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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

EM QUE A ARTE PODE EFETIVAMENTE NOS TORNAR MELHORES

A Arte por si, apenas como linguagem não pode tornar-nos nem melhores e nem piores. Contrariamente ao senso comum, que acredita que a Arte pessoa purificar criminosos tornando-os tão inocentes e puros como crianças, a Arte é apenas meio e não fim em sim mesma.

Aliás esse é um dos problemas da chamada Arte contemporânea é exatamente a confusão e a inversão da Arte como meio ser vista como fim em si mesma, demonstração de técnica, a conformação com  tendência, conformismo com o que faz sucesso e se vende.

Compreender a Arte, portanto significa entender o que cada artista está dizendo, expressando, gritando através de suas obras. Identificar o mais correta e proximamente o assunto, o tema, abordado e explorado pela criatividade de cada um.

O benefício da Arte portanto não é o do espectador, ouvinte, fluidor, concordar com o que determinado artista está a dizer através da sua obra nem tão pouco crer, aceitar cegamente como verdades, como dogma, a opinião dos mesmos, mas refletir sobre o tema ou assunto proposto, provocado em determina obra artística.

Daí como espectadores, observadores, leitores, ouvintes, fluidores,podemos e devemos legitimamente concordarmos, discordarmos, propormos pessoalmente outra via distinta da expressa artisticamente.

A Arte constituída de incontáveis expressões,verdade eventualmente agrupadas em movimentos,tendências, limites culturais geográficos e temporais é eivada de ilusões, enganos,erros premeditados e claro boas verdades.Compete portanto ao consumidor de arte fazer essa distinção,ter uma compreensão objetiva, dos artistas, do seu trabalho, se suas obras e aí absorver conhecimento útil, prático que redunde em crescimento pessoal,melhor qualidade de vida e maior capacidade de perscrutar a própria realidade pessoal e universal e superá-la ao que parece ser o grande e proveitoso fim humano com relação à sua própria existência.


Por Helvécio S. Pereira*

* graduado em Desenho e Plástica/ História da Arte/ Pedagogo

OBRAS:

Acima da postagem

1

Repouso, s/d José Ferraz de Almeida Júnior (Brasil, 1850-1899) óleo sobre tela, 85 x 115 cm Coleção Particular, Rio de Janeiro – – José Ferraz de Almeida Júnior nasceu em Itu, no estado de São Paulo em 1850. Ingressou na Academia Imperial de Belas Artes , no Rio de Janeiro, em 1869.

Lá estudou com Victor Meireles e Le Chevrel. Desistiu do prêmio de viagem à Europa, mas mais tarde, com uma pensão concedida pelo Imperador D. Pedro II viajou para a Europa em 1876, estudando com Alexandre Cabanel na Escola de Belas Artes de Paris. Antes de voltar ao Brasil, prolongou sua viagem pela Europa, principalmente através da Itália. Realizou sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro em 1882. Em 1889 retornou definitivamente para São Paulo. Morreu em Piracicaba em 1899.


2

Almeida Júnior - Remorso de Judas, 1880


3
"Leitura" de Almeida Junior. "


4
O Importuno ( Almeida Junior )


Saudade, 1899, óleo sobre tela, 197 cm x 101 cm, Almeida Júnior, Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

 

Saudade Saudade é solidão acompanhada,

é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já…

Saudade é amar um passado que ainda não passou,

é recusar um presente que nos machuca,

é não ver o futuro que nos convida…

Saudade é sentir que existe o que não existe mais…

Saudade é o inferno dos que perderam,

é a dor dos que ficaram para trás,

é o gosto de morte na boca dos que continuam…


Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:

aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos:

não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver. O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Saudade Saudade — O que será? … Não sei …

Procurei em alguns dicionários empoeirados e antigos

e em outros livros que não me deram o significado

desta doce palavra de perfis ambíguos.

Dizem que azuis são as montanhas como ela,

E que nela se obscurecem os amores longínquos,

e um nobre e bom amigo meu (e das estrelas)

Ele a denomina num tremor de tranças e mãos.

E hoje em Eça de Queiroz sem olhar a adivinho,

seu segredo se evade, sua doçura me obceca

como uma borboleta com um corpo estranho

e fino sempre longe — até agora! —

das minhas redes silenciosas.

Saudade …

Ei, vizinho, você conhece o significado desta palavra em branco que,

como um peixe evade? Não …

E me treme na boca seu tremor delicado…

Saudade …

Pablo Neruda (1904 – 1973)

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