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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

POR QUE NÃO HÁ UMA DANÇA "CLÁSSICA BRASILEIRA".

 



M
uitas pessoas, sinceramente, pensam que seja algo de outro mundo a afirmação que uma dança qualquer, qualquer uma, seja mais do que um simples entretenimento, uma diversão. Toda dança, e a partir de agora   a chamaremos pelo nome correto, coreografia, está sempre expressando, dizendo ou tentando nos dizer algo que do ponto de vista do coreógrafo, o verdadeiro artista e autor da dança deseja que compreendamos.

Se você ler um livro, contendo diversos capítulos, será normal compreender cada capítulo bom como o assunto, o tema do livro. Semelhantemente, uma coreografia possui uma abordagem, um tema intencionalmente explorado, um assunto que pode expressar o significar muitas coisas. Pode induzir à alegria, expressar coragem, energia, confronto de ideias, desafios, humor e até expressar tristeza ou melancolia. Desse modo,  um texto contendo uma narrativa qualquer: pode ser criativamente verdadeiro; criativamente mentiroso; agradável de se ler ou de ouvir sendo lido. De um modo ou de outro estará tentando nos comunicar algo, às vezes de modo mais objetivo, às vezes de modo mais subjetivo, mas sempre estará nos dizendo algo.

Se a dança tem sempre algo a nos dizer, vejamos alguns poucos exemplos dentre incontáveis a serem ditos, entretanto, antes disso, entendamos que uma religião, uma ideologia politica geralmente nacional pode declarar um determinado gênero de dança, não recomendável por algum motivo que entendam. Não estamos defendendo nenhuma posição, estamos apenas registrando que naturalmente ocorrem. Quando não há esses freios sociais, uma dança pode descambar pra algo pernicioso e indesejável, que pode incidir e geralmente redunda em uma perversão das gerações mais jovens.

As danças são separadas tecnicamente, por tipo de danças ou gêneros de danças. O objetivo foi promover uma identificação colocando-as em categorias como tipo e gêneros de danças, com seus nomes, às vezes mais de um para uma mesma dança. Isso relativamente ajuda nos a separá-las entre si, uma das outras, como ajuda a compreender suas semelhanças e diferenças, bem omo algo mais importante e basilar: a intenção. Uma coreografia é constituída de gestos e evoluções, é praticamente semelhante a um texto de um livro, separado ou constituído de capítulos. O que amarra tudo isso é a intenção que no livro é justamente o tema, o assunto que o autor se propôs a falar e a expressar tudo o que aparece no seu livro. Assim é também na coreografia da dança.



As danças populares são por sua natureza mais passageira e os temas nelas expressos ou explorados são muito mais localizados, seja no tempo ou regionalmente. O que faz com que as danças populares sejam tão mais bem quistas e cultivadas  são o fato de sempre funcionarem como simples entretenimento e na visão das pessoas não mais do que isso. Elas nascem e e se estruturam dentro de um recorte também social e econômico e são muito rapidamente substituídas por outros gêneros de dança, quase sempre ligados a um gênero ou ritmo musical, também regional de gueto.

Já, as danças chamadas de clássicas ou de danças eruditas, ao contrário, não surgem de forma mais elaborada e exatamente, tendo uma existência prolongada pelo temo, atravessando incontáveis gerações, sobrevivendo a influências culturais externas e permanecendo fiéis a si mesmas. O que transmitem ou o que intentam transmitir é mais universal do que local, de forma que a compreensão e absorção de suas mensagens e ideias são absorvidas além de seus limites regionais ou nacionais, sendo reconhecidas com uma experiência humana comum e não apenas temporária.

Embora, como já dito, sejam passageiras e tenham o seu sucesso determinado por modismos movidos por intenções da indústria e da mídia em um grande conluio, têm todas intencionalmente uma mensagem que pode ser séria, de protesto ou provocativa, irônica, cômica. Em todos os casos podem ser e são portadoras de mensagens a serem entendidas, compreendidas.

