ENSAIO HUM
Indubitavelmente há certas ocupações e profissões que se mostram socialmente mais honrosas que outras temporal ou circunstancialmente. Ser artista, por exemplo, já passou por uma ocupação ou profissão importante, maior e menor, retornando a uma dessas condições temporalmente.
Se antes ser artista caracterizava desocupação, preguiça, improvisação, não sujeição às normas sociais mais aceitas, desinteresse pelo estudo ou pela informação formal, hoje ser um ou uma "artista" como sinônimo de celebridade,parece capacitar a qualquer um a ser uma espécie de portador e certo arauto de determinada verdade. Sociedade e próprios aspirantes a artistas parecem ultimamente reforçar esse falso caráter positivo de artistas e da Arte.
Sobre a mais recente polêmica acerca do que seja ou não Arte, quem seja ou não artista, portanto essa postagem trata exatamente disso e que coisas podem ser mais claras nesse confuso e nem sempre honesto por parte do corporativismo de alguns artistas.
Até que ponto uma formação técnica ou acadêmica é necessária ou ainda é questionável em uma pressuposta produção artística individual coletiva?
A Arte é de fato composta por várias linguagens dentro de si mesma ( como pintura, desenho, escultura, urbanismo, cinema, fotografia, moda, música, dança, etc. ) e cada uma delas com seu relativo e crescente grau de sofisticação e de complexidade deva ser mantida e considerada.
Além do apontado há algo na Arte como certo grau de subjetividade, discurso indireto, sintético com lacunas e inexatidões, se revestindo na maioria das vezes de uma pressuposta verdade embora se coloque como aventadora de tal verdade.
A Arte se caracteriza, como dito, anteriormente como a MANEIRA ou MODO menos simples de expressão de qualquer opinião, pensamento, ideia ou crença.
Quando um ou mais artistas produzem uma obra artística, ao pintarem quadros, comporem músicas, criarem peças de moda, desenharem HQs ( histórias em quadrinhos ), fazerem filmes, o fazem do modo mais indireto e muitas vezes incompleto: com rodeios e lacunas, tudo o que de outro modo poderia ser dito objetiva e mais diretamente.
Há de se lembrar objetivamente que todas as atuais profissões modernas se constituíram como tal a partir do empirismo, evoluindo para um discipulado até se tornarem resultado de formação técnica ou acadêmica. Com a Arte e os artistas não sucedeu diferentemente.
Ainda hoje após uma formação acadêmica formal, legal, muitos artistas profissionais de formação acadêmica formal se submete a um tutor com maior idade e experiência como ocorre com pianistas virtuoses jovens. O mesmo sucedo com pintores, cineastas, diretores de cinema, atores e atrizes. Grandes arquitetos tem aprimorado sua experiência e enriquecido seus referidos currículos passando por grandes ateliês de arquitetura e de urbanismo.
Logo é perceptível e comprovado que muitos artistas são, diferentemente, de outras áreas profissionais, trabalhadores e profissionais que muitas vezes, e quase sempre , são assim reconhecidos pelo fato da classe artística os reconhecerem como tal e não pelo fato de o serem de fato.
Há uma tradição de que se determinado indivíduo produz seu trabalho em algum lugar com características de espaço de arte e se seu fazer apresenta característica de um fazer artístico tal sujeito é logo "um artista".
Outro ponto é que não há de fato nenhuma relação direta do fato do indivíduo ser um "artista", ter domínio da técnica da linguagem que se propôs a usar para se expressar ou domínio ou fundamentação inquestionável, certezas sobre o que exterioriza e sobre o que ele "artista" aborda em sua obra.
Há ainda o fato que a Arte e os artistas sempre estiveram a serviço de uma ideia, crença , ideologia, opinião ou ativismo: a falácia da "arte independente" historicamente não existe. Os artistas para sobreviverem e se promoverem sempre refletiram as correntes de pensamento com maior força religiosa, política, ideológica ou com viés ou possibilidade revolucionária, sobre esse aspecto nenhum artista ou expressão artística tem mérito em si mesma. Artistas após as mudanças impactantes nas sociedades e no pensamento humano podem simplesmente lamentar-se ou gabar-se de terem defendido causas erráticas ou por sorte estarem listado historicamente do lado dos vencedores.
Curiosamente o judaísmo e o cristianismo ( pré-catolicismo romano ) não tem a sua fé sustentada em algumas manifestações artísticas como esculturas e pinturas as mesmas como exemplos a seguir são erráticas mesmo produzidas por artistas de técnica e talentos admiráveis.
A Arte sob essa análise deixa de ser importante já que artistas reconhecidos na sua realidade não são profetas nem tão pouco sábios iluminados, descobridores e anunciadores de verdades absolutas, críticos cujas análises possam ser de fato levadas em conta, pessoas a serem ouvidos com destaque acima das demais vozes e instituições? não!
De fato a ignorância das massas ( não sobre arte, não como simploriamente certos artistas atribuem a burrice do público, por "não entenderem de arte", acusação de ativistas com superficialidade ) em não dominarem as singulares técnicas de cada linguagem artística é que causa comoção e admiração exagerada. Na Coreia do Sul, todas as meninas aprendem piano desde a infância, nas palavras de uma jovem e virtuose pianista coreana, ser pianista na Coreia do Sul é muito mais do que saber tocar piano. Lá há pelo menos duas décadas toda uma geração de garotas tocam piano, leem partituras e dominam a teoria musical com naturalidade. Não é como no Brasil onde qualquer cara de pau, aventureiro,teno gravado um CD, já obtém por força da legalização uma carteirinha concedida pela Ordem dos Músicos.
Essa mesma ignorância ou limitação no momento do debate acerca do assunto, uns pela forma simplória como julