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domingo, 21 de setembro de 2008

Excentricidade ou algo a dizer?

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Quando tomei a decisão de usar um blog para falar de Arte, optei em não escrever
textos ou falar coisas na linguagem usada por quem é do meio, seja artistas plásticos,músicos,escritores,atores,etc.

Um dos motivos é que guardadas as proporções, todos têm acesso as mesmas informações e são muito elegantes em não entrar em muitas controvérsias ( engana-se quem ache que na Arte haja uma espécie de unânimidade ).

Outro motivo era tornar a relação indivíduo, pessoa,cada um e a Arte como fenômeno,
uma relação clara em que cada pessoa percebesse a importância da arte como instituição humana e autoconhecimento ou o conhecimento do que somos como espécie humana, que é o que a Arte pode realmente nos proporcionar como linguagem.

Dessa forma procuro pontuar, polemizar, provocar discussões sobre pontos, os quais
considero importantes. Tudo amarrado, centrado nas seguintes questões feitas da forma
mais simples possível:

Arte, o que é?

A Arte serve para quê?

Há momentos que um "artista" faz apenas coisas "diferentes". Há outros momentos que
ARTISTAS produzem obras muito estranhas e têm coisas realmente a dizer, profundas,
complexas.

Observem as imagens de obras no início desse "post" e a reportagem a seguir.




As obras acima da postagem são do artista Jeff Koons
um dos mais importantes atualmente cujas esculturas se encontram entre
as mais caras.


Peças de metal do artista chamam a atenção do público no telhado de museu de arte novaiorquino



Peça da exposição de Jeff Koons em Nova York NOVA YORK -
Com uma vista de tirar o fôlego, traçando um panorama do Central
Park e do horizonte de Manhattan, o jardim no telhado do
Metropolitan de Nova York, denominado Cantor Roof Garden, poderá
surpreender o visitante como um excelente lugar para abrigar
uma exposição de esculturas ao ar livre, como acontece todos os anos.

Na verdade, trata-se de um lugar inóspito para esculturas, como
demonstrado pela exposição de 2008, aberta nesta terça-feira, 22: três belos e inéditos trabalhos do conceituado artista pop Jeff Koons.

Cada uma das esculturas é uma representação ampliada de algo menor em aço inoxidável, polido e laqueado - um cão de brinquedo feito de balões, um coração do dia dos namorados embalado numa folha metálica e a silhueta do 'leitão', de um livro de colorir do 'Ursinho Puff', como se estivesse pintado ao acaso por uma criança pequena.

São trabalhos expressivamente travessos. Com suas partes pneumáticas, em forma de salsicha, Balloon Dog (amarelo) é um astuto cavalo de tróia: parece inocente, mas é carregado de estética e perversidade erótica. Sacred Heart (vermelho/dourado) comenta de maneira incisiva a mudança comercial no significado de uma experiência emocional e religiosa. Coloring Book reflete a obsessão jovem e a infantilidade da cultura e sociedade moderna.

Mas localizados num pátio sem definição arquitetônica, onde também se vêem áreas ocultadas pelos proprietários do Roof Garden Cafe, as esculturas se tornam acessórios decorativos. O maior problema é a escala. Visto numa galeria interna, o brilhante Balloon Dog metálico, que atinge cerca de 3 metros de altura em seu ponto mais alto, poderia ter uma imposição diferente. No teto, parece ter seu crescimento impedido pelo céu; no aberto, poderia se expandir para o espaço, no sul e oeste do museu.

A intimidade das esculturas de Koon também é diminuída. A atenção perfeccionista aos detalhes é um dos aspectos mais convincentes de seus trabalhos: note o exato laço que serve como nariz para o cachorro em forma de balão, ou as marcas de dobras e pregas no coração embalado.
O ambiente que causa distração, porém, impede um olhar mais cuidadoso.
Devido ao fato de ser a maior e mais simples escultura, Coloring Book é o trabalho que menos sofre com a inferência do ambiente. Mas também é o menos interessante do ponto de vista formal, contornado irregularmente com cores transparentes e aquosas.



Local à parte, as esculturas de Koons permanecem como objetos intelectualmente excitantes, que aguçam os sentidos - Balloon Dog é a obra-prima - e valem uma visita sob qualquer circunstância.

A exposição Jeff Koons on the Roof (Jeff Koons no Telhado) pode ser vista até 26 de outubro no Metropolitan Museum de Nova York.

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Orquestra Sinfônica ou Filarmônica ?

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A três mil visitas atrás alguém bem próximo me perguntou qual seria a diferença entre Orquestra Sinfônica e Orquestra Filarmônica.

Bem a resposta é simples e já a digo. O motivo porque volto a esse assunto é que é o verdadeiro motivo dessa postagem.

A palavra orquestra, como é sabido é de origem grega e significava a época o lugar dos músicos no teatro ( algo para ser visto ). Posteriormente, só par não alongar a explicação no momento, passou a significar o conjunto de músicos e seus instrumentos.


As duas orquestras, a sinfônica e filarmônica, alguém pode imaginar, são rigorosamente iguais na sonoridade, na formação dos músicos, no repertório,etc.