O "funk", por exemplo, cujo nome tem origem na palavra inglesa com significado antigo de estar embaralhado, na gíria mais recente, "to funk" significa deixar confundido, chocado, "sem graça". Logo o ritmo, a dança, bem como as letras das canções não podem ter outra intenção a não ser de chocar quem ouve quem vê a dança ou quem ouve a letra de uma canção. Nesse contexto, tanto o original da briga de guangues e disputas entre jovens de bairros vizinhos e inimigos como os de hoje dos bailes de jovens intencionalmente rebeldes, a sua mensagem deve ser entendida.

Tomemos agora o tango, uma dança de origem argentina, bem ao sul do Brasil após o Uruguai. Uma dança, e um gênero musical que a acompanha e sustenta, nascida nos ambientes boêmios noturnos de Buenos Aires. Registra, retrata nos pares de bailarinos, a relação de flerte entre homens e mulheres em um jogo de provocações e respostas que é basicamente um fenômeno universal. As performances ou coreografias terminam com assentimento da dama ou negação da virtual relação, exatamente como deveria ser na vida real, que contrariamente mulheres ao dizerem não a seus parceiros ou são espancadas ou covardemente mortas.

O balé, é considerado uma dança clássica ou erudita. A sua classificação e reconhecimento preenche totalmente e satisfaz todas as expectativas relacionadas à danças clássicas. Possui uma sofisticação técnica, física. Uma profundidade ideológica e filosófica e não é praticamente afetada por modismos, modernismos ou invenções que a descaracterize. Reflete muito bem, a relação de proteção, auxílio e apoio que homens devam ter em relação às mulheres como parceiros na vida e diante dos desafios que a vida impõe a ambos. Trata-se de um registro e de uma visão madura da realidade. As estórias e narrativas que são usadas no balé para expressar ideias, anseios e descrever a realidade são apreensões igualmente universais. Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, em diferentes culturas, podem entendê-las e usufruí-las igualmente.


Uma das respostas, é que o Brasil como nação e cultura, é bastante jovem e que a sua própria cultura não é originalmente sua, mas um "mixer", uma mistura sem ser uma síntese que gere uma cosmovisão própria que implique numa identidade nacional. Essa mistura, além de não colaborar, não tem produzido algo teoricamente novo e nosso.  Em outras culturas ideias e cosmovisões próprias surgem, amadurecem e constituem uma identidade e uma aquisição que se torna objeto de permanência e transmissão às novas gerações.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

LITERATURA, É ARTE? UM TEXTO PARA SEU DELEITE...

 Diga que não...




Uma abelhinha ou formiga voadora passou voando na minha frente, pousou no meu cabelo e voou alegremente sobre as minhas coisas na mesa. Temendo que algum adolescente idiota a matasse por prazer ou por medo inexplicável, afinal ela não pica, não morde e nem tem veneno, a prendi em minhas mãos e a soltei na janela. Várias vezes ela voltava como se tivesse criado uma afeição por mim fazendo os mesmos voos graciosos e aparentemente felizes na minha cara, ignorando o perigo de algum perverso fedelho a matar por matar, por ignorância ou falta de hedonismo verdadeiro e verdadeiramente filosófico ( não os de hoje ).


A nossa vida tem muita semelhança com dessa abelha sem veneno, solitária, inocente e dócil. Só que diferentemente dela que não tem o alcance de nossa capacidade de percepção ( ela tem outras que não as temos ), muitas vezes nos comportamos piores do que ela, ignorando os perigos que não são poucos. Como falar em “evolução” se oa acidentes mais patéticos e os resultados de decisões mais destemperadas são fatos que acontecem todos os dias? Como aquela canção do compositor que fôra seminarista: “ainda somos os mesmos que nossos pais” ( repetido como coro, bordão e mantra.



Mas já que eu mencionei, um helicóptero bimotor, daqueles enormes e caríssimos, entrou em parafuso durante um serviço de combate a incêndio em floresta, simplesmente por ter caído um tablete em um dos pedais que quando acionado faz a aeronave virar para a direita ou para a esquerda. No caso o helicóptero entrou em giro contínuo para a esquerda e desse modo perdeu toda a sustentação e proa ( deslocamento para a frente ). O resultado foi a morte imediata após o terrível choque com o solo, dos dois pilotos da aeronave.


