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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

A DANÇA... É POSSÍVEL UMA PESSOA LEIGA ENTENDE-LA? O QUE NUNCA TE DISSERAM!

 

 


Periodicamente alguma mente brilhante, testa oleosa ou imposição do grande irmão conteúdo programático cria uma grande feira livre com apresentações "musicais" nas escolas e claro "dança". Pontos são distribuídos e até prêmios para equipes e turmas que aparentemente, muito aparentemente se saiam melhores.

Uma grande imitação do que acontece em outros países mais particularmente Estados Unidos da América. Lá as equipes dançam e as canções de fundo em inglês, claro são naturalmente compreendidas as suas letras.

Aqui ao contrário, as canções de fundo, que servem como guias às danças, ninguém sabe e ninguém se importa com o que é dito e quanto as "danças" além de serem mal dançadas, não tem nada a ver com a mensagem da canção e ninguém discute mesmo porque não importa e não se faz a mínima ideia do que se expressa nela ou através delas.

E o que fazer nos matamos? 

Se eu for dizer ( e poderia e posso dizer ) tudo o que penso e estou dizendo aqui muita gente ficará com muita raiva dizendo que eu sou contra a classe de professores, contra a escola e contra o ensino dado majoritariamente nas escolas.

Por outro lado mesmo que se eu tivesse  poder institucional pouco ou nada poderia fazer graças ao corporativismo e principalmente à ignorância pedagógica dos professores.

Mas vamos ao que interessa e de forma mais direta ao assunto desta postagem:

A dança é uma linguagem nascida, desenvolvida e capaz de ser só ela aparte da música. A dança surge quase que biologicamente na história da humanidade e a música, inventada e codificada como a compomos e ouvimos somente muito mais tarde há cerca de dois mil e quatrocentos anos,por mão definitiva dos gregos. Só por absoluta conveniência é que contemporaneamente unimos as duas coisas fazendo pior do que jamais foi feito antes.

A dança é uma linguagem e uma linguagem essencialmente corporal, ou seja o corpo e não apenas parte do corpo é o seu material e base para toda a sua expressão.

Compreendido desta forma, da forma mais razoável e inteligente, quando alguém dança, dança para dizer alguma coisa, isto sempre e quem vê uma dança deveria "ler" esta dança, entender minimamente o que está sendo "dito" e não se mostrar alienado, ignorante, avesso ao que pode estar sendo expresso, seja algo sério ou não tão sério. Enfim de um modo ou de outro é sempre importante e nunca ao contrário, Afinal Arte é mas não só entretenimento ou decoração.

Mas é possível "ler" uma dança, entender o que o coreógrafo pretendeu transmitir através de seus bailarinos?

Sim sempre. Entretanto é necessária muita informação, diria até nem tanta informação mas informações certas, algo que nunca é oferecido nas escolas brasileiras, infelizmente!

O pior que graças a prioridade mal sucedida dos ensinos de matemática e de português, tudo que não seja destes conteúdos ou da lavração ativista de matérias como história e geografia é relevado a plano secundário ou inferior ou pior: totalmente ignorado, como se tais informações não existissem.

Uma coreografia, gostemos ou não dela, é tão importante quanto a mensagem escondida no retrato da Mona Lisa ou da pintura cubista, Guernica, de Pablo Picasso, ou ainda o grito de Edgar Munck. "Who's bad" de Michael Jackson, tem uma mensagem na letra da canção, outra na melodia e harmonia incluindo o próprio ritmo e outra da coreografia. Uma complementa a outra.  Cada uma pode e deve ser analisada e compreendida separadamente. 

Se desligarmos o som e nos concentrarmos nos bailarinos e na coreografia que executam, poderemos "ler" muitas coisas, todas relacionadas e esclarecidas, condizentes com o tema e o roteiro escrito, bem como a análise, crítica e posicionamento do artista frente a uma realidade presente e nossa volta e da qual infelizmente estamos sujeitos e afetados direta ou indiretamente.


Todas as danças existentes, criadas, inventadas no passado mais distante ou no presente mais moderno, podem ser divididas em quatro categorias importantes ( há mais algumas criada por teóricos mas eu prefiro pessoalmente somente estas ):

1) DANÇA PRIMITIVA

2) DANÇA CLÁSSICA OU DANÇA ERUDITA

3) DANÇA POPULAR

4) DANÇAS EXÓTICAS


A DANÇA PRIMITIVA


Não confunda a dança primitiva com dança da antiguidade, dança pré-histórica. A dança primitiva existe hoje e é praticada em pleno século XXI. Quem a pratica são:

a) Povos isolados ( na Amazônia tanto a brasileira como a sua extensão na Bolívia e outros países limítrofes  ) há pequenos grupos humanos, muitos desconhecidos outros recém descobertos que estão aparte de todo desenvolvimento humano e vivem como se estivessem na pré-história. Há também na Ásia, África e Oceania.

b) Tribos, tanto indígenas brasileiras como na África e em regiões próximas a Ásia.

c) Grupos nômades ( que não se fixam em nenhuma região ou mesmo estando dentro de uma grane região mudam constantemente de habitação ) no grandes desertos do mundo como Saara e outros.

Características da dança primitiva:

Poucos movimentos;

Vocabulário corporal mais restrito;

Uma certa prisão ou pouca mobilidade  devido a um sentimento de preservação de uma tradição;

Não aberta a inovações, novos movimentos ou novas evoluções.

Uma certa ligação bastante forte com o sobrenatural.  Entidades metafísicas se agradam e parecem determinar como deve ser dançado.


