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quinta-feira, 12 de abril de 2018

O NU ARTÍSTICO ( SEGUNDA ABORDAGEM )

Um dos temas pouco ou menos abordados ( pelo menos mais corretamente ) não só na educação de crianças, de adolescentes, de jovens e até mesmo de adultos, é sem dúvida a nudez.

Cultural e economicamente, é bastante conveniente, para quem produz pornografia ( o que é algo totalmente diferente da proposta e motivos do nu artístico ) preservar a ignorância e a desvirtuação do corpo humano.

Na sociedade dita "auto civilizada", além de tabu ( assunto proibido e falado em guetos amorais ) há o lado do rico e vasto vocabulário chulo, o dos palavrões, o comportamento nada recomendável e depreciativo às mulheres em geral.

A despeito dos movimentos feministas e suas desonestas pretensões de igualdade entre homens e mulheres, nós os cognominados "civilizados", temos sérios problemas com relação ao nosso próprio corpo e dos outros.

Livros de História, trazem frequentemente, fotos de obras de arte e de monumentos públicos com figuras humanas nuas, de homens e de mulheres. O mesmo visto em galerias, museus, catálogos de Arte, etc.

Professores e demais educadores mesmo citando artistas de citação obrigatória como Michelângelo, Rodin e outros, omitem uma descrição mais atenta de suas obras.

O nu  a Arte, ou  mais exatamente o nu na sociedade é visto de uma maneira incorreta, confundido com pornografia que infelizmente, invade os espaços da chamada arte moderna com a desculpa esfarrapada e em nome de um ativismo intelectualmente desonesto se passar  por arte.

É importante ressaltar que a nudez feminina e masculina são abordadas e vistas, usadas como pretexto para abordagens diversas, de formas diferentes.

É muito mais frequente em certo período da História da Arte o nu feminino e em outros momentos, geralmente anteriores, o nu masculino. Um dos motivos é exatamente o fato de a maioria dos artistas serem do sexo masculino e também o fato do homem, mesmo não legitimado socialmente, poder contratar modelos humanos, prostitutas ou jovens homens sem renda e pagarem a esses para posarem para desenhos, esculturas, estudos médicos, etc, o que era inaceitável e imoral às mulheres.

Outros motivos são que como tema, o nu masculino e o nu feminino são explorados na Arte por motivos também diferentes:

O NU MASCULINO

normalmente é ligado a demonstração de

FORÇA,

LIDERANÇA

VALENTIA

FIRMEZA

PERDA

DESPOJAMENTO

SOBREVIVÊNCIA

VITÓRIA

RESISTÊNCIA



O NU FEMININO

normalmente é ligado a demonstração ou ênfase

naquilo que representa o  SUBLIME, A IDEALIZAÇÃO

A BELEZA

A CORAGEM ( DIFERENTE DE VALENTIA )

A OBSTINAÇÃO

A GRAÇA

A FORMOSURA

A CASTIDADE

A PUREZA

A VIDA ( A MATERNIDADE )

O MISTÉRIO

 A SINGULARIDADE


Logo ao observarmos atentamente uma nudez registrada em uma ESCULTURA, PINTURA, FOTOGRAFIA OU DESENHO, alguns desses elementos ou abordagens pode estar sendo intencionalmente feita!

Cabe ao fluidor da Arte que está colocada diante de sua percepção, relacionar ou supor as intenções do artista/autor e os objetivos do mesmo ao termos contato com sua obra de arte e desse modo construirmos para nós mesmo uma benéfica e propositiva abordagem da realidade, que é de fato, quando ocorre o grande benefício da verdadeira Arte.


Por Helvécio S. Pereira


A mais famosa escultura do artista francês Auguste Rodin (1840-1917), "O Pensador" (Le Penseur), em bronze, encontra-se em local de destaque, na entrada do Museu Rodin, em Paris, inaugurado em 1919.
A escultura "O Pensador" retrata um homem soberbo, de uns 40 (quarenta) anos de idade, meditando, parecendo que luta com algum sofrimento interno ou poderosa força interna, que o preocupa.
A escultura "O Pensador" reflete uma meditação tão intensa que se tornou o símbolo global do pensamento humano.



Praça Ruy Barbosa, a Praça da Estação, datados dos anos 1920 e 1930, como o Monumento à Civilização Mineira, um dos mais imponentes da cidade. Erguido em homenagem aos heróis e mártires mineiros, em bronze e granito, foi criado pelo artista italiano Giulio Starace e pesa cerca de 500 toneladas. A obra foi censurada antes mesmo de sua fundição, quando ainda estava no papel. Na ocasião, foi sugerido a Starace que prolongasse a bandeira levantada pela figura masculina (concebida originalmente nua) e colocada ao alto do monumento, dando as boas vindas a quem desembarcava na Estação Central, de modo a encobrir a região pélvica.

