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quinta-feira, 21 de maio de 2009

MÚSICA ERUDITA PARA TODOS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, no propósito delevar a música erudita a todos ,faz mais uma vez uma apresentação a preços simbólicos e desse modo acessíveis a todas as pessoas. Recebi atraves de e-mail , enviado pela comunicação da Fundação Artística de Belo Horizonte, e orgulhosamente reproduzo nesse blog. Inciativas semelhantes devem se multiplicar para que a cultura musical seja elevada em nosso país e que as novas gerações saibam um pouco mais do que seja qualidade em música.





FILARMÔNICA INAUGURA A SÉRIE
CONCERTOS PARA A JUVENTUDE


Destaque para solo de eufônio, espécie de tuba, porém pouco conhecido

A formação de plateia entusiasta da música sinfônica faz-se com intensa programação preocupada em ensinar e flexibilizar o acesso à música clássica. Ciente disso, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais dá início à série Concertos para a Juventude, que reserva manhãs de domingo para levar aos jovens a música erudita de alta qualidade. Em cada concerto, a presença de um jovem solista em espaço acessível à comunidade, o que democratiza o convívio com a orquestra e seus músicos, tornando cada vez menor a distância entre a população e o conjunto orquestral. No repertório, peças alegres e de agradável colorido sinfônico.

Acontece no domingo próximo, dia 24 de maio, o concerto inaugural da série, com regência do maestro Fabio Costa e tendo como solista convidado o eufonista Rafael Mendes. A apresentação tem início às 11 horas, no auditório do Instituto de Educação, situado à Rua Pernambuco, 47 – Funcionários. No programa, obras de Smetana, Arban, Curnow, Mendelssohn, Brahms, Mozart, Dvorák e Nopomuceno.

O REGENTE FABIO COSTA
Um dos mais destacados e experientes maestros brasileiros de sua geração, Fabio Costa é maestro assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Também pianista e compositor premiado, com uma experiência de mais de 160 concertos sinfônicos e de ópera em uma carreira internacional, Costa já esteve à frente de várias das melhores orquestras brasileiras, tais como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Petrobrás Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Amazonas Filarmônica, entre outras. Nos EUA, em 2000 e 2003, foi Maestro Associado da Sinfônica de Spokane e Diretor de Orquestras da Eastern Washington University, quando regeu mais de 80 concertos para um público de mais de 70 mil pessoas.
Fabio Costa recebeu seu treinamento em regência orquestral e correpetição pela prestigiosa Academia de Música de Viena. Entre produções de ópera dirigidas, destaca-se no Brasil uma elogiada produção de “Fosca” em 2006, no Teatro Amazonas de Manaus. Como compositor, Fabio Costa possui uma extensa obra e recentemente venceu o II Concurso Cláudio Santoro de Composição Musical, da Academia Brasileira de Música, com a obra Salmo da Terra.

O SOLISTA

Com apenas 23 anos, o eufonista Rafael Dias Mendes foi vencedor da quarta edição do Prelúdio, programa da TV Cultura sobre música clássica, e terceiro colocado na quinta edição do Prêmio Weril. Rafael começou a estudar música aos dez anos; já se apresentou com grandes orquestras, como Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo [OSESP], Orquestra Petrobrás Sinfônica do Rio de Janeiro e Orquestra Sinfônica de Campinas. Em 2006 Rafael foi finalista do programa Furnas Geração Musical. Em setembro de 2008, Rafael se apresentou como artista convidado do 4º Encontro Internacional de Tubas e Eufônios, em Buenos Aires, na Argentina. Atualmente é membro da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.

Pouco conhecido pelo público em geral, o eufônio é um instrumento da família dos metais, pertencente à classe das tubas. Apresenta timbre similar ao trombone, porém mais suave, delicado. Também é conhecido como tuba tenor, possui o tubo mais largo e o bocal mais profundo. Presença comum em bandas, raras são as oportunidades em que eufonistas se apresentam como solistas.

O REPERTÓRIO

O concerto inaugural da série Concertos para a Juventude começa com obra do compositor tcheco Bedrich Smetana [1824-1884]. Na ocasião, os músicos irão executar a dança nº 3 da peça A Noiva Vendida. Escrita em 1866, trata-se de uma ópera cômica cuja estreia aconteceu na cidade de Praga. Após poucos anos, tornou-se a principal ópera tcheca. Quando criança, Smetana começa seus estudos em piano e violino. Mais tarde, após a morte prematura de dois filhos, entra em depressão e dedica-se de mais intensamente à composição. Com o decorrer dos anos, realiza vários concertos e recitais. Por agravamento de uma sífilis, acaba perdendo a audição. Smetana é considerado o pai musical da escola tcheca.