DANÇA CLÁSSICA OU DANÇA ERUDITA



Estranhamente combatida, desconstruída por ativistas de esquerda como se fosse algo "burguês", "capitalista", "elitista" e outros "istas" totalmente injustificáveis a dança clássica é o máximo da dança em termos de linguagem ( não confundir como uma defesa de que deve ser a única forma de dança ). 

Assim  como a música de concerto indubitavelmente é "a música" inclusive sendo forte suporte para a qualidade sonora de todos os demais gêneros musicais ( e isto é uma total verdade! ) a dança erudita é a base a formação ideal para todo bailarino ( lembrando que "bailarino" é quem dança profissionalmente e tem formação completa, inclusive a nível superior em dança; "dançarino é qualquer um que se atreva a dançar.

As danças clássicas ou eruditas ( erudito significa "não embrutecido", "não grosseiro", "apurado" ) são danças que fazem parte do estudo e desenvolvimento de verdadeiros bailarinos.

Temos portanto:

1) O BALÉ

O Balé é inventado na Itália no século XVI e é levado a França pelo imperador francês Luiz XIV, lá se desenvolve e isto explica o fato de todos os movimentos desta linguagem da dança serem atualmente em francês. Entretanto graças a contribuições importantes e renomados bailarinos, o Balé hoje possui como referência máxima o Balé russo: "o Bale Bolchoi". Inicialmente na ainda Itália era dançado só por homens sendo depois admitidas mulheres. O Balé era chamado mesmo na França de "Òpera-balé", tinha diálogos e as principais personagens era destinado somete a homens. Priorizando a música e a dança estes diálogos ou falas oram abandonados definitivamente.

2) O JAZZ


Traduzir expressões claramente locais ou regionais é sempre um desafio e sofre de oposições ou explicações paralelas e muitas vezes estapafúrdias. Há pelo menos dez explicações sobre o termo ou nome do gênero musical Jazz, do ritmo Jazz e da dança Jazz. Escolhi um mais fácil e mais lógico: em oposição ao Gospel, ao Soul, ao Blues, o Jazz é mais energético ( não exatamente alegre! ).

Logo em contraposição ao Balé que é claramente "leve", o Jazz é enérgico e mais expressivo no sentido de ser  mais forte, rápido e abrir espaço para movimentos e propostas que não podem ser incluídos no Balé.

O Jazz como gênero musical e ritmo nasceu, foi inventado, no início do século XX, como música, como dança no século XVIII ( Sua origem se deu no século XVIII e suas raízes são africanas. Foi através dos negros escravizados que esse estilo de dança se formou e, mais tarde, se espalhou pelo território norte-americano. Daí para o mundo foi um pulo. Retirados de sua terra natal para servir de mão de obra escrava nas fazendas dos Estados Unidos, os africanos carregaram naturalmente para o outro lado do Oceano Atlântico uma rica e variada cultura popular. A dança e a música estavam, obviamente, nesse pacote artístico que aportou na América do Norte.

CLIQUE NO LINK ABAIXO E VEJA: * Mais sobre Jazz como dança


Uma vez no novo país, os africanos observavam as danças que eram praticadas pelos brancos de origem europeia. Na então colônia britânica, se dançava principalmente a Polca, a Valsa e as Quadrilhas. Os escravos começaram, então, a incorporar esses movimentos às suas danças, um pouco com o intuito de imitar os colonos, e um pouco para ridicularizá-los. Assim, surgiu o Jazz Dance, uma expressão artística que misturava elementos das danças africanas e características das danças europeias ), em uma das cidades mais "negras" dos  EUA, com uma população notável de verdadeiros negros e descendentes ( mais ou menos como a nossa Salvador no estado da Bahia ) logo a música, o ritmo e dança ali crada não poderia ser menos autentica e energicamente "africana".

Enquanto o perfil físico do bailarino de balé, tanto de homens como de mulheres é inicial e definitivamente delicado, suave, os bailarinos de Jazz são fisicamente mais fortes e talvez expressivamente mais rudes, agressivos.

Duas danças de origem populares e que pelo grau de dificuldade, elaboração e exatidão são clássicas hoje:

O Tango

e a Valsa.


3) DANÇA POPULAR 


Coo o nome diz, popular, significa "do povo".

É a dança inventada e difundida principalmente via mídia e meios de comunicação de massa. Graças a tecnologias surgidas e desenvolvidas ao máximo no século XX como cinema e tv vindo depois na década de 90 a popularidade da internet, o áudio visual teve enorme contribuição e tem até hoje na exposição e divulgação de qualquer coisa, a dança popular, imediata, não é exceção. Além do You tube há hoje o Tik-tok com seus vídeos curtos, além de outras redes sociais.

Qualquer um anônimo pode criar um passo, um movimento ou qualquer "artista" novato pode fazer enorme sucesso criando alguns passos e movimentos.

Características:

Possui movimentos aparentemente novos para uma nova geração mas nunca exatamente originais mesmo porque graças a anatomia humana, nenhum ser humano em nenhuma época poderá fazer algo  inteiramente "original".

O que acontece é que estes poucos movimentos são tão fáceis que praticamente qualquer um pode aprendê-los e executá-los parecendo a si mesmo e a outras pessoas "mais inteligente", "talentoso", etc o que nem sempre é a máxima verdade.

Repetidos a exaustão como frases repetidas em um autêntico loop preenchem e divertem tanto a quem dança como a quem vê a dança.

Quase sempre é apelativo, grosseiro, de forte conotação sexual e de temática também apelativa. Cabe bem e não há nada exatamente  errado nisto, na relação de gênero entre homens e mulheres.

