Por mais que a representação gráfica se aproxime, graças aos artifícios digitais, da realidade, como vista no filme Avatar e tantas outras produções cinematográficas em que se distingue o que não real do real apenas por não fazerem ainda parte do nosso cotidiano, a imensa maioria de nós, apenas olhamos e não vemos, não percebemos o quanto esses detalhes são trabalhosamente copiados da realidade e virtualmente recriados conforme a fértil imaginação de artistas, desenhistas cujo trabalho é desde a concepção feita em lápis e papel e desenvolvida com a ajuda nada desprezível de softwates e computadores de perfŕmances poderosas.
Entretanto no desenho a representação segue ainda dois caminhos distintos e opostos: um desenho com certas características que atendem a percepção de certa faixa etária o atendem a rapidez de uma comunicação necessária e outra representação com maior complexidade em que detalhes mínimos são considerados e executados com perfeição.
Crianças, pessoas simples ou sinais de leitura rápida são mais pobres em detalhes e de leitura e visibilidade mais imediata. Animações de cinema ou de games tendem a ser cada vez mais, graças também ao alavancamento da tecnologia, a serem cada vez mais virtualmente realistas.
O mais importante não é o desenhar mais realisticamente mas do observador saber ver, poder perceber os detalhes sutis de luz e sombra, perspectiva, proporção, textura, etc, coisas, elementos, que artistas como desenhistas, pintores,animadores, cineastas, estão sempre atentos.
Hoje sob a batuta de uma tendência espúria em que tudo seja aparentemente válido, em que também aparentemente parece pouco válido o apreço pela técnica mais apurada, substituída pelo improviso que deixa aberto, mais do que inteligentemente e louvável, a interpretação do observador que geralmente não se aprofunda tanto, e quase sempre não há o que se aprofundar pela superficialidade e pouca ou nenhuma sutileza no trato pretendido.
Por Helvécio S. Pereira
CC
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