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quarta-feira, 29 de maio de 2024

OS GÊNEROS MUSICAIS, O QUE SÃO? POR QUE EXISTEM E POR QUE FORAM CRIADOS?




OS GÊNEROS MUSICAIS E VOCÊ ( parte 2 )



Tá, os gêneros musicais constituem um tipo de informação que a pessoa pode ter, pode não ter conhecimento dela, pode saber e não julgar importante ou ao contrario: saber, ter conhecimento e julgar muito importante. Mas e depois, que implicações diretas tem saber essas coisas e em que esses gêneros musicais influenciam você ou eu? Sabemos que podem e influenciam toda uma geração em um país, em uma nação ou em várias delas.

Comecemos, no modo em que podemos diferenciar um gênero musical de um outro gênero musical, como podemos distinguí-los. Há alguns elementos a serem observados que nos ajudam a separar uns de outros:


A forma como, por exemplo uma bateria é tocada, ou mais suave ou mais agressiva, como entre o pop e o pop-rock, por exemplo.

A forma como alguns instrumentos de cordas são tocados, de forma acústica ou com distorção.


A forma como são os vocais, solos, se são vocais gritados, roucos ou melódicos e suaves.


Os temas, que assuntos são normalmente abordados e os que são desprezados e quase proibidos de fazem parte das canções.


O vocabulário usado, que palavras mesmo da língua pátria dos compositores, são usados como por um grupo, um gueto, o uso de gírias ou de bordões, tanto nas canções como na comunicação normal entre artistas e fãs, entre os músicos, cantores e o seu público.

Como exemplos podemos observar, o pop e o pop-rock, ambos tem uma designação de serem pop, mas há sutis diferenças entre ambos:

No vocal o pop é mais, digamos, limpo, enquanto no pop-rock é ligeiramente mais rasgado;


Na bateria o rock usa apenas a bateira tradicional do rock, enquanto no pop-rock pode ser adicionadas baterias eletrônicas ou até essas podem ser substitutas da bateria acústica;


As guitarras no pop-rock são mais raizes, com timbres já tradicionais do rock, enquanto no pop podem ser modificadas, sintetizadas, etc. O mesmo acontece com o contrabaixo, no pop-rock mais próximo do rock tradicional enquanto no pop pode ser totalmente sintetizado.

As letras e temas podem ser mais rebeldes no rock e levadas mais a sério, dramatizadas que no pop.



Essas observações e esses detalhe podem ser observados como critério em todos os demais gêneros e estilos musicais, servindo para registro e descrição de cada gênero nas suas respectivas diferenças de uns para outros. Ou seja> conhecer e entender as filigranas dos gêneros musicais, além dos elementos fundamentai da música, as famílias fundamentais dos instrumentos musicais e sua função na música não são informações a serem razoavelmente desprezáveis. Não se compreende a música e não se escolhe inteligentemente o que ouvir em música, sem essa base rigorosamente obrigatória. Sem essa apreensão se tem compradores de gadgets de som, ouvintes de barulhos, como alguém que ouve mandarim e não entende uma articulação linguística. É rigorosamente posar de bobo e pagar mico, e milhões o fazem diariamente. O choro é livre se você não gostou!

Outro exemplo bastante esclarecedor é entre o Samba e a Bossa Nova que é um samba. O primeiro é cantado bem alto, para ser ouvido a distância e os instrumentos todos tocados como muita energia e volume, aparentando que cada um deve ser ouvido e notado tanto quantos os outros. Já na Bossa Nova, o vocal é quase as vezes sussurrado e o violão e todos os instrumentos são tocados com bastante economia sonora. Os temas, ou assunto das canções ou do cancioneiro de cada um , diferem grandemente. O samba é mais individual e masculinamente machista enquanto a bossa nova é decididamente mais universal.


Ainda sobre os temas ( assuntos das canções ou das músicas ) das diferentes composições de cada gênero musical, alguns gêneros musicais têm temas mais universais, como o rock, por exemplo. Temas mais universais e que fazem parte das experiências das mais diferentes pessoas em todos ou na maior parte das pessoas do mundo.

Já o samba, prioriza a experiência pessoal dos interpretes ou dos cantores, em detrimento das experiências universais, das experiências dos outros. O funk , o Rap, o Hip-hop por exemplo, se ocupam com as relações sociais, entre classes sociais, entre ricos e pobres, pretos e brancos, etc. A experiência individual é considerada em segundo plano, em detrimento dos protestos e análises sociais.

Não por último pois outras classificações podem ser criadas e outros elementos analíticos e descritivos podem ser analisados, a relação entre gênero musical, etnia e classe social. Se é verdade que na maioria dos casos, os gêneros musicais nascem em um gueto cultural, econômico e social, com o tempo vazam e de estranhos passam a ser queridos, por várias camadas econômicas, etnicas e sociais diferentes. A canção caipira ou sertaneja, é tão querida pela camada social, de trabalhadores e pessoas de cultura simples como pelo latifundiário dono de cabeças de gado ou de potros que por unidade, valem mais que apartamentos de cobertura em áreas nobres de muitas cidades. O jazz, nascido em regiões predominante negras de New Orleans, não aceito inicialmente em solo norte-americano, após ser mostrado na França e adorado pelos críticos musicais europeus, retorna aos EUA e ganha o mundo com status de música erudita e assim permanece até hoje, inerredável e definito nessa posição de música e músico de excelência.



Outro exemplo é a nossa Bossa nova, que influenciada pelo jazz que acaba influenciando muito mais do que influenciada, fruto na original evolução do samba brasileiro, apenas mais intimista e de poesia singela e rebuscada, sem pretensão de interpretação de vozes vigorosas, sem improvisos com arroubos de virtuosismo e exibicionismo, ganha o mundo, atravessa barreiras étnicas, sociais, culturais e ganha desde europeus a asiáticos e assim permanece como música de excelência, mesmo sem continuidade de compositores e de composições. Aliás ninguém conseguiu compôs alguma bossa nova tão boa como as conhecidas e clássicas. É como repetir Bach ou Beethoven, ou Mozart, ou Listz, Tchaikovsk ou ainda Rachmaninoff... todos únicos.

Por Helvécio S. Pereira

Graduado em Desenho, Plástica e História da Arte pela EBA/UFMG
Graduado em Pedagogia pela FAE/UEMG
Professor de Desenho Geométrico, Educação Artística e Artes
Músico amador/ educador musical
Fotógrafo
Blogueiro
Divulgador do sistema operacional Linux, tendo feito parte da equipe que implantou o Linux na rede de educação da PBH/ MG

Belo Horizonte 28.05.2024

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