A dança popular portanto serve mais socialmente à interação entre sexo opostos que a outra coisa ou temática.

São alguns exemplos de dança populares:

1) O rock ( que inicialmente era dançado aos pares de homens e mulheres ) não é dançado mais;

2) O pop ( principalmente por artistas para serem vistos como Madona, Cindy Lauper, Michael Jackson, Prince, Lady Gaga, Beyoncé, Tina Turner, Ney Matogrosso, etc.

3) Gafieira

4) Funk

5) Pisero

6) Samba

7) Iê-iê-iê ( o primeiro rock brasileiro )

8) Axé

9) Forró

10) Pagode

11) Baião

12) Kuduro

e tantos outros...

A dança popular é sustentada pela moda, por um modismo: surge, dura um tempo e desaparece naturalmente substituída por outra aparentemente "nova", só aparentemente porque no fundo mesmo  não tem tanta novidade assim.

São consideradas também danças populares das danças regionais, étnicas, etc.


4) DANÇAS EXÓTICAS




As danças exóticas como o próprio nome diz, são singulares, esquisitas, "diferentonas". Passam historicamente a margem dos outros tipos e classificações de danças. 

Transmitidas por alguma etnia particular, circunscritas a determinados grupos sociais e quase sempre praticadas ou só por homens ou só por mulheres com uma habilidade estritamente particular, singular.

Ensinada por um professor ou professora individual não pode ser praticada pela maioria das pessoas sendo seus praticantes um grupo seleto de pessoas com as mesmas habilidades e perfil físico.

Um dos exemplos mais conhecidos é a conhecida Dança do Ventre, de transmissão talvez milenar e de origens orientais, particularmente no chamado Oriente Médio. 

Entretanto há outras, tango árabes, gregas, turcas, praticada somente por homens como orientais praticadas somente por mulheres.





terça-feira, 28 de junho de 2022

OS GÊNEROS NA MÙSICA

 


Q
uando se fala em música, sem a correta e mais desejável educação musical, uma das coisas que as pessoas tropeçam ou não entendem é o que são gêneros musicais. O público leigo e fã de artistas simplesmente escolhem os artistas e as canções como simpatizam com um candidato político ou um time de futebol de sua simpatia.

Mas afinal o que são gêneros musicais?


Gêneros musicais são definidos pelo estilo musical e suas peculariedades como ritmo, timbre, tipo de vocalização, etc. Estes elementos são inventados e reiventados ao sabir da indústria fonográfica ou da singularidade de certo compositores. A demanda por novidade tanto por parte da indústria do entretenimento e por parte da ansiedade dos fãs força que eventualmente movimentos musicais, grupos de músicos no afã de se destacarem, de serem vistos e ouvidos criem certos elementos que tornem um estilo ou gênero já existente em um "novo gênero musical".

A história dos gêneros musicais ao mesmo tempo que esclarece muita coisa em termos das mudanças  históricas deixa muitas dúvidas e sempre há dualidade de informações sem que uma prevaleça sobre outras. Por exemplo que "inventou o rock 'n roll"? há uma dezena de explicações e de apontamentos afirmando que este ou aquele é o real inventor deste gênero musical que impactou e ainda impacta gerações, que praticamente inseriu os jovens no consumo e na produção de canções que retratassem a sua experiência e não somente dos adultos e mais velhos.

Qual o gênero musical "melhor" ou "pior"?


Esta é outra controvérsia importante. Como os gêneros musicais são invenções e acréscimos estilísticos com uma mesma base musical comum, a diferença entre um e outro não é exatamente basilar mas superficial em termos de compasso, melodia e de harmonia. Estes elementos fundamentais da música e comuns a toda a música como as progressões, por exemplo, são totalmente desconhecidas do grande público.

Qual a desvantagem de apenas preferir um gênero musical em detrimento de outros?


Quando uma pessoa elege um determinado gênero musical sem maiores conhecimentos musicais perde muito do que poderia ouvir e perceber em outros. Por outro lado quando alguém se diz totalmente "eclético" geralmente o faz por não notar as sensíveis diferenças entre eles e de fato é uma visão falsa deles.

Há estilos melhores e piores, mais elaborados e menos elaborados, verdadeiramente mais musicais ou menos musicais. Na indústria do entretenimento do qual a música faz parte, a propaganda e a supervalorização de coisas que realmente não tenham valor musical é praticamente uma prática recorrente.

Inicialmente uma distinção importante é a entre Música Popular e Música Erudita. Esta é uma divisão necessária até para entender como uma realimenta a outra historicamente. Na produção fonográfica moderna é muito notável o transito de músicos e influência de músicos de formação mais clássica na produção popular e eventualmente há um flerte de orquestras em gravarem repertórios populares. Entretanto cada grupo, o de músicos de formação erudita e os de formação popular são essencialmente diferentes embora todos usem a "música ocidental" como base única. 

O que é Música Clássica?

O nome música clássica se refere mais ao período e ao repertório resultante de grande desenvolvimento da música principalmente no Ocidente, sendo que estes compositores do Barroco em diante constituem aprendizado compulsório para todo grande instrumentista que fará carreira instrumental sinfônica. A Música Clássica é também nomeada de Música Erudita ou ainda Música de Concerto. Profundamente técnica e exata exigindo quase um obrigatório virtuosismo individual. 

Diferentemente do músico popular a formação do músico erudito obrigatoriamente inicia-se na infância por volta de três, quatro, cinco ou seis anos no máximo, fator não encontrado na formação de um instrumentista popular. 

