arte
funciona como linguagem. Quanto mais
isso for real,essa compreensão mais
patente, mais se dará valor a produção
e a manifestação artística.


O vídeo a seguir é mais uma das inúmeras
situações em que um artista se coloca
a disposição das pessoas, se dispõe a
mostrar às pessoas algo que é criado
através da linguagem fabulosa da Arte
mas sem ter conhecimento do significado
daquilo que lhes está sendo mostrado,
as pessoas simplesmente ignoram.Essas
pessoas só prestam atenção a algo
"artístico" quando , na maioria das vezes,
de forma errônea é imposto pela mídia como
cultura de massa. Celebridades que são
intencionalmente impostas como artistas
e artistas medíocres ou decadentes,
inexpressivos como celebridades.

Notem como as pessoas ignoram a
performace do músico por ignorarem
por completo sua técnica incomum,
o estilo e a música executada.


 





A LITERATURA, UMA DAS MUITAS LINGUAGENS NA ARTE

 


P
oucas pessoas se lembram que literatura é arte ou parte, ou uma das linguagens da arte. Pior muitos acham que arte é só desenho e quiçá uma pintura.Por outro lado há os que acham que tudo seja arte, até dentro das academias e das faculdades de arte, sociologia, etc há um movimento para impor que a pichação seja arte.

Bom, literatura é arte e nós estudamos ( e muitos não dão a mínima atenção ) dentro das aulas de língua portuguesa desde o ensino fundamental. Assim como muitos nunca se encontraram com um filósofo em carne e osso ( trabalho em uma escola em que o diretor por mais de seis anos é filósofo, professor de filosofia, e os alunos não sabem que ele é filósofo e pior o que é um filósofo! )
Bem esta é uma entrevista feita com um amigo e colega desde o primeiro ano do Ensino Médio, que sempre escreveu, é um escritor e agora, há alguns anos, editor, e dono de uma editora. Saiba um pouco desta história e entenda muita coisa que você não saiba.



1) link para a KÁLAMOS EDITORA:

kalamoseditora.com

2) LINK PARA O BLOG KÁLAMOS

kalamo.blogspot.com






COM A PALAVRA UM ESCRITOR, EDITOR E JORNALISTA, JORGE F. ISAH

 


Olá! tudo bem?


Poucas pessoas se lembram que literatura é arte ou parte, ou uma das linguagens da arte. Pior muitos acham que arte é só desenho e quiçá uma pintura.Por outro lado há os que acham que tudo seja arte, até dentro das academias e das faculdades de arte, sociologia, etc há um movimento para impor que a pichação seja arte.

Bom literatura é arte e nós estudamos ( e muitos não dão a mínima atenção ) dentro das aulas de língua portuguesa desde o ensino fundamental.
Assim como muitos nunca se encontraram com um filósofo em carne e osso ( trabalho em uma escola em que o diretor por mais de seis anos é filósofo, professor de filosofia, e os alunos não sabem que ele é filósofo e pior o que é um filósofo! ) 
Bem esta é uma entrevista feita com um amigo e colega desde o primeiro ano do Ensino Médio, que sempre escreveu, é um escritor e agora, há alguns anos, editor, e dono de uma editora. Saiba um pouco desta história e entenda muita coisa que você não saiba.



1) link para a KÁLAMOS EDITORA:

kalamoseditora.com

2) LINK PARA O BLOG KÁLAMOS

kalamo.blogspot.com


VIOLINOS, COM FAMA DE INSTRUMENTO EXTREMAMENTE DIFÍCIL, ALGUMAS MULHERES BELAS E VIRTUOSES

 


ATUALIZADO! NOVOS VÍDEOS!! A BELEZA DA MUSICISTA E DO VIOLINO, UM INSTRUMENTO COM FAMA DE DIFÍCIL APRENDIZADO E EXECUÇÃO 

( SE DESEJAR VER A POSTAGEM ORIGINAL COM MAIS VÍDEOS E FOTOS!)