Qual então a diferença?


A orquestra sinfônica é mantida sempre por uma entidade governamental: o governo municipal, o governo estadual ou o governo federal isso pensando em termos de Brasil ou outro sistema de organização de governo semelhante. Já a orquestra filarmônica ( filo de amigos também do idioma grego ) é mantida por entidade particular. Fácil não?

Agora a razão dessa postagem e da retomada a esse assunto: a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais se transformou em "Orquestra Filarmônica de Minas Gerais". A razão é a partir de agora a entidade será mantida por uma fundação, portanto uma entidade distinta e independente do Governo do Estado de Minas Gerais.

Vantagens? algumas, entre elas, seguir adiante em seu desenvolvimento, independentemente da alternância de poder que eventualmente atinge o governo, embora tal tipo de alternância seja algo sadio para a democracia, possa eventualmente significar avanços mas retrocessos, dependendo das intempéries advindas das reviravoltas econômicas ou políticas.


Abaixo trecho do que foi a apresentação da orquestra nessa nova fase.


Esta semana, os belo-horizontinos têm duas opções de encontro com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Terça-feira (19/08) à noite, no Palácio das Artes, o conjunto apresenta o programa Vivace IV – Aquarela do Brasil, inteiramente dedicado à música brasileira, com regência do maestro titular da orquestra, Fábio Mechetti. No domingo, o grupo apresenta, em Inhotim, Clássicos no parque III, sob a regência de Fábio Costa. Os repertórios têm a participação do saxofonista Dilson Florêncio como solista convidado.

O concerto de terça-feira promove uma espécie de viagem ao longo de um século de música brasileira. A obra mais antiga que o integra é, também, a peça mais célebre de um compositor erudito nacional – a protofonia (ou sinfonia, ou abertura, dependendo da edição) da ópera O guarani, de Antônio Carlos Gomes (1836-1896). No extremo oposto, a Suíte Piratininga foi composta por um artista ainda vivo, Sérgio Vasconcellos-Corrêa, também professor e crítico de música.

Entre os dois, o programa oferece três caminhos que se abriram aos músicos modernistas no país. De Heitor Villa-Lobos (1887-1959), será apresentada a Bachiana brasileira nº 4 (escrita para piano em 1930, orquestrada 13 anos depois). De Cláudio Santoro (1919-1989), o programa inclui a Brasiliana. E o ponto alto da apresentação, o Concertino para saxofone e orquestra, de Radamés Gnatalli, funciona como homenagem tardia aos 20 anos da morte do compositor, celebrados em fevereiro deste ano.

Cada um dos três buscava, na época em que as obras foram compostas, conciliar três pontos de vista: as exigências nacionalistas da cultura brasileira, as influências modernistas e o estilo pessoal. O processo é mais radical no caso de Brasiliana – Cláudio Santoro se destacara na cena musical brasileira por sua adesão quase completa a vanguardas européias, e nos anos 1950 ele tentava a conciliação entre estas origens e um olhar mais voltado para a identidade nacional. Gnatalli, em seu concertino, promove o diálogo entre as raízes erudita e popular da música brasileira, reinventando ritmos nordestinos e samba em formas orquestrais elaboradas. A série das bachianas, por sua vez, deu a Villa-Lobos a oportunidade de aliar duas paixões ao preencher, com sonoridades tipicamente brasileiras, estruturas de suíte do barroco, investigando correspondências nacionais para as danças que inspiraram os compositores barrocos.

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domingo, 7 de setembro de 2008

Ah! essa Arte...

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Passa um pouco das vinte e duas horas e de repente presto atenção ao início
de um filme que começa após uma revista eletrônica na televisão que se encerra
com uma grande reportagem que revela a uma promotora a vida feliz de um criminoso
tocando a sua vida longe dos olhos caolhos da justiça que como em todos os dias
( ou nesses últimos mais que outros ) erra muito mais.

Em apenas cinco dias, só para pensar grande, devolve dois garotos fugitivos
e aterrorizados ao pai e madastra que os asfixia, queima e os corta em
pedacinhos; solta três rapazes presos por engano por mais de dois anos
e um patricida ricaço protegido pela mãe e a avó tem vida de bom moço foge
dos olhos dessa mesma justiça. Bom já desabafei! pelo menos por ora.

Queria falar de outra coisa. Alfabetizado aos cinco para seis anos, fato poouco
comum a mais de quarenta anos atrás, o mundo foi desvendado diante dos meus olhos
graças, principalmente a duas linguagens da arte: a linguagem do desenho através
das histórias em quadrinho, principalmente do mundo Disney e o cinema.

O filme do qual falava no início tem o título em português de "Escrito nas estrêlas". E do que ele trata? Bem é um flme romântico que por trás do encontro de um casal trata de um dilema: destino ou acaso. Trata-se de algo que todo ser humano, cada um de nós tem de se confrontar com essa questão, essa interrogação.

Ah... é a Arte como mediadora entre a experiência do artista como ser humano, a sua
busca
, que é passada para nós expectadores de todas as idades, estatus social,
etinia, gênero, religião ou falta dela.