Cidade de São Paulo, uma amiga concluindo seu doutorado na Europa vem visitar a sua amiga no Brasil. Como pessoas amigas com muito tempo longe uma das outras, na despedida tentam aproveitar ao máximo a companhia uma da outra, até que no limite, a anfitriã, se dispõe a levar a visita ao aeroporto, provavelmente no limite do horário do voo. Apressadamente com a mesma roupa que estaria em casa, short, camiseta e chinelos, se dispõe a levar a amiga em seu carro automático recém-adquirido. Em disparada ao adentrar em um viaduto em curva que dá acesso ao aeroporto, um pé do chinelo se enrosca no acelerador. O automóvel ganha velocidade repentinamente e a velocidade cresce geometricamente. Se a percepção da real causa do aparente defeito, sem olhar para baixo no painel, fato piorado por ser de noite e escuro, o carro não faz a curva a tempo, transpõe a mureta e cai de ponta cabeça, oito metros abaixo após um voo acrobático, na via sob o elevado.

O que tem esses fatos e a abelhinha, formiga, vespa pretinha e simpática do início do meu texto? Dirão vocês: nada! Está louco, referindo vocês a mim. Pois bem uma mulher branca sem se sentir oprimida por algum ódio racista, insatisfeita sabe-se lá porque com seus lábios, resolve fazer preenchimento labial com algum comprador de especialidades estética vendida por alguma das muitas entidade de ensino que espertamente se dedica a vender pacotes de especializações e como resultado, sobrevive, mas só após ser uma das únicas ou a única mulher no mundo a não ter lábio nenhum. Aliás vale a pena lembrar que essa coisa de valorizar o certificado, o diploma ou o título, é algo que mais recentemente os próprios professores criaram para si mesmo servindo de péssimo exemplo para alunos e sociedade. Eu já não enumero mais as declarações sinceras de colegas que confessam ter feito tal e tal pós-graduação, terem o título das mesmas e confessarem que “não sabem ou não se lembram de nada” ( sic ). Mais uma vítima da evolução humana. Prova inconteste que não estamos mais espertos, mais inteligentes e muito menos mais sábios.

Uma jovem acaba
ra de se casar, tradicionalmente, ela o noivo, proporcionam aos amigos, colegas e conhecidos uma festa de ricos e de estrelas de Hollywood ( não vai aí nenhuma crítica ao sonho e algum desejo legítimo de fazer algo legítimo! ), ao posar para foto de costas para a piscina do espaço alugado a preço de um rim, a moça escorrega de cima do seu salto quinze e talvez com algum álcool na cabeça, cai e bate com a cabeça na beirada da piscina e morre afogada. Não há de minha parte a menor alegria ou o mais inconfessado prazer em lembrar desse terrível fato,mas justamente o de impedir outros semelhantes ou diferentes. Se alguém pouco ou nada observador ou cuidadoso tiver uma conversão genuína e passar a ser uma pessoa que cuide de si como alguém que atravessa um espaço grandioso carregando uma bandeja com taças de cristais valiosas e únicas, terá servido esse “testículo” de alguma valia.

Helvécio S. Pereira

Belo Horizonte, 04 de julho de 2024










quarta-feira, 21 de agosto de 2024

"BANDAS SONORAS", AS GRANDES TRILHAS DO CINEMA... FALEMOS SOBRE ISSO.

 



The Wonderful Woman Main Theme


T
odos nós ao sermos perguntados sobre grandes compositores da música clássica lembramos facilmente de J.S.Bach,Mozart, Beethoven dentre outros.

Já vimos nas aulas anteriores que compositores de grandes trilhas sonoras são grandes músicos, maestro, arranjadores e donos de carreiras como músicos e compositores com trabalhos e composições maravilhosas. Não há como qualquer ouvinte até sem informação musical dizer "esta música é ruim" pois de uma forma genial cada trecho, cada peça, cada fragmento de cada trilha sonora composta por estes grandes músicos emociona qualquer pessoa. Mais ainda como é cultura em muitos outros países as pessoas comprarem, adquirirem estas trilhas para serem ouvidas fora do filme, como grandes e memoráveis peças, obras musicais equivalentes à grandes sonatas, sinfonias,cantatas ou outro tipo de composição musical de qualidade.



 

 

 




Esta postagem é somente para você ouvir algumas delas e desenvolver ou aguçar esta mesma sensibilidade para tal.