A grande contribuição para a música através do gênero popular é a subversão criativa pois diferentemente da música erudita, as regras para o gênero popular, embora existam e sejam rígidas por outras razões são mais factíveis de serem subvertidas. 

Fundamentalmente a música popular contribui com a sua agilidade natural e a música erudita com a sua qualidade técnica e sonora.

Até a próxima!

Por Helvécio S, Pereira



quinta-feira, 23 de junho de 2022

A ARTE E O DESENVOLVIMENTO DA "INTELIGÊNCIA"...



 S
e houver uma possibilidade de aumentar a "inteligência", algo possível e acessível a qualquer pessoa vale a pena? e se houver já foi provado observadamente que funciona?

A inteligência qualquer que seja a definição imprecisa do que seja, depende de por exemplo: diploma? diploma universitários? especializações como mestrados e doutorados? nascer em outro país? falar mais de duas ou mais línguas? viver rodeado de pessoas mais inteligentes? ter tido bons professores?

Todas estas possibilidades podem ser benéficas, legítimas e juntas ou separadamente promover um ganho de conhecimento, entretanto somente elas não constituem garantia que um aumento de "inteligência" ocorra,

A Arte pode ser indiretamente um agente proporcionador de aumento de "inteligência"? indiretamente sim, por a "boa arte" ( não qualquer uma como genericamente é propalada por políticos, por artistas corporativistas e por uma jornalismo tendencioso e conivente ) pode sim proporcionar desenvolvimento de habilidades e capacidades individuais e por consequência sociais.

Somente através da "boa arte" desenvolvendo por exemplo:

PERCEPÇÂO

SENSIBILIDADE 

e consequentemente

CRIATIVIDADE

Vejamos alguns exemplos históricos inquestionáveis:

A invenção de tecnologias em determinadas épocas e em determinados países como a invenção do automóvel na Alemanha, do trem na Inglaterra, do avião não na França mas sob o incentivo e patrocínio daquele país, o papel na antiguidade pelos chineses, da pólvora também pelos chineses. A imprensa pelos alemães, etc. Enfim são tantos exemplos históricos antecedidos por desenvolvimentos artísticos verdadeiros e sólidos que provam e comprovam como o desenvolvimento artístico, de uma boa, louvável, complexa arte pode realmente desenvolver a capacidade criativa de pessoas, de grupos humanos e de sociedades e povos. Desenvolvimento e invenções tão importantes que são legadas definitivamente à gerações futuras muitas vezes separadas deste avanço tecnológico por milênios como é o caso da geometria criada pelos egípcios ou soluções arquitetônicas também dos egípcios, dos gregos e dos romanos utilizadas até nos dias de hoje.

O que é mais exatamente percepção?

Trata-se do ato ou da habilidade de perceber. No caso a percepção de tudo que é exterior a nós seres humanos como seres vivos em um mundo físico mas também as complexas percepções não naturais das coisas artificialmente criadas ou codificadas ou ainda teorizadas por nós, desde as intricadas relações entre as coisas até as relações entre nós seres humanos e as crenças, valores, necessidades que criamos mentalmente.

Quanto mais se percebe tanto mais se elabora, seja das coisas reais ou das coisas convenientemente elaboradas social e humanamente, Esta percepção elaborada e complexa pode e é de fato expandida ao longo de toda uma vida, em alguns indivíduos ou para alguns é sempre ampliada, as vezes mais lentamente, as vezes mas abruptamente sendo que para muitos até tardiamente.

O que é a sensibilidade?

Há coisas que são como estrondos e ou gritos, há outras que são como ruídos mais sutis, delicados ou até sons mais determinados como notas musicais, que carecem de educação, treino e atenção para serem percebidos e reconhecidos ou atribuídos sentidos. A invenção das notas musicais foi arbitrária, criativa, mas perceber que determinadas alturas ( sete no total ) com determinadas e justas distâncias soaria indecifravelmente agradáveis e que eram plenamente suficientes para ser a base sólida para todo um sistema que não pode ser superado depois de tanto tempo de sua concepção é algo realmente notório e fantástico. 

E o que a percepção assim reconhecida genericamente juntamente com o desenvolvimento da sensibilidade propiciam?

Ambas, juntas e cooperativamente redundam em criatividade. Muito se preocupa com o fato de pessoas serem ou não "inteligentes" ou "hábeis" se ignorando que indivíduos "não tão inteligentes" podem se mostrar criativos eventualmente ou verdadeiros solucionadores enquanto indivíduos crassamente mais "hábeis" e "talentosos" podem ser complicados, redundantes, presos a práticas, pouco ou nada inovadores e pouco trazedores de soluções até problemas triviais e comuns.

O contrário também pode ser facilmente observado e portanto constatado: indivíduos comuns podem criar soluções que não são facilmente superadas sem nunca serem reconhecidos como "gênios" e sem nunca terem escrito uma tese sobre coisa alguma.  

Desta forma não é exatamente o volume de informações enciclopédicas, apenas reproduzidas circunstancialmente pelo fato de ser um professor, um intelectual, um político, um religioso ou magistrado que o fará ser objetivamente tido como "inteligente". Na maior parte das vezes é apenas um indivíduo "normal" capaz de fazer coisas absolutamente normais dentro do momento e seu lugar na sociedade, o que não é de modo algum algo errado, lamentável ou objeto de crítica.

