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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

ATUALIZADO!! A DESMISTIFICAÇÃO DA MÚSICA





S
e por um lado a MÚSICA, como SISTEMA, fora inventada pelos antigos gregos há cerca de dois mil e quinhentos anos, o fora de uma maneira idealizada. Hoje, modernamente, a MÚSICA se tornara um PRODUTO.


Você pode perguntar como a MÚSICA criada tão ingenuamente pelos antigos gregos, se tornou um mero produto?

Se é também verdade que desde a antiguidade os músicos se apresentassem em troca de recompensa, pagamento, só no século XX, com a invenção e desenvolvimento dos diversos processos de gravação ( vinil, fita k-7, VHS, CD,DVD, mp3, etc. ) a MÚSICA se separa, é finalmente desvinculada do próprio MÚSICO e pode ser comercializada como objeto.

Esse produto é resultado de uma ESTRUTURA, conscientemente montada para capitalizar verdadeiras fortunas que são distribuídas aos seus membros e participando dessa enorme estrutura global que alcança todo o mundo. Esse mercado possui regras fixadas que tornam a sua produção e venda fiscalizadas em todo o mundo.

Boa parte dessa estrutura é de fato invisível ao fã ou consumidor final de música tornando-se aparentemente quase que um espaço secreto e oculto às pessoas de fora dele. E é exatamente esse viés de instituição secreta que mantém a mágica da música perante seus fãs.

Ao ouvinte comum desconhecedor da indústria fonográfica a áurea de uma música aparentemente mágica e inocentemente ideal é conveniente mas também útil à própria industria musical.

Mas como de fato essa estrutura se comporta e qual a real relação que deveríamos travar com ela e com a música propriamente dita?

Um pouco de história resumida: durante toda a história humana a música só existiu em performance ao vivo, ou seja, um instrumentista ou um cantor ou um grupo de um e outro ou de ambos deveriam sempre cantar ou/ tocar para que algum ouvinte a desfrutasse. Com a invenção dos diversos meios de registro do som, de gravação, começando com o vinil de cera, passando para um material plástico, vindo depois as fitas K-7, VHS, DVD, mp3,  além de outros formatos. Agora a música, qualquer uma poderia ser trasportada, copiada, ouvida onde quando se desejasse.

Essa nova maneira com liberdade e autonomia de ouvir a música, de possuí-la, ser dona dela sem ter relação objetiva com o músico mudou todo um comportamento e os valores com os quais a música era vista anteriormente. Houve de fato uma democratização da música, não exatamente no sentido de haver agora uma música cuja contribuição benéfica fosse coletiva mas do fenômeno objetiva da música como elemento material chegar cada vez mais a mais e mais pessoas e com um custo infinitamente mais baixo.

Se sabe atualmente que noventa por cento de toda a população mundial desconhece teoricamente a música, simplesmente não sabe o que ela é, de onde veio, quem e como foi inventada. Você pode perguntar a qualquer um, com pouca, com mediana educação escolar ou até com algum curso superior que não seja estritamente ligado a esse assuno. Por outro lado, apenas dez por cento de toda a população mundial, de cerca de 8 bilhões de indivíduos, conhece algum fundamento, lida com a música ou tem formação avançada em música, seja  como instrumentista erudito ou musicista.

Desse modo também, é fácil perceber que a Música é uma linguagem que todos nós temos contato diário mas que ainda é uma senhora desconhecida. Desse desconhecimento e de uma certa espécie de mística é que o consumo de música, agora como um produto lucrativo, rende consumidores praticamente cegos.

Igualmente verdade é que os dez por cento de pessoas que produzem e lidam com a música em todo o mundo determine quais composições devam chegar às pessoas, quais músicos e cantores e que lucros devam ser alcançados a partir da venda de cada peça musical. Legislações rígidas, subscritas por governos em todo o globo, são colocadas em práticas, fiscalizando como essa música-produto não fique sem remunerar, autores, produtores, músicos e cantores.

Exatamente por isso as fortunas distribuídas pela poderosa e global indústria da música são as vezes surreais, pagando a compositores, produtores, arranjadores e músicos somas estratosféricas que são traduzidas em gastos e ostentação verdadeiras por esses mesmos artistas dessa indústria da música.


Por Helvécio S. Pereira*

* graduado em Desenho, Plastica e História da Arte pela EBA/ UFMG e Pedagogo pela UEMG





Tecnicamente a evolução da música é incontestável, maior qualidade sonora, de instrumentos musicais, microfones, caixas de som, de mixagem, audiovisual, de estúdios de gravação de áudio, distribuição global, praticamente instantânea, compra e venda de peças musicais. Entretanto o imediatismo e a fácil substituição de canções nas paradas de sucessos, no top de vendas, a quase onipresença de certos artistas, a legião de milhões de fãs, as milhões de views em clipes no Youtube, Vevo e outras redes sociais, nem sempre e na maioria das vezes traduz qualidade musical reais e sobretudo um refinado gosto. Antes, muito ao contrário.






Entretanto algumas canções rompem a ditadura da indústria fonográfica e dos meios comprados de mídia e distribuição, talvez porque em um segundo momento essa mesma indústria se apropria de uma rara qualidade e autenticidade e de certo modo coopera para eterniza-la. Um desses casos é a canção de autoria e gênero negro norte-americano, com influência do gospel, chegando a se confundir como uma, regravada e cantada hoje por inúmeros cantores e interpretes sempre com renovada qualidade, mantendo intacta a sua mensagem e intenção originai, "Stand by Me"



Abaixo, Trio Amadeus interpreta Stand by me, de Ben E. King, inspirado na linda versão do casamento real do príncipe Harry e Meghan Markle. Gravado na Igreja São José, em Belo Horizonte 





Entretanto é inegável que muitas composições são aparentemente eternas, atravessando os tempos, alcançando novas gerações de instrumentistas, interpretes e ouvintes que nem eram nascidos quando as mesmas foram composta.


Lola e Hauser






Joe Cocker / With a Little Help from My Friend





O Dia Mundial do Rock e outras inutilidades políticas e musicais





Il Divo / I Believe in You





Il Divo, Smile




Simple Red- For Your Babies ( ao vivo em Rosso )





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