 

 1) Hans Zimmer, um dos mais requisitados compositores de trilhas para grandes filmes da atualidade.



INSCREVER-SE

The World of Hans Zimmer - Hollywood in

 

 Vienna 2018 

 

 https://hans-zimmer.com/news Tracklist:

01. The Dark Knight Orchestra Suite 06:05


02. Mission Impossible 2 Orchestra Suite: Part 1 05:06


03. Mission Impossible 2 Orchestra Suite: Part 2 04:49


04. Rush Orchestra Suite 06:19


05. Kung Fu Panda: Oogway Ascends - Orchestra Version 02:06


6. The Da Vinci Code Orchestra Suite (Live) Part 1 (Live) 06:28


07. Part 2 (Live) 05:14


08. Part 3 (Live 04:27


Part 4 (Live) 04:23


10. Sherlock Holmes Fantasy 06:00


11. The Holiday Orchestra Suite 07:31


12. Hannibal: To Every Captive Soul - Orchestra Version 06:56


13. The Lion King Orchestra Suite 08:56


14. Gladiator Orchestra Suite: Part 3, Now We Are Free 04:13


15. Inception: Time - Orchestra Version (Live) 04:46


16. Pirates of The Caribbean Orchestra Suite Part 1, I Don't Think Now Is The Best Time / At Wit's End 07:05


17. Part 2, Drink Up Me Hearties Yo Ho 02:50


18. Credits






The Good, the Bad and the Ugly  


Composed by Ennio Morricone Various flutes: Hans Ulrik, Russell Itani Vocals: Tuva Semmingsen & Christine Nonbo Andersen Conducted by Sarah Hicks

 Orchestral arrangement/adaption from original recording: Martin Nygård Jørgensen 

 Set design design: Nikolaj Trap Light design: Mikael Sylvest 


 Director of photography: Karsten Andersen Performed and recorded in DR Koncerthuset 2018 All rights reserved DR2018



2) Ennio Morricone, o falecido compositor e maestro nos legou trilhas sonoras para filmes inesquecíveis.













Ouça cada uma e dê a sua opinião em comentários abaixo desta postagem.Gostaria de ouvir a sua impressão, ok?



E para terminar a nossa aula e postagem com a mesma energia e musica tema inicial que tal ouvi-la sem imagens do filme numa versão extendida do tema? aí vai novamente!





Que outras trilhas maravilhosas e até de gêneros musicais diferentes ( pop, jazz, bosa noca, rock) você pode lembrar e listar para nós, nome do filme, canções, bandas e compositores de cada uma?




Até a próxima então.






segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A DANÇA... DOM, TALENTO, HABILIDADE, LINGUAGEM... QUALQUER UM PODE APRENDER? SAIBA AGORA!

 


 




DANÇA, DEVE E PODE SER A APRENDIDA?

As pessoas que se expressam melhor com o seu corpo, são tecnicamente chamadas de SINESTÉSICAS. As pessoas em geral tendem a admirar quem faça algo tido como especial, pintar, desenhar, cantar, jogar futebol, etc. Explicam ou justificam para si mesmas que tal facilidade em fazer certas coisas se deva a um dom, talento, uma habilidade única, sem considerar seriamente outros fatores. Será que no caso da dança ( e também dos outros casos ) há muto mais coisas envolvidas além de uma compreensível “facilidade natural”?

Começando a construir a resposta, nada acontece naturalmente, magicamente. Claro sem interesse nada é feito, logo as pessoas que fazem qualquer coisa de modo especial, gostam do que fazem. Gostam acima da média, apreciam tal coisa mais do que as pessoas comuns, podemos dizer. Mas também não é isso. Muitas pessoas são apaixonadas por futebol mas não chegam a ser nem jogadores medíocres. O Galvão Bueno, locutor maior da Rede Globo, é apaixonado por futebol e por corridas de fórmula 1, mas não foi nem jogador de futebol nem piloto de carros de corrida. Logo, embora gostar de algo seja um “start”, um começo, deve haver outro elemento para explicar o porquê algumas pessoas se destacam, fazendo bem, alguma coisa, inclusive dançar.