Essa é, repetindo e enfatizando a grande utilidade da Arte, trata-se de uma
dinâmica muito simples, mas que muita gente não sabe, não sabe transmitir as
outras pessoas e ao invés disso, passa uma exurrada de informações apenas
enciclopédicas, que não tornam a relação dessa pessoa com o fazer artístico
útil e revolucionário para suas vidas.

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Você já parou para pensar que tipo de informação "artística" você passa para
outras pessoas? São informações que elucidam o papel da Arte na existência
humana ou não?

As pessoas assistem filmes, as vídeo locadoras fazem o maior sucesso mesmo
nas mais distantes periferias das grandes cidades. Pessoas, no caso da produção
cinematográfica, saem das mesmas com sacolas cheias de DVDs e assistem estes
filmes em questão de horas, sem ao menos arranharem na mensagem ou na intenção
do autor de cada filme.

O que dizer das esculturas nas praças, na arquitetura heterogênea das grandes
cidades ou mesmo nas letreas das boas canções ouvidas no rádio ou em algum CD?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A vidraça pela paisagem II... na Música

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Música...uma das várias linguagens da Arte. Talvez a mais popular,
a mais acessível e a mais versátil do ponto de vista estético e cultural.
Mas como linguagem é meio,gramática, deve apenas carregar algum sentido,
idéia, sentimento, crença.

Quem ouve uma música, por várias razões incluindo mecanismos biológicos
estritamente humanos, deve procurar sentir, perscrutar, compreender a intenção, a idéia, a mensagem por trás dela, mais particularmente se for uma canção
- a união de uma melodia com uma poesia.


Acrescente-e a isso outros elementos mais sutis como arranjo, gênero,
vozes, estilo,que devem ser percebidos um a um. Desejável conhecimento
histórico da música como sistema complexo desenvolvido ao longo de séculos,
dos grandes vultos da história da música, da sua obra que atravessa
culturas, o próprio tempo.

Joga-se tudo isso fora, a paisagem, o horizonte vasto e passível de
admiração e passa-se a arranhar a vidraça nervosa e irracionalmente,
a discutir-se outras coisas como guetos musicais definidos pelo
artificial mercado, as esquisitices dos artistas como casamentos múltiplos,
vícios, internações por drogas, históricos familiares complicados,
crises pessoais não superadas, fortunas e gastos pouco comuns.
O culto falso a celebridades artificialmente construidas.

Um vídeo sobre os novos e péssimos hábitos ao ouvir música e suas terríveis consequências, é o assunto de uma excelente reportagem exibido pelo canal Record News.
Assista e pense.

Aliás, o canal Record News é hoje o melhor canal de notícias do Brasil. Parabéns Record News!



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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A vidraça pela paisagem

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Não é de hoje o que menciono a seguir. Trata-se, na verdade, de um processo que com
desenvolvimento da tecnologia nas mais diversas áreas, do aperfeiçoamento e do aprofundamento do conhecimento, de uma terrível inversão de valores.


Em todos os momentos da vida nos confrontamos com isso, seja individualmente ou em
grupo. Há coisas que devem ser, ou são prioritárias, portanto mais importantes, que
devem ser observadas, devem vir portanto antes das outras.

Em uma eventual inversão pessoas menos sensíveis ou com pior qualidade de informação e formação podem, eventualmente, nem notar e até julgarem inapropriadas qualquer observação em contrário.

Tomemos por exemplo a Arte e mais exatamente ,por ora, a música. A música é uma linguagem ( pena que muita gente não saiba e nem se dê conta disso).

Portanto um composição musical, uma peça musical só tem sentido se for a expressão de algo que o artista compositor, de certa forma, experimentou no seu processo de composição.

Aí reside o real e verdadeiro valor dessa peça musical: o que ele, artista disse
na sua música. Evidentemente hoje há, e quem conhece o processo, toda a tecnologia
envolvida, irá perceber o que quero dizer, que aperfeiçoa essa composição, seja em
termos de arranjo, sonoridade, correção, etc.

Mas semelhantemente ao diamante que após retirado do solo não tem beleza alguma e que
só terá essa beleza extraída após um processo de lapidação, uma peça musical só será
eventualmte mais bela se empregarmos na medida certa toda a tecnologia disponível
que vai desde a qualidade dos instrumentos, passando pela palhafernália de estúdio,
conhecimento técnico dos produtores, engenheiros de som, arranjadores, instrumentistas, etc que tornarão essa composição, essa expressão, concreta e perceptível no mundo.

A vidraça pela paisagem, essa troca, essa inversão de valores é terrível quando certos críticos, o mercado, o público, a mídia enfim passam a valorizar "detalhes" que nada têm a ver com
a "verdade" da obra artística.

NO PRÓXIMO POST COLOCAREI UM VÍDEO QUE MOSTRA PARTE DA TECNOLOGIA
ENVOLVIDA NA MATERIALIZAÇÃO DA MÚSICA HOJE MAS QUE SE MOSTRA DE
CERTO MODO COMPLETAMENTE ALIENADA DA VIDA, DA ARTE E PORTANTO DO HOMEM.

A vidraça pela paisagem ...a música!

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