“Era aquela coisa do conservadorismo da tradicional família mineira. Outro caso interessante envolvendo nudez é o das esculturas de mulheres que sustentavam a iluminação dos jardins da Praça da Liberdade. Elas tiveram que ser retiradas de lá em 1924, por ordem do palácio dos governo, a pedido da primeira-dama da época. Atualmente, uma delas pode ser vista no centro de um lago no Parque Municipal”, comenta Clotildes Avellar.









No Cemitério da Consolação, atravesso o pórtico de entrada e percorro, em linha reta, um corredor de árvores enfileiradas. Fundado em 1858, o cemitério narra, à sua maneira, uma parte expressiva da história de São Paulo. Lá estão, gravados nos jazigos, nomes tradicionais como os Almeida Prado, os Álvares Penteado, os Pereira de Queirós. Lá estão também os traços do cruzamento de famílias brasileiras da elite com imigrantes enriquecidos – os Silva Prado e os Crespi, por exemplo. Lá estão, ainda, os mausoléus espetaculares de sírios e libaneses, os túmulos grandiosos de italianos e seus descendentes.

Tenho, porém, um destino certo. Deixo a aleia, viro à direita, passo por uma fantástica miniatura que se ergue para o alto, reproduzindo, em mármore de Carrara, a Catedral de Milão. Ultrapasso um cruzeiro onde as velas acesas lutam contra o vento e chego a uma sepultura, com localização discreta, próxima à parede dos fundos do cemitério. É um belo jazigo de granito cinza, escultura de uma mulher nua, de seios fartos, pernas longas e torneadas, cabeça baixa apoiada em um dos braços, tendo diante de si uma esfera. Há na lápide uma inscrição: Moacyr Piza 1891–192… Caiu o último número do ano de falecimento, sem que alguma mão caridosa tivesse se preocupado com a reposição. Mas quem conhece a história de Moacyr sabe que ali se inscreveu o ano de 1923.

A escultura é obra de um artista de renome em sua época, Francisco Leopoldo e Silva, que lhe deu o título de Interrogação. Esse título parece expressar a incompreensão ante a morte trágica e prematura de uma figura de destaque da sociedade paulistana. Moacyr de Toledo Piza era membro de uma família tradicional, cujos ancestrais chegaram ao Brasil ainda nos tempos da Colônia. Cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e recebeu o grau de bacharel em 1915. A princípio, foi delegado de polícia em cidades do interior paulista, mas acabou fixando residência em São Paulo, onde instalou sua banca de advocacia. Ele não se limitou, porém, à rotina profissional. Logo se destacou na escrita, não tanto por seus versos, mas por uma prosa irônica e desabrida. Havia entre seus companheiros de atividade literária dois personagens muito originais. Ambos se situavam à margem da estética modernista que provocou escândalo na famosa Semana, realizada no Theatro Municipal em fevereiro de 1922. Um deles era Hilário Tácito – pseudônimo do engenheiro José Maria de Toledo Malta –, autor de um romance de costumes, Madame Pommery. Empregando os recursos da ficção-verdade, o livro traz à cena Madame Pommery, supostamente uma francesa, que instalara um bordel de luxo em São Paulo, com o nome sedutor de Au Paradis Retrouvé. Na verdade, Pommery se chamava Ida Pommerikowski, judia polonesa que veio tentar a sorte nestas plagas.O texto focaliza o bordel, frequentado por “coronéis” e políticos, retratando um momento da passagem da cidade provinciana à urbe cosmopolita, cuja elite vinha trocando as cervejadas pelo borbulhar do champanhe.

O outro amigo de Moacyr era Juó Bananére, “baolista [corruptela de paulista] de Pindamonhangaba”, um italiano que mantinha uma barbearia num local pobre do Centro da cidade, a ladeira do Piques, junto ao Largo da Memória. Bananére nasceu da imaginação do engenheiro Alexandre Ribeiro Marcondes Machado e ganhou vida própria, a ponto de se tornar mais conhecido que seu criador. Por meio de uma linguagem macarrônica, misto de português e italiano, Ribeiro Marcondes Machado deu vazão a seu personagem, crítico dos grandes políticos, analista irônico dos fatos internacionais e das relações entre italianos e brasileiros na cidade de São Paulo. Já na década de 10, ele publicava na revista satírica O Pirralho, dirigida por Oswald de Andrade, uma coluna intitulada“As cartas d’Abax’o Piques”. Como lembra Carlos Eduardo S. Capela, em Juó Bananére: Irrisor, Irrisório, Juó foi parceiro de Moacyr Piza num livrinho de poemas satíricos, intitulado Galabáro: Libro di Saniamento Suciali / Calabar. A primeira parte, em dicção macarrônica, foi escrita por Bananére; a segunda, em português, por Moacyr Piza, atrás do pseudônimo Antonio Paes. O traidor apontado no título era o cônego Valois de Castro, que supostamente teria aderido à Alemanha no período da Primeira Guerra Mundial, então em curso. Um anúncio da publicação de Galabáro proclamava: “Calabar di Juó Bananére i Antonio Paes – Estupendimo livrio di scugliambaçó co padri chi abracciô u allem! – avenda in tuttas part-! – 1$000 cada uno.”




















































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