Entretanto, há muito mais coisas envolvidas. Ao contrário do que as pessoas pensam não há nenhuma mágica, mas vários elos de uma complexa corrente que vai se construindo numa ordem totalmente lógica.

O primeiro elo, é certamente o INTERESSE. Todas as pessoas que fazem ou se propuseram a fazer algo com excelência, acima da média, o fazem ou começaram a fazer movidas por interesse especial, acima da média comparado às demais pessoas. Entretanto, gostar de algo, mesmo que muito mais que as demais pessoas pode não levar objetivamente ao desenvolvimento da habilidade que se pretenda.

O próximo passo, o próximo elo, senão se fica somente no interesse e no foco. Sem os próximos elos, as pessoas podem permanecer sem destaque, apenas na arquibancada, sem fazerem objetivamente aquilo que são apaixonadas, se limitado à “especialistas”, “críticos” resmungadores e amargos, “comentaristas”, “colecionadores”, etc.



O segundo ponto é o foco, a atenção, o desejo de descobrir e entender como as coisas funcionam. Nesse ponto, ninguém escapa ao fato de observar quem já faz aquilo, ensinado, encaminhado ou construindo certas estratégias, compreender e ir além do que é feito por outra pessoa. Acrescente-se a isso uma certa sensibilidade por um tipo de excelência, de perfeição a ser alcançada.



Porém, não basta só isso. Se não houver outro elemento, fica só ao nível do desejo romântico. Pode ser que a pessoa, nesse mundo, nesse contexto moderno e tecnológico, se torne uma comentarista, mais uma das muitas “especialistas” em coisas, se limitando no máximo a comentar, a traduzir para o público leigo as “filigranas” do esporte, da música, da pintura ou da própria dança. Para que se torne um expoente e uma nova referência, deve haver algo mais, como parte de um percurso a ser percorrido, um fenômeno que explica e caracteriza todos os talentosos e tido como portadores de dons realmente especiais.




Começando a construir uma resposta verdadeira para dissipar de vez outras falsas explicações, explicações errôneas, comecemos a mencionar o “gostar muto de algo”. Todos as pessoas que se destacam em algo, não só nas Artes, tem como ponto de partida de tudo, gostar muito de alguma coisa. Isso é um fato e praticamente irrefutável, inegável.





O terceiro elo, e não o último, é o da imersão. É estritamente necessário que essa pessoa se junte à pessoas que façam as mesmas coisas. Isso é profundamente importante, como disse, para aprendizado e aprimoramento do que se faça.

Nessa imaersão, que pode ser em um gruo de dança, uma academia de dança ou mesmo uma facudade de dança, é importate no crecimento técnico, no aprimoramento do conhecimento situacional necessário, para a base e consolidação de uma futura carreira e para visibidade proficional. Um grupo de pessoas ocuadas cm o memso tipo de realização, invenstindo em aperfeiçoamento é isubstituível para qualquer carreira e no caso, não é diferente para a dança.




Concluindo, se você tem uma aspiração em termos de carreira, anote esses três pontos, que não são válidos somente para a dança mas para qualquer escolha e carreira profissional. Até a próxima!

Quem sou?




Helvécio S. Pereira

Graduado em Artes pela EBA/UFMG em Desenho, Plástica e História da Arte
e graduado em Pedagogia, com licenciatura em Magistério e Matérias pedagógicas pela FAE /UEMG
Pós graduando em línguística em licenciamento em Jornalismo. Músico amador e blogueiro. 
Professor há 31 anos em várias escolas, ministrando aulas desde  crianças a professores em diversos conteúdos, de tecnologia a formação em Linux.

sábado, 8 de junho de 2024

GÊNEROS MUSICAIS, MERCADO E IMPLICAÇÕES SOCIAIS



Os Gêneros Musicais e suas implicações sociais


Boa parte da compreensão do que somos hoje na modernidade, aceita, entre outras coisas, que cada um de nós seja de certa medida, ¨produto do meio¨. Isso significa que se nascemos em determinado país, no mínimo falaremos a língua do povo desse país. Mas não é só isso, muito da forma que pesamos e vemos o mundo vem dessa realidade. É impossível nascer em lugar e sermos totalmente diferentes das pessoas do mesmo lugar. Somos semelhantes, inclusive, as pessoas da mesma geração que a nossa. Por isso exatamente que sempre uma geração mais nova pensa e encara a vida de forma bastante diferente,




Para você que ainda não entendeu:


Boa parte da compreensão que temos da vida, do mundo a nossa volta, as nossas crenças e descrenças, de deve ao fato de termos nascido e vivido até agora onde vivemos. Hoje acredita-se sob a autoridade da ciência que ¨ somos produto do meio em que vivemos( sic ).

É óbvio que só falamos português, e no nosso caso com sotaque mineiro, porque vivemos no Brasil e particularmente em Minas Gerais. Comemos feijão e não lentilhas, tomamos café e não chá como os ucranianos ou vinho como os portugueses, no lugar de café varias vezes ao dia, exatamente por que esse é o nosso ¨meio¨. Escrever em mandarim parece-nos inacessível porque simplesmente não somos chineses e não nascemos na China.


Se você entendeu corretamente, na medida certa, essa parte do meio e como ele influencia cada um de nós, pode compreender, então, que no gosto, na apreciação musical é a mesma coisa. Escolhemos, pelo menos aparentemente, gostar do que a nossa geração, as pessoas da nossa idade e da nossa classe social, até etnia gostam também. Muito dificilmente temos um gosto, um, apreciação musical diferente. A razão é o desconforto na relação com as outras pessoas ou que prejudica a boa convivência com as demais pessoas. Há uma perda de socialização, um preço difícil e incômodo a ser pago, ao se ter uma preferência musical vista como estranha às pessoas do seu convívio.


Finalmente, não há gênero musical desassociado dos valores que o gênero musical carrega, que os artistas que os representam carregam. Logo, gostar de determinado gênero musical e separar dos valores que ele propaga!

Mas como surgiram ou foram criados os chamados ¨gêneros musicais¨?

Bem, inicialmente é necessário esclarecer exatamente que definição de gênero estamos tratando. Usa-se em todas as classificações, gêneros para classificação ou definição de regras para discriminação entre coisas e seres. Por exemplo, há uma língua de uma tribo que possui na sua linguagem, cento e cinquenta gêneros. Os egípcios, por exemplo, tinham dois gêneros: coisas vivas, animadas e coisas não vivas ou inanimadas. O chinês não possui gêneros feminino e masculino. A partir desses pouco e aleatórios exemplos, percebemos que gêneros são uma classificação aleatória e apenas conveniente. Na música ou na indústria fonográfica com pouco mais de cento e poucos anos, não é diferente. Trata-se, portanto, também, de uma classificação conveniente. Como surgiu?




Inicialmente, nomes de gêneros musicais já existiam e se referiam a origem étnica ou territorial de algum tipo de música, como, por exemplo, música cigana, música do norte da África, música indígena, música religiosa, etc. Com o surgimento da indústria da música, foi necessário catalogar os gêneros já existentes e os que surgiriam mantendo o mercado musical. Logo, muitos gêneros musicais não têm nomes que realmente justifique algum nome diferente, por exemplo, ¨pagode¨, ¨samba-jazz¨, por mais que músicos tentem justificar essa diferença sutil. Gêneros musicais, portanto, servem mais ao mercado e facilitam a vida dos consumidores de mídias musicais. Facilitam as emissoras de rádio, os sites de música, na elaboração de suas programações e das playlists a serem consultadas.

Mas vale realmente a quem se interessa um conhecimento mais exato e completo dessa tal de classificação musical por gêneros musicais?




O
esforço em se classificar gêneros musicais envolve alguns elementos a serem considerados aos quais se dá uma destacada importância:


  • Tipo de instrumentos musicais tradicionalmente usados em determinadas peças musicais. Por exemplo: guitarras elétricas no rock, no pop, canções baianas de carnaval. Tamborins, surdos, taróis ou caixas de guerra, pandeiros, no samba.

  • Tipos de vocais, mais rasgados, mais delicados. Por exemplo, o samba é gritado e a bossa nova sendo também tecnicamente um samba, é praticamente sussurrado.

  • Temática: os assuntos, os temas mais dominantes. O rock é mais protestante, contestador, mais jovial, permanentemente adolescente mesmo aos oitenta anos, enquanto o samba é frequentemente mais romântico e amoroso. A presença e o uso mais compulsório de rimas forçadas, desassociadas da própria narrativa da letra da canção.

  • Origem e gueto a que cada cancioneiro se origina, se propaga e quem são os ouvintes, artistas e fãs desses artistas.


Para o próprio mercado da música, com sua complexidade e suas complicadas implicações é conveniente e interessante para se medir que tipo de música tem maior ou menor probabilidade de vendas futuras, dessa forma orientando as produções musicais e os investimentos nessas produções que envolve desde a composição, promoção dos artistas e divulgação através das mídias: jornais, revistas especializadas, rádios, tvs e internet.



Para quem ouve música e é mais criterioso com o que ouve, a classificação orienta e facilita não só as suas próprias playlists como a sua coleção musical, afinal o vinil, o cd e até fitas k-7, estão retornando ao mercado com lojas e sites especializados, principalmente porque a indústria e os artistas descobriram que precisariam tomar uma atitude urgente para vender produtos físicos e não só virtuais, pois com a saída do mercado dos cds de áudio, a pirataria, a cópia não remunerada têm causado rombos bilionários à indústria fonográfica e aos artistas principalmente esses últimos, que ficaram limitados a ter como fonte de renda substancial somente os seus shows ao vivo.



Finalmente, os gêneros musicais carregam valores, visões de mundo diversa entre si e essas cosmovisões, valores, relações sociais, étnicas, entre classes sociais são automática e rapidamente difundidas na sociedade, gerando guetos diversos. Esse impacto social é muito mais efetivo que qualquer influencia religiosa, ideológica, educacional, formando formas de pensar, de se crer e de se comportamentar diante das pessoas e na sociedade. Quase sempre, por parte dos leigos em música ou de musicistas, gêneros musicais são correspondentes de estilos musicais, o que não é numa análise mais rígida a mesma coisa. Outro ponto é que gêneros musicais possuem frequentemente a mesma designação de ritmos musicais e de danças. Por exemplo: samba, é ao mesmo tempo, designação de GÊNERO MUSICAL, RITMO E DANÇA; já o rock, é gênero musical, ritmo, mas deixou na prática de ser dança; já a bossa nova é um gênero musical importante, um ritmo e não é uma dança.

Graduado pela EBA/ UFMG em Desenho, Plástica e História da Arte
Graduado pela FAE/ UEMG em Pedagogia em em matérias pedagógicas



quinta-feira, 6 de junho de 2024

VOCÊ SABE OUVIR MÚSICA?



O
uvir música  é aparentemente algo muito divertido, pelo menos à imensa maioria das pessoas no mundo. Embora eu ache que também a maioria das pessoas use seus gadgets apenas por ostentação. Afinal, as demais pessoas têm que ver seu mais novo smartphone, o seu mais novo fone bluetooth, etc., etc. É mais fácil passar a ideia de que se entenda de algo do que deixar manifesto toda a sua profunda ignorância acerca de alguma coisa.


Por outro lado, estudar algo, qualquer coisa, pode ser muito enfadonho, chato à maioria das pessoas, embora só algumas o confessem. Afinal, estudar música  é de fato muito mais difícil que estudar, por exemplo, matemática. Música é muito mais complexo que estudar matemática, afinal música é matemática do seu início ao fim.

Desde os inventores da Música na antiga Grécia, passando por toda a história da Música, envolvendo todo o desenvolvimento matemático e físico da música. A matemática já envolve toda a ciência musical bem como a física, mas a física particularmente envolve o fabrico dos instrumentos musicais, a acústica das salas de concertos, dos ambientes, dos gadgets de reprodução musical, os processos de gravação até a produção, gravação e reprodução musical. Não deixando esquecido as modernas formas de distribuição musical.

Mas o que é a Música finalmente?

A Música é uma linguagem. Como tal serve à complexa COMUNICAÇÃO HUMANA. Basicamente temos MÚSICA e CANÇÃO. A música não tem letra, poesia, já a canção sempre possui uma letra, ou em forma de poema ou prosa. Ambas, música e canção, deveriam ser entendidas, compreendidas pelo ouvinte, o que nem sempre, na verdade, na maioria das vezes não acontece. Mas se   quem é a culpa e quais são os culpados ou as causas dessa pandêmica ignorância musical? Na verdade, são várias e destacaremos as principais:

Primeiramente, o mercado, formado pela indústria fonográfica, os poderosos que tomam as decisões mercadológicas, os compositores, artistas tentando sobreviver financeiramente, a indústria do entretenimento e mídia, com mesmo escusos interesses financeiros. Todos juntos se movimentam todo um elefante branco em uma única direção: ter um público e um mercado cativo que lhes dê muito dinheiro todos os dias, todos os anos.

Em segundo o lugar, o próprio público que inconscientemente se mantém na alienação e na ignorância mais absoluta sobre qualquer coisa, inclusive sobre a própria música. 

Quais as consequências disso?

A  consequência, ou as consequências não são poucas, e trazem prejuízos sociais e econômicos grandes para um povo, uma nação, um país. Mas não é sobre esses pormenores que falaremos por ora. Como já dito antes a maioria (imensa ) de pessoas  gostam de ouvir música. Ou por entretenimento, ou por proporcionar um ambiente menos ruidoso que a sua volta (trânsito, pessoas falando, barulho de máquinas, etc. ). Há os que ouvem música para dormir ou ter mais energia no trabalho. Uma grande parte ouve por ouvir ostentando o seus gadgets modernos e caros para que as pessoas vejam que tem coisas de valor, que são pessoas modernas e que andam na moda.  

A ignorância musical é bastante conveniente à poderosa e quase onipresente indústria fonográfica em todo o mundo, pois pode oferecer a cada grupo social o que querem ou que acham melhor para ouvirem. O resultado que enormes fortunas, com cifras astronômicas, são divididas entre os donos, os acionistas da indústria do entretenimento, seus artistas produzidos por ela, o mercado, a mídia em geral, tudo tirado de uma paupérrima população em sua maioria.

Uma tese afirma, com base em fatos históricos, que povos que desenvolveram bem alguma linguagem artística também desenvolveram tecnologia e claro, alguma ciência importante. Como a música é uma das linguagens da arte e uma das mais elaboradas e complexas, povos que a desenvolveram ou a incorporaram corretamente se desenvolveram consequentemente em outras áreas também muito importantes.

A Itália, por exemplo, por ter desenvolvido a ópera, a pintura, inventado o balé e também a França nas mesmas coisas, são nações, povos a frente de várias tecnologias importantes. Hoje quase todos os desenhos de automóveis no mundo são de tendência italiana. Isso não é um acaso ou um caso isolado, mas comprova essa tese de que arte complexa e bem desenvolvida ocasiona desenvolvimento tecnológico e científico. A poderosa e rica Alemanha também é uma prova disso, sendo berço de pelo menos, dois gênios incontestáveis da música.

Finalmente, ¨ouvir música¨significa perceber cada um dos múltiplos e variados sons e silêncios em uma peça musical, bem como o timbre e as dinâmicas de cada frase musical, como o total da harmonia e o ritmo com suas variantes em andamentos e expressão. Assemelha-se a um chef de cozinha que perceba cada sabor de cada elemento em um determinado prato. Sem essa percepção no detalhe, não se ouve e não se compreende música, se limitando a ouvir barulho.

No caso da canção, além da música que lhe sirva de base (melodia, harmonia e ritmo) há a letra, um poema ou às vezes um texto em prosa. Há na letra, uma personagem, uma estória, com introdução, desenvolvimento e conclusão a exemplo dos melhores textos literários. Ou seja, é um cabedal de informações multi originárias e concomitantes, que se paralelizam e se cruzam, em uma riqueza que quando esses compositores de mostra geniais, são verdadeiramente peças musicais, absolutamente únicas e insuperáveis na sua singularidade.



Por Helvécio S.Pereira
SOBRE MIM


Graduado em História da Arte, desenho e plástica pela EBA /UFMG

e em pedagogia pela FAE/UEMG

Professor de duas redes públicas em Belo Horizonte Minas Gerais e ex-formador  da GPLI, ligada à Secretaria da Educação da PBH por cerca de seis anos.

Blogueiro desde 2011, professor, compositor, pintor, ilustrador e desenhista

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