As variações que o trompetista francês Joseph Jean Baptist Laurent Arban [1825-1889] fez para a peça Carnaval de Veneza vêm na sequência. Arban foi também professor e maestro e nasceu numa época em que o trompete passava pela transição: agora ganhava válvulas. Arban estudou no Conservatório de Paris e ali deu aulas a partir de 1869. Seu método de estudos é extremamente conhecido dos músicos especializados. Seu solo de trompete até hoje é lembrado e listado entre as melhores performances do instrumento. Arban faleceu em Paris no ano de 1889.

O norte-americano James Curnow [1943] elaborou variações para a peça Eufônio e Orquestra, as quais fazem parte deste repertório. Curnow nasceu em Michigan e recebeu suas primeiras lições de música em escolas públicas. Regente e compositor, já se apresentou na Europa e em vários países, tais como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Escreveu mais de duzentas peças publicadas em diversos países.

A quarta peça do concerto é o segundo movimento da Sinfonia nº 3, do alemão Jakob Ludwig Felix Mendelssohn-Bartholdy [1809-1847]. Compositor, músico, pintor, escritor, esportista: Mendelssohn era um homem refinado e versátil, filho de banqueiro com grande riqueza. Passou sua infância num entorno de grande efervescência cultural, cujos pais influentes tinham em casa com frequência as principais mentes pensantes da Alemanha da época. De expressivo talento musical, começou a compor aos nove anos; aos treze já havia publicado sua primeira peça. Além de compositor, era também pianista e maestro. A peça Sinfonia nº 3 foi composta em 1842, tendo como inspiração uma viagem que o compositor fez à Escócia. Trata-se de uma obra notável pelo sombrio colorido nórdico; o músico dedicou-a à rainha Vitória. Mendelssohn era costumeiramente chamado de “segundo Mozart” por alguns iniciados da época. Era entusiasta da obra de Bach e foi responsável pela descoberta das partituras do músico barroco, o que resultou numa récita no ano de 1829. Em 2009 é lembrado o bicentenário de Mendelssohn, cuja morte deu-se aos 38 anos de idade em decorrência do agravamento de uma trombose cerebral, após a morte de sua irmã, fato que o deixou muito abatido.

Em seguida, a Filarmônica executa o terceiro movimento da peça Sinfonia nº 2, do alemão Johannes Brahms [1833-1891]. A obra tem orquestração leve e brilhante, lembrando Mozart. Composta em 1877 – quando o compositor passava férias no campo –, é considerada a mais lírica de suas quatro sinfonias. Possui atmosfera bucólica, por isso muitos a caracterizam como pastoral. Brahms ocupava espaço central na música feita na segunda metade do século XIX. Tendo a melancolia e riqueza temática como peças importantes, sua obra é lembrada pela competente união entre a expressividade romântica e a preocupação formal clássica. Nasceu em 1833 na cidade de Viena, cujo pai – contrabaixista profissional – percebeu no filho dons musicais logo aos sete anos de idade. Brahms fez seu primeiro concerto público aos dez anos e sempre acompanhava seu pai nos locais em que ele se apresentava, geralmente tabernas e bordéis. Não tardou para que começasse a tocar profissionalmente com o pai, levando em paralelo seus estudos da música. Tido como gênio por alguns de seus mestres, a partir de 1868 começa a ser reconhecido como grande compositor. Em 1872 é convidado a dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, famosa instituição vienense. Três anos mais tarde estreia sua Primeira Sinfonia com retumbante sucesso, que o torna conhecido como o sucessor de Beethoven. Seu estilo de modulação fez dele um compositor inovador, revolucionário. Dedicou-se a quase todos os gêneros da música sinfônica, à exceção da ópera e balé. Foi também diretor da Singakademie de Viena. Brahms morre aos 63 anos, de câncer no fígado, em abril de 1897.