Por outro lado indivíduos comuns podem ter sido genias em sua contribuição que permaneceu anônima. Que tal pensar nos desenhos individuais de cada letra do alfabeto latino ou de qualquer outra das muitas formas inventivas de escrita produzidas pelo ser humano? Símbolos geniais, memoráveis e inteiramente objetivos e funcionais, os quais não se precisou substituir ou inovar por milênios, que de tão agradáveis foram repetidamente adotados e difundidos de povo para povo.  Isto sem listar as inúmeras invenções nas áreas mais diversas, invenções estas que alavancaram outras invenções e descobertas, que salvam vidas, agilizam o trabalho e constroem a nossa civilização.

Povos, culturas, nações, países que desenvolveram e desenvolvem tecnologia têm um passado remoto ou mais atual de produção artística em alguma ou mais áreas expandindo a percepção, sensibilidade e portanto, consequentemente maior criatividade.

Portanto cercar-se da melhor arte, da mais inteligente, absorve-la é sempre salutar redundando no aumento e potencialidade de maior "inteligência" e nunca o contrário.








quarta-feira, 1 de junho de 2022

OUVIR MÚSICA E UM TRIBUTO AO RECENTEMENTE COMPOSITOR GREGO FALECIDO: VANGELIS

 

 

Muitos acham que é desnecessário, mesmo porque é trabalhoso ( não difícil ) estudá-la. Logo para estes "saber" música não é importante e obrigatório. Há ainda os que querem "saber música" para cantar canções ou tocá-las até profissionalmente, O resultado é que temos na nossa população como fruto de tudo isto, cerca de noventa por cento que não entende nada de música ( e se orgulha de não saber! ) mais uns dez por cento que conhecem alguma coisa até tudo sobre música apenas para usufruir dela como trabalho e/ou profissionalmente.

Algo bem diferente do que acontece em certas populações que tiveram o privilégio de terem uma educação mais rebuscada, "conservadora" ( e incrivelmente muito desta educação não moderna e conservadora é dada em países de opção socialista muito mais que a educação de países emergentes ou em desenvolvimento que flertam com "pedagogias mais "progressistas"! ). Nestes países o ensino da música é integrado e oferecido tradicionalmente nos velhos e melhores moldes, como deve ser realmente ensinado para garantia de qualidade e de um desejável e sempre possível aprimoramento musical. E há ainda países como o Katar e a África do Sul que investem o enino de música ( de música mesmo! ) desde a escola primária!

Além disso há nestes países uma imensa população de ouvintes  que sabem ouvir música ( algo que deveria ser acessível a todas as pessoas pois é o básico ) e que vão a concertos, que ouvem os melhores compositores através de suas mais geniais composições e respeitam e reconhecem aquilo tudo que musicalmente foi realizado na história humana, musicalmente falando.

Quando esta educação não é cultivada e dada temos um terreno fértil para todo tipo de oportunistas, sejam "cantores" que não cantam"; "compositores" que não compõem o que realmente vale a pena e empresários do setor que nada se importam com os valores, comportamentos e problemas que inevitavelmente e compulsoriamente ocorrerão na sociedade pois música vai muito além de simples entretenimento impactando de um modo ou outro qualquer geração de modo tão forte que o que resulta de seu fenômeno é até difícil de ser mensurado.

Basicamente o que qualquer compositor musical faz é criar uma ordem e um ritmo para as notas musicais ( que são sempre as mesmas sete, variando pouco oitava acima e abaixo ) e que ser genial não só na criação de uma melodia que tem como núcleo um tema ou a harmonia que pode ser da mais simples a mais rebuscada, não é algo tão impossível e difícil, quase sempre intuitivamente, sendo que os gênios verdadeiros até conseguem compor seguindo uma lógica sim complexamente racional.

Ao ouvinte musical segue a tarefa natural de fazer sempre que possível, parcial ou mais rebuscadamente, um certo tipo de engenharia reversa. Exatamente o que faz o público ouvinte que teve na escola ou na sua vida uma real educação musical. Basta no Youtube verificar os comentários deste público comparadamente ao nível simplório e com crassa demonstração de ignorância total, até de boas peças e obras musicais e exemplares interpretes. 

Ter portanto um chamado "bom gosto musical" é muito mais que ter uma playlist ou uma lista de nomes de músicas, canções ou autores. Mesmo para músicos, instrumentistas que tenha a oportunidade de ter estudos mais completos de ´música e de seu próprio instrumento musical podem não alcançar sucesso em decorrência de uma sensibilidade pessoal com relação à própria música, ou seja: não basta nem mesmo "saber tocar" determinada peça musical mas perceber e valorizar todas ou pelo menos a maior parte das nuances desta mesma peça musical ou de toda a produção de determinado compositor.O falecido e consagrado pianista brasileiro Nelson Freire é reconhecido como o único pianista no mundo a gravar toda a a obra musical de J.S. Bach, e isto não é pouca coisa. Ou seja, não basta saber tocar piano e até as obras soltas de J.S. Bach, as mais conhecidas do público, é algo que vai muito além. E se há instrumentistas desde gabarito há igualmente ouvintes com sensibilidade e conhecimento para não só  ouvir mas para reconhecer e louvar tais talentos e sensibilidades quase que únicas.

Uma separação interessante e a ser feita é que há uma diferença entre "canção" e "música". Ambas coexistem no universo sonoro nas produções musicais sendo a canção o tipo mais ouvido de de preferência da maioria das pessoas comuns. A ou uma canção é composta com uma letra sobre uma melodia que pode e é na maioria das vezes um poema mas pode ser em prosa também. Uma canção nasce amarrada em um tema, ou seja: o  tema, o assunto da poesia nasce primeiro, a partir de uma uma frase ou de uma experiência. As vezes é composta separadamente: um autor compõe uma letra que será unida a uma melodia fazendo as devidas adequações de um lado ou de outro. Outras vezes a letra já é composta imediatamente e com ela uma melodia decorrente do discurso já surge quase instantaneamente. Há ainda a melodia que nasce e fica a espera de uma boa letra que case com a mesma. Há ainda as melodias que por serem consideradas tão boas ou excelentes recebem várias, dezenas de versões em várias e diferentes línguas e muitas vezes com temas até bem diferentes.