Alexandra Parker,22, praticamente anônima nesse mundo de mais de sete bilhões de pessoas e com muitas belas já consagradas violinistas jovens. Mostrá-la e um pouco dessas outras que certamente a inspiram é o propósito dessa descompromissada postagem ( o trocadilho foi puramente causal, acreditem! ).

Por Helvécio S. Pereira






MAIS FOTOS DE ALEXANDRA PARKER




Tina Guo














Alexandra Parker ( fotos )








LAUREL SHOOP




LINDSEY STIRLING



FOTOS DE LINDSAY STIRLING




















TAYLOR DAVIS














QUEM É A "HOTVIOLINIST"?



[I’m a woman of few words… until you ask me a question, and then you might not be able to get me to shut up. A lot of questions came about after a fan-posted YouTube clip of me, which was titled “The Hot Violinist,” went viral. I was getting emails asking for everything from sheet music to ab workouts. If you came to me at the beginning of my senior year of high school and told me that a few short years later I would be touring the country as a professional fiddler, I would have laughed, but since then, I’ve produced and performed on 8 albums with two different bands, E Muzeki and now Circa Paleo.

The inspiration to play violin came late, at the age of 18, and a couple of reputable violin teachers in my hometown of San Antonio discouraged me from trying to play at all. I’m really glad that I didn’t listen, because I’ve had a lot of crazy fun playing this thing. It was really hard at the beginning. I remember sitting on my bed after screeching away for thirty minutes and thinking, is it really possible that I will ever bow a single clear and pretty note? I wish I had recorded those early practice sessions as proof. Even my sweet grandparents said it sounded terrible! There was also a lot of confusing stuff to wade through when it came to getting outfitted with the right gear and finding teachers. It took a few years worth of trial and error, but then I found myself shyly performing for audiences who actually seemed to appreciate my playing. I’ve seen little kids dance and grown men cry. From the stage, I’ve enjoyed the faces of thousands of audiences, and each combination of people has a different vibe. Some groups sit quietly and some evolve into all-out raucous dance parties.

Slowly I came out of my shell, and I’m not so shy anymore. You know, in a way those early naysayers were right. I’m not gonna be the next Joshua Bell or symphony concert master, but I love this instrument and I’ve realized that the way I play it is completely unique to me. And only YOU can play the violin, cook, or jump around like you. That’s why I wanted to create a site dedicated to answering questions about my journey. I don’t pretend to be a virtuoso or master pedagogue of violin technique. I’m just sharing what I’ve found as I go, and keeping an open ear along the way.
]



NICOLA BENEDETTI







She said that more than any other entertainment industry, classical musicians had the most integrity because they were almost always selected for their ability ‘Classical music isn’t supposed to be sexy. If classical music is ever sexy it’s in a completely dignified way. There are a lot of women playing now - and also a lot of attractive women.’ Despite her glamorous image, she says she and her boyfriend, German cellist Leonard Elschenbroich, have no interest in being the Brad and Angelina of the classical music world. She says: ‘Glamorous is definitely not a word that I would associate with my life.’

She recently told of the relentless demands she faced as a 16-year-old star, revealing she played 110 concerts in a year. She adds: ‘By the age of 17 or 18 I was going through a very tough time.’ She says: ‘I look back on it and I am slightly disappointed with a couple of experiences where I felt someone could have been more advisory. ‘I think I did feel that some of that support wasn’t necessarily there within the profession. It is extremely cut-throat.’

Read more: http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-2593829/Dont-judge-looks-says-violin-star-Nicola-Benedetti-attacks-critics-suggest-classical-musicians-succeed-sexy-image-artistic-ability.html#ixzz4EoD6Kkft Follow us: @MailOnline on Twitter | DailyMail on Facebook 
 
 
 

Por Helvécio S. Pereira

Graduado em Desenho, Plástica e História da Arte pela EBA/UFMG
Graduado em Pedagogia pela FAE/UEMG
Professor de Desenho Geométrico, Educação Artística e Artes
Músico amador/ educador musical
Fotógrafo
Blogueiro
Divulgador do sistema operacional Linux, tendo feito parte da equipe que implantou o Linux na rede de educação da PBH/ MG

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