A nossa dificuldade em lidar com a nudez no dia a dia só pode ser explicada pela perda da capacidade natural de se ver, de se reconhecer e de ver e reconhecer o outro como somos, sem a artificialidade que o consumismo impõe a uma sociedade. No livro de Gênesis, Deus pergunta a Adão: "Quem te disse que estavas nu?". Ali estava o problema: uma degradação na forma de se ver e ver ao outro.
Evidente e claramente, de modo objetivo as roupas não são usadas apenas por questões de pudor. Antropologicamente o adorno é a primeira razão e a proteção a segunda grandes razões, somente reservando-se ao terceira razão o pudor ou vergonha, ou o desconforto de se expor ao outro e ver a exposição do outro a sua própria visão. Não se trata de uma defesa a nudez como valor ou uma pretensa ditadura da nudez. Entretanto crimes de natureza sexual, pornografia, nudez gratuita, defraudação das mulheres em transporte público, em escolas e locais de trabalho tem na incapacidade de ligar com o corpo do outro e no caso mais especificamente com o corpo da mulher. A mulher com o seu corpo tem entre si e o mundo masculino dois extremos desconfortáveis, a exploração econômica que explora a sua imagem e a prostituição.
Somente lidamos de forma mais correta com a nudez em situações limites principalmente a nudez feminina. E essa incapacidade ( comum a imensa maioria das pessoas, quase a sua totalidade ) têm sido objeto de exploração e de barganha em todas as áreas da manifestação e ação humanas, inclusive na própria arte, em filmes, teatro, dança, em que o claro uso do nu ou da nudez quando ela nem é diretamente e indubtavelmente necessária à mensagem a ser expressa, representando em muitas situações a prostituição da imagem, principalmente da mulher e até no sexo consentido, deformidades de relação de poder e de posse da plástica e do papel biológico feminino que primaria e inexoravelmente da reprodução menos provável sem o sexo ou a mera insinuação do mesmo nas várias linguagens dentro da Arte.
Por Helvécio S. Pereira
O NU NA ARTE
O estudo e representação artística do corpo humano foi uma constante em toda a história da arte, da pré-história (Vênus de Willendorf) até a atualidade. Da sua faceta mais mundana, relacionada ao erotismo, até a mais espiritual, como ideal de beleza, o nu foi um tema recorrente na produção artística praticamente em todas as culturas que se sucederam no mundo ao longo do tempo.
A NUDEZ OU O NU NA DRAMATÚRGIA
FOTOGRAFIA / NUS ARTÍSTICOS
MODELOS VIVOS EM VÍDEO PARA DESENHISTAS E PINTORES
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