Exemplos disto são, um o Hino Nacional Brasileiro que é fruto da obra de dois autores que jamais se conheceram em vida, o autor da melodia ( música ) faleceu muito antes do autor da letra; ainda outro exemplo é a canção "Gente Humilde", a melodia é do compositor Garoto e a letra do cantor e compositor Vinícius de Moraes.

De uma forma ou de outra a melodia historicamente tem na fala humana, tendo uma forte ligação com o ritmo de uma língua, ou seja a fala de um falante em determinada língua dita em muito o ritmo de uma melodia em uma canção.

Uma forma em mais alto nível em uma composição musical é uma melodia e harmonia independentes de uma letra, as vezes só sujeita a uma temática íntima e subjetiva como as obras do compositor erudito russo Rachmaninov que sem letra alguma refletem o espírito de um russo.


Há ainda as versões, as interpretações que criativamente fazem constantes releituras de obras musicais consagradas pelo gosto musical das pessoas, acrescidas de novos arranjos ou nuances que renovam as composições musicais eternizando-as diante de novas gerações.

Há também composições musicais que permanecem inalteradas e com as mesma recepção do público ouvinte, tidas como algo que já signifique um tipo aspirado de perfeição. Estas finalmente são um testemunho e um prova inquestionável da capacidade criativa humana acrescida de verdadeiro brilhantismo.




A maioria das pessoas pensam que ouvir música é ouvir o que gosta. Tal pensamento não é muito razoável ou inteligente. As pessoas tomam conhecimento de composições musicais principalmente via mídia e a mídia divulga o que lhe convém, o que convém ao mercado e sempre sujeita a interesses e influências escusas. Não é de modo algum o modo mais seguro. No passado o rádio divulgava  toda a produção musical e já com corrupção, interesses de terceiros, filtrando ao público o que deveria ser ouvido. Com o nascimento da televisão se deu o mesmo e hoje com as redes sociais o processo de divulgação e imposição musical ditado meramente pelo mercado segue o mesmo.Claro que o músico o compositor e a indústria fonográfica como produtores e vendedores de bens ainda que intelectuais necessitam todos receberem pelo que fazem mas este não podem ser todos e nos melhores casos a razão real. Tanto para quem compõe, para quem canta ou executa e também para os ouvintes deve haver razões mais ideias para se ouvir música. 

Veja a entrevista do compositor e músico grego falecido recentemente.


E seu workflow:



E uma demonstração do mesmo equipamento:




Finalmente uma das mais recentes composições do compositor Vangelis, "Rosetta"





segunda-feira, 28 de março de 2022

CINEMA: AS MAIS BELAS TRILHAS SONORAS, SEUS COMPOSITORES E COMO SÃO EXECUTADAS



The Wonderful Woman Main Theme


T
odos nós ao sermos perguntados sobre grandes compositores da música clássica lembramos facilmente de J.S.Bach,Mozart, Beethoven dentre outros.

Já vimos nas aulas anteriores que compositores de grandes trilhas sonoras são grandes músicos, maestro, arranjadores e donos de carreiras como músicos e compositores com trabalhos e composições maravilhosas. Não há como qualquer ouvinte até sem informação musical dizer "esta música é ruim" pois de uma forma genial cada trecho, cada peça, cada fragmento de cada trilha sonora composta por estes grandes músicos emociona qualquer pessoa. Mais ainda como é cultura em muitos outros países as pessoas comprarem, adquirirem estas trilhas para serem ouvidas fora do filme, como grandes e memoráveis peças, obras musicais equivalentes à grandes sonatas, sinfonias,cantatas ou outro tipo de composição musical de qualidade.



 

 

 




Esta postagem é somente para você ouvir algumas delas e desenvolver ou aguçar esta mesma sensibilidade para tal.







 

 1) Hans Zimmer, um dos mais requisitados compositores de trilhas para grandes filmes da atualidade.



INSCREVER-SE

The World of Hans Zimmer - Hollywood in

 

 Vienna 2018 

 

 https://hans-zimmer.com/news Tracklist:

01. The Dark Knight Orchestra Suite 06:05


02. Mission Impossible 2 Orchestra Suite: Part 1 05:06


03. Mission Impossible 2 Orchestra Suite: Part 2 04:49


04. Rush Orchestra Suite 06:19


05. Kung Fu Panda: Oogway Ascends - Orchestra Version 02:06


6. The Da Vinci Code Orchestra Suite (Live) Part 1 (Live) 06:28


07. Part 2 (Live) 05:14


08. Part 3 (Live 04:27


Part 4 (Live) 04:23


10. Sherlock Holmes Fantasy 06:00


11. The Holiday Orchestra Suite 07:31


12. Hannibal: To Every Captive Soul - Orchestra Version 06:56


13. The Lion King Orchestra Suite 08:56


14. Gladiator Orchestra Suite: Part 3, Now We Are Free 04:13


15. Inception: Time - Orchestra Version (Live) 04:46


16. Pirates of The Caribbean Orchestra Suite Part 1, I Don't Think Now Is The Best Time / At Wit's End 07:05


17. Part 2, Drink Up Me Hearties Yo Ho 02:50


18. Credits





The Good, the Bad and the Ugly  


Composed by Ennio Morricone Various flutes: Hans Ulrik, Russell Itani Vocals: Tuva Semmingsen & Christine Nonbo Andersen Conducted by Sarah Hicks

 Orchestral arrangement/adaption from original recording: Martin Nygård Jørgensen 

 Set design design: Nikolaj Trap Light design: Mikael Sylvest 


 Director of photography: Karsten Andersen Performed and recorded in DR Koncerthuset 2018 All rights reserved DR2018



2) Ennio Morricone, o falecido compositor e maestro nos legou trilhas sonoras para filmes inesquecíveis.













