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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Orquestra Sinfônica ou Filarmônica ?

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A três mil visitas atrás alguém bem próximo me perguntou qual seria a diferença entre Orquestra Sinfônica e Orquestra Filarmônica.

Bem a resposta é simples e já a digo. O motivo porque volto a esse assunto é que é o verdadeiro motivo dessa postagem.

A palavra orquestra, como é sabido é de origem grega e significava a época o lugar dos músicos no teatro ( algo para ser visto ). Posteriormente, só par não alongar a explicação no momento, passou a significar o conjunto de músicos e seus instrumentos.


As duas orquestras, a sinfônica e filarmônica, alguém pode imaginar, são rigorosamente iguais na sonoridade, na formação dos músicos, no repertório,etc.

Qual então a diferença?


A orquestra sinfônica é mantida sempre por uma entidade governamental: o governo municipal, o governo estadual ou o governo federal isso pensando em termos de Brasil ou outro sistema de organização de governo semelhante. Já a orquestra filarmônica ( filo de amigos também do idioma grego ) é mantida por entidade particular. Fácil não?

Agora a razão dessa postagem e da retomada a esse assunto: a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais se transformou em "Orquestra Filarmônica de Minas Gerais". A razão é a partir de agora a entidade será mantida por uma fundação, portanto uma entidade distinta e independente do Governo do Estado de Minas Gerais.

Vantagens? algumas, entre elas, seguir adiante em seu desenvolvimento, independentemente da alternância de poder que eventualmente atinge o governo, embora tal tipo de alternância seja algo sadio para a democracia, possa eventualmente significar avanços mas retrocessos, dependendo das intempéries advindas das reviravoltas econômicas ou políticas.


Abaixo trecho do que foi a apresentação da orquestra nessa nova fase.


Esta semana, os belo-horizontinos têm duas opções de encontro com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Terça-feira (19/08) à noite, no Palácio das Artes, o conjunto apresenta o programa Vivace IV – Aquarela do Brasil, inteiramente dedicado à música brasileira, com regência do maestro titular da orquestra, Fábio Mechetti. No domingo, o grupo apresenta, em Inhotim, Clássicos no parque III, sob a regência de Fábio Costa. Os repertórios têm a participação do saxofonista Dilson Florêncio como solista convidado.

O concerto de terça-feira promove uma espécie de viagem ao longo de um século de música brasileira. A obra mais antiga que o integra é, também, a peça mais célebre de um compositor erudito nacional – a protofonia (ou sinfonia, ou abertura, dependendo da edição) da ópera O guarani, de Antônio Carlos Gomes (1836-1896). No extremo oposto, a Suíte Piratininga foi composta por um artista ainda vivo, Sérgio Vasconcellos-Corrêa, também professor e crítico de música.

Entre os dois, o programa oferece três caminhos que se abriram aos músicos modernistas no país. De Heitor Villa-Lobos (1887-1959), será apresentada a Bachiana brasileira nº 4 (escrita para piano em 1930, orquestrada 13 anos depois). De Cláudio Santoro (1919-1989), o programa inclui a Brasiliana. E o ponto alto da apresentação, o Concertino para saxofone e orquestra, de Radamés Gnatalli, funciona como homenagem tardia aos 20 anos da morte do compositor, celebrados em fevereiro deste ano.

Cada um dos três buscava, na época em que as obras foram compostas, conciliar três pontos de vista: as exigências nacionalistas da cultura brasileira, as influências modernistas e o estilo pessoal. O processo é mais radical no caso de Brasiliana – Cláudio Santoro se destacara na cena musical brasileira por sua adesão quase completa a vanguardas européias, e nos anos 1950 ele tentava a conciliação entre estas origens e um olhar mais voltado para a identidade nacional. Gnatalli, em seu concertino, promove o diálogo entre as raízes erudita e popular da música brasileira, reinventando ritmos nordestinos e samba em formas orquestrais elaboradas. A série das bachianas, por sua vez, deu a Villa-Lobos a oportunidade de aliar duas paixões ao preencher, com sonoridades tipicamente brasileiras, estruturas de suíte do barroco, investigando correspondências nacionais para as danças que inspiraram os compositores barrocos.

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