Como sexta peça do concerto, o quarto movimento da Sinfonia nº 36, de Wolfgang Amadeus Mozart [1756-1791]. Nascido na Áustria e conhecido pelos seus dons prodigiosos – compunha desde os cinco anos de idade –, Mozart produziu a Sinfonia nº 36 especialmente para executá-la na cidade austríaca de Linz, no ano de 1783. Composta em apenas três dias, é um exemplo de arte clássica, considerada também um monumento sinfônico. Não há quem questione o posto de gênio ocupado pelo compositor austríaco, presença inquestionável em qualquer lista dos maiores nomes da história universal da música sinfônica. De personalidade forte, Mozart era incansável na composição de suas peças. Durante toda sua vida foi considerado fenômeno. Aos doze anos já era considerado um compositor de qualidade fora do comum, com uma técnica própria de composição. Suas composições têm intensidade característica: momentos melancólicos e dramáticos distribuem-se com eloquência por suas linhas musicais.

O compositor tcheco Antonín Dvorák [1841-1904] estará representado com parte de sua peça Danças Eslavas(duas danças). O mais conhecido compositor tcheco começou a compor essa obra em 1878, inspirado por certa proximidade com o folclore morávio. Amigo pessoal de Brahms, Dvorák usava a cultura local como fonte de inspiração para suas composições. Dvorák foi diretor do Conservatório de Música de Nova York de 1892 a 1895. Morreu aos 63 anos, em Praga.

O Guaratuja, do brasileiro Alberto Nepomuceno [1864-1920], encerra o programa do concerto inaugural da série. Considerada a primeira ópera verdadeiramente brasileira no que tange à música, ambientação e utilização da língua portuguesa, O Garatuja é uma comédia lírica dividida em três atos e baseada em obra homônima do escritor José de Alencar. A peça tem ritmos populares como inspiração de sua composição. Sua primeira execução data de 26 de outubro de 1904. Nascido em Fortaleza, Nepomuceno é considerado o pai do nacionalismo na música erudita brasileira. Seu pai – violinista, professor, organista – foi quem o influenciou ao estudo da música. Começa, então, a dedicar-se ao piano e violino, com apenas oito anos de idade. Na fase adulta, participou do movimento abolicionista e colaborou com jornais da época. Em 1885, muda-se para o Rio de Janeiro e é nomeado professor de piano do Beethoven Club. Três anos mais tarde, viaja à Europa no intuito de ampliar seus conhecimentos musicais. Passou por Roma, Paris e Berlim, estudando harmonia, piano, composição e órgão. Foi grande divulgador da cultura brasileira mundo afora. Como diretor do Instituto Nacional de Música, participou do início da reforma do Hino Nacional Brasileiro, em 1907. Nepomuceno faleceu aos 56 anos de idade.

A ORQUESTRA
Desde a sua criação, em fevereiro de 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta excelência artística e vigorosa programação. Sob regência do maestro Fabio Mechetti – reconhecido pelo trabalho à frente de grandes orquestras dos EUA, Europa e Ásia e recentemente premiado como melhor regente brasileiro de 2008, pelo Prêmio Carlos Gomes – instrumentistas mineiros se juntaram a músicos de diversas partes do Brasil e do mundo para construir, em Minas, uma Orquestra que se pauta pelo rigor e excelência artísticos e por apresentar ao público as obras essenciais do repertório sinfônico, além de produções contemporâneas, com solistas de destaque no Brasil e no mundo.
Durante a Temporada 2009 serão realizados 53 concertos, divididos entre as séries Allegro e Vivace, Concertos Didáticos, Concertos para a Juventude, Clássicos no Parque, turnês no interior e fora do Estado. Neste ano, a Filarmônica já recebeu convidados de extremo gabarito no mundo musical, tais como o pianista norte-americano Terrence Wilson – que se apresentou pela primeira no Brasil –, o violoncelista Márcio Carneiro ao lado do regente convidado Ira Levin, a soprano Eliane Coelho, cantora lírica de reconhecimento mundial, o pianista Ricardo Castro e o maestro Carlos Moreno.


SERVIÇO:
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Concertos para a Juventude
Regente: Fabio Costa
Solista: Rafael Mendes
Data: 24 de maio, às 11h
Local: Auditório do Instituto de Educação
Rua Pernambuco, 47 – Funcionários.
Entrada franca



Mais informações sobre a Orquestra Filarmônica: www.filarmonica.art.br

Obrigado pela atenção. Para informações adicionais e agendamento de entrevistas, favor entrar em contato com Noir Comunicação Total: (31) 3297-1013 / 3297-1014 / 9612-7229 ou através dos e-mails: noir@noir.com.br e noir@seven.com.br. Acesse o site: www.noir.com.br

Ângela Azevedo Flávia Mayer Ludmila Azevedo Rafael Rocha Rafael Oliveira
(31) 9114-7229 (31) 9704-5023 (31) 9967-9753 (31) 8628-6062 (31)8818-723

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