Ouça cada uma e dê a sua opinião em comentários abaixo desta postagem.Gostaria de ouvir a sua impressão, ok?



E para terminar a nossa aula e postagem com a mesma energia e musica tema inicial que tal ouvi-la sem imagens do filme numa versão extendida do tema? aí vai novamente!





Que outras trilhas maravilhosas e até de gêneros musicais diferentes ( pop, jazz, bosa noca, rock) você pode lembrar e listar para nós, nome do filme, canções, bandas e compositores de cada uma?




Até a próxima então.








FILMES E CINEMA: COMO ASSISTIR UM FIME E APROVEITAR TODO O SEU CONTEÚDO E MENSAGENS?

 




A
s pessoas ouvem canções, assistem séries, novelas de tv e filmes.Destes as séries de tv são as mais palatáveis no sentido de serem mais cativantes e agradáveis a longo prazo e passíveis de serem compreendidas mais facilmente ( pelo menos as pessoas acham isso ).

Nós brasileiros, falsamente falantes de uma língua única o português brasileiro, embora no Brasil haja oficialmente cerca de 190 línguas reconhecidas, não nos importamos em ouvir uma canção em língua estrangeira e pagarmos o mico de nem sabermos do que ela se trata.

Os exemplos desastrosos são muitos e patéticos: a conhecida mundialmente canção do falecido compositor, bailarino, ator, coreografo, arranjador, produtor e diretor cinematográfico, a Bilie Jean não trata de assunto nenhum imaginado pelo público ouvinte que certamente não passa nem perto do que a canção trata.

A canção trata de um singular mas comum fato de uma fã com fantasias relacionadas ao seu ídolo após dançar com ele em um salão de dança se imagina grávida e entra na justiça pretendendo não o amor de seu ídolo mas a imaginada paternidade. Parte da letra diz que por quarenta dias e quarenta noites a justiça se posicionou favorável a sua demanda. Em um ritmo contagiante o coro reza: "Bilie jean esta criança não é meu filho".

Claro que os milhões de ouvintes sem domínio mínimo da língua inglesa não passam nem perto da aparente realidade dura e sem graça do tema e da letra da canção.

Que pensar da trilogia e agora demais um filme da  famosa Matrix. Toda a maquinaria, transformações bizarras, ambiente de suspense, e os muitos efeitos especiais que surpreendem a cada momento, preenchendo horas e horas de sequência fílmica não são nem de longe entendidas pelos espectadores mais comuns.

E os exemplos passam por estórias (  com "e" mesmo de story e não history ) mais populares como Titanic com muitas implicações, reflexões e mensagens sérias que também não são nem percebidas pelos espectadores.

Mesmo o grande diretor, John Cameron ser um agnóstico ( que é diferente de um ateu,mas sem confessada crença religiosa) uma das cenas mais reflexivas (deveria  ) é justamente a do momento em que o naufrágio parece ser eminente, um trio de cordas, trẽs músicos começam a executar um hino, uma canção evangélica americana cuja versão em português é "Mais Perto Quer Estar Meu Deus de Ti", enquanto por traz dos músicos passa rapidamente um vulto de um homem muçulmano e ao alado aprece um padre com um livro ou um terço , não me lembro, numa mensagem clara que no momento da morte somente a religião, qualquer que seja, tem respostas, esperança e consolo.

Há no filme Titanic outras mensagem igualmente importantes e arrebatadoras que infelizmente volto a repetir passam desapercebidas e são certamente elas justamente a razão pela qual a história do verdadeiro Titanic foi decidida a ser encenada e filmada  pela terceira vez e com enorme sucesso de crítica, de bilheteria e como autêntica obra de arte.

Um filme não é para se concordar com ele ou discordar-se gratuitamente. Um filme, até alguns bastante medíocres trazem declaradamente a posição, opiniões, crenças e valores que quem o produziu. Não se trata de algo solto e sem rumo, critérios e objetivos.

O que difere uma obra de arte de outra coisa que se pareça com arte é que a arte louvável e reconhecida é complexa, menos direta, sutil e muitas vezes delicada. Pornografia não é arte e nem é uma atuação teatral, é um tosco documentário, com pessoas fazendo coisas e alguém filmando. A sensualidade ou o sexo em um filme verdadeiramente artístico é sugerido.

Votando ao Titanic, é óbvio que as personagens centrais Rose e Jack fizeram sexo, e que antes ou depois a personagem do Jack de delicia e enaltece a beleza da Rose a desenhando ( quem desenha de fato é o diretor e dono do filme John Cameron que é também desenhista e dos bons! ) mas tudo é tão belo tão louvável que nos leva a se pudermos  ter uma experiência semelhante.

Outro exemplo é a canção bela, rebuscada e esquecida do cantor brasileiro Roberto Carlos, "Cavalgada", é um registro de uma noite entre dois amantes no melhor sexo feito entre um homem e uma mulher: "Vou cavalgar por toda noite em uma estrada colorida, usar os meus beijos como açoite e minha mão mais atrevida" continuando a letra entre sutis descrições e declarações de amor arrebatador que toda mulher desejaria ouvir e vivenciar e todo homem ter a criatividade de dizer e agir.

