Alguns se referem ao s super-heróis modernos como uma espécie de mitologia moderna relacionando seus aspectos aos ds mitologias históricas como nórdicas, gregas, romanas, etc. Entretanto há uma sutil e importante diferença: nas mitologias étnicas os deuses não se importavam e portanto não socorriam pessoas comuns, não se relacionando empaticamente com os homens.
Já os super-heróis modernos têm um foco e uma inconsciente e apaixonado compromisso em salvar pessoas anônimas e em defender a humanidade. Esse socorro às pessoas anônimas e a proteção da raça humana é o seu grande diferencial. Essa ideia aparentemente emprestada também do cristianismo, cria um legião local de salvadores da humanidade e protetores locais das pessoas. Pessoas essas que se encontram desprotegidas, impotentes diante de um poder muito superior elas, geralmente de um inimigo que aspira ou a sua dominação ou até extinção.
Nas estórias as contradições humanas são também reveladas e expostas em todo o tempo revelando não só um inimigo externo comum a todos mas inimigos humanos em conluio com esses inimigos, muitos deles extraterrestres, de outros mundos, universos, céus.
O Universo dos heróis sendo fictício cumpre um importante papel na comunicação humana, o do conto de estórias que configuram relatos claramente inverossímeis que ensinam lições, constroem personalidades, apontam para superações e formação e consolidação de valores. Ou sejas, sob certo aspecto e dentro de uma normalidade ajuda aformar e definir o que finalmente somos, por proporcionar como imaginação situações em que emoções semelhantes a da realidade possam ser vividas sem traumas reais.
Quando somos jovens experiências virtuais ( possíveis ) nos apontam para o futuro, preparando-nos para experiências rais e semelhantes que em tese passaremos. Quando somos mais velhos e bem aventurados, sortudos os que alcançarem a maturidade e a velhice, passamos a olhar para as lembranças, sejam boas ou ruins e delas, após um balanço tirarmos lições e transmitir essas lições às novas gerações par quem não cometam os mesmos erros e até que os acertos sejam maiores que os nossos próprios.
Sob essa ótica tudo o que os jovens hoje apreciam e que a minha geração quando jovem apreciavam não eram produzidos por jovens, pois essa equação é impossível e não existe: só se produz algo após a maturidade como legado às novas gerações de pessoas bem mais jovem que vêem nela uma novidade, que de fato não é. Desse modo pé correta a compreensão de que o o que o jovem vê como algo seu, novo e avançado e moderno, na verdade já é velho, vivenciado por alguém que cria algo olhando para trás e não pra frente.
No mundo da tecnologia é exatamente o que acontece, olhamos para coisas atuais e as admiramos como "modernas" e avanços tecnológicos a partir da nossa percepção atual, nada mais enganoso: o celular foi inventado, concebido em 1914 e até pouco tempo um avião como o Boeing 747 voou com tecnologia criada na década de 1950. Inúmeros exemplos poderiam ser citados e explicitados e comprovam que se esta geração e as próximas não forem apenas consumidoras de coisas, não acrescentarão nada de novo as que vierem depois deles, pois há de fato um delay, um retardo ou atraso, de duas ou mais décadas, vinte anos no mínimo para concepção e amadurecimento de uma grande ideia o de algo realmente novo.
Stan Lee tem mais de 93 anos atualmente, ele e todos os grandes desenhistas que trabalharam com ele sem as tecnologias digitais que agilizam qualquer trabalho em desenho, e antes deles todos os criadores de personagens que permanecem no imaginário das várias e mais jovens gerações estavam décadas a frene de todos nós. Entretanto sempre escreveram e criaram olhando parta o passado dando-nos inconscientemente a sensação de que apontavam para algo futurista.
Os Super-Heróis dos quadrinhos modernos denunciavam a impotência das nações, dos governantes e da própria humanidade em proteger as pessoas e proteger a si mesma de si mesma. Demonstravam a complexidade humana, primeiramente através de personagens planas e a seguinte através de personagens redondas, mais complexas, contraditórias e mais parecidas com todos nós. Nos davam a definição e delimitação entre pessoas boas e pessoas más, entre os diversos poderes que se atracam pela condução dos destinos humanos. Assim como todas as conhecidas mitologias de povos e etnias específicas nos avisam que não estamos tão sozinhos e que não somos tão inteiramente donos de nosso narizes. Que há certamente circunstâncias e condições muito acima das nossas decisões e conduções pessoais da nossa vida cotidiana com tão poucas e pobres aspirações. Nos tiram do lugar comum e do mundo real sem contudo esquecê-lo, omiti-lo ou negá-lo.
Claro que a coisa toda não é tão simples assim e tem tido e tem influência bem diversa de pessoa para pessoa, mas de um modo geral expande a capacidade de apreensão do que é novo, do sobrenatural ou do inusitado. Percepção essa tão necessária à ciência, às artes, a criação em geral ou meso na busca tão importante por soluções necessárias em qualquer área da vida humana.
Logo o que acontece, e lido, visto em um HQ ( história em quadrinhos ) ou mesmo em uma animação, filme a partir dela m não é realmente importante, mas as discussões e o apontamento feito a partir dela.
Os chamados super-heróis constituem uma alternativa secular para construção de estórias ( com "e " mesmo ) para ma abordagem por parábolas que nenhuma religião, cristã ou não, por natureza da religião pode fazer. Uma religião qualquer, possui dogmas, explicações teológicas, confissões que não podem ser facilmente movidas sem rupturas muitas vezes drásticas e radicais, não por serem por natureza verdadeiras, pois não há como todas as religiões estarem certas, só um conjunto de crenças é a correta e verdadeira o que exclui naturalmente as demais. Entretanto no universo dos super-heróis pode se brincar com as parábolas construindo uma ficção que toca eventualmente a realidade sem contudo transgredi-la, pois não se impõe como verdade. Todos sabem que tais super-heróis não existem, que o o seu universo não existe.
O Super -Homem não substitui o Salvador real , Jesus Cristo, e nem com ele compete. Odin diferente da mitologia original nórdica não substitui o Deus real bíblico, tanto quanto os três porquinhos não exitem, não falam, não constroem casas, etc, mas as lições tanto dos super-heróis como dos porquinhos são reais: deve-se optar pela defesa das pessoas, principalmente as boas, defender valores ideias e que constituem valores universais aceitos e consolidados e deve-se rechaçar qualquer dominador e destruidor da espécie humana.
Um herói com essa independência não poderia surgir a partir da cultura socialista, fascista, comunista, mas de uma condição de liberdade e de plena e ideal democracia, mas que mesmo na democracia trata-se de um ato e de um aposição tão pessoal que só sobrevive no anonimato ou em certa clandestinidade.
Em suma e por enquanto, os quadrinhos e no caso, particularmente o s super-heróis constituem apenas uma manifestação singular, resultante da linguagem do desenho, para expressar uma percepção por parte de determinados artistas comunicando-nos de modo complexo a sua percepção da realidade e ajudando-nos decerta forma a perceber essa mesma realidade.
Helvécio S. Pereira*
Graduado em História da Arte / Desenho e Plástica e Pedagogo
Batman
é um personagem fictício, um super-herói da banda desenhada americana publicada pela DC Comics. Foi criado pelo escritor Bill Finger e pelo artista Bob Kane, e apareceu pela primeira vez na revista Detective Comics em 1938.
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