Muitos são os bons e excelente s exemplos até de filmes bons e menos badalados pela "crítica profissional e prostituta " das mídias correlatas. "Inferno em Volcano" trata de uma cidade contemporânea cujo vulcão próximo, hipoteticamente romperá a lava destruidora arrasando toda a cidade e sua população.

A saída na trama é desviar via explosões o rio de lava da cidade. Uma cena de cerca de um minuto vale ser destacada: após o clímax e a solução da situação problema, um protagonista do ação, segura um menino de quatro ou cinco anos nos braços enquanto a câmera mostra as pessoas alegres festejando o livramento de todos, aparecendo brancos, negros, ruivos, loiros, pessoas de toda ss idades enquanto o ator principal pergunta ao garoto: "- O que você vê?" enquanto a cinzas resultantes da erupção vulcânica cobre a todos igualmente com uma camada absolutamente cinza.

A pergunta é imediatamente repetida enquanto cai uma chuva ácida lavando no rosto das pessoas toda a cinza e revelando as suas diferenças étnicas  e físicas. "-E o que você vê agora?" novamente dirigida ao menino em seus braços. A resposta: "-Vejo todos iguais!"

A mensagem impactante, arrebatadora, e absolutamente exemplar é que ao mesmo tempo que somos todos iguais, somos ao mesmo tempo singulares e diferentes, uma verdade se não constatada em absoluto deve ser compreendida via tão boa lembrança e esclarecimento. Assim também  a lista de fimes memoráveis com lições importantes ou pelo menos provocações é muito grande e portanto passíveis de serem assistidos por pessoas inteligentes e de bom gosto. As vezes uma única fala ou ênfase vale todo o filme como "é preferível não ter fé e uma vez tê-la do que tê-la e perdê-la."

Eu sempre digo nas minhas aulas sobre cinema que um filme é uma perodução artística muito trabalhosa, certamente por certo aspecto a mais trabalhosa não fisicamente somente mas dinamicamente, ó passível de ser superado pela arquitetura mesmo porque na arquitetura há muito trabalho material que ua vez realizado fica pronto e só há um modo de ser feito e pronto. 

Como o cinema é a união da literatura, da dramaturgia e do ilusionismo circense trata-se de uma arte colaborativa, bem diferente da pintura e do desenho que podem ser naturalmente feito, executados por uma única pessoa até a música limitadamente pode ser feita solitariamente já o cinema não.

Por esta trabalhareira toda, em vã consciência ninguém vai fazer um filme para não alcançar nenhum objetivo pré-estabelecido. Que faz um filme sabe o que tem a dizer e o que vai dizer e a quem. Este autor, este cineasta quer mudar alguma coisa nas pessoas, mas massas, mais do que pregadores religiosos tentam ou mais que governos e legisladores. 

É importantíssimo que você entenda isto. Ninguém faz um filme gratuita e inocentemente ( talvez os horríveis cineastas brasileiros nos tempos horrorosos dos Trapalhões e dos fillmes da Xuxa, mas certamente esles queriam muito e conseguiram, ganhar dinheiro, muito dinheiro! ).

Que sempre alcançam totalmente estes obetivos? não totalmente mas certamente sempre parcialmente e mai do que desejável, pois atingem u enorme contigente de pessoas supostamente pensantes na sociedade e muito jovens acéfalos em termos de comportamento.

Logo quando um filme importante, supostamente bem feito, é produzido ele mexerá com muitas mentes e incitará um novo ( ou velho ) comportamento nas pessoas. Na verdade na maioria dos casos não será exatamete novo mas algo daquilo que se chama "inconsciente histórico", algo antigo que volta de tempos em tempos com cara de algo novo como a "Terra Plana", "Objetos Voadores Não Identificados", "Vida Extraterrestre", "Evolução Humana", "Espiritualidade", e por aí se vai... amoralidade, moralidade, imoralidade ( não nesta ordem exatamente ).

Finalmente nunca é algo novo, nunca novo supostamente, pois o novo desta maneira, não é atraente, o novo no cinema é algo com um pé no antigo, no antiquíssimo, com roupagem nova com uma pitada ou outra de atualidade e quiça futurismo. Mas guarde isso não é algo que se despreze pois nos prende pela beleza, pelo entretenimento e pelo mais importante: não nos faz sentir rewsponsáveis por termos uma ou outra opinião. Aparentemente se desfaz quando o deixamos como entretimento e voltamos literalmente contaminados para o bem oi para o mal para o mundo real de cada um de nós e de cada dia.

Bem ainda finalmente, ao assistir qualquer filme leia aquilo que ninguém lê: nomes dos produtores ou produtor, roteirista ou roteiristas, se é baseado em alguma "novel" o que é um livro de alguém, fatos reais, se é um docuumentário ou um aviso de que é uma ficção ou se não é mas os nomes, lugares e pessoas foram intencionalmente trocados. 


Preste atenção no título original, normalmente em inglês e o traduzido ( que não significa estar "errado" mas apenas que é sempre "outro" por razões linguísticas e culturais ) e ainda lembrar que todo filme, toda narrativa segue modelos rígidos, historicamente tradicionais e aceitos como introdução, desenvolvimento e conclusão desta maneira desprezando muita coisa menos importante. 


Lembre-se ainda que a construção das diversas personagens e como eles interagem, são mais ou enos importantes, como perdem, como ganham, morrem e sobrevivem também seguem modelos rígidos tanto na literatura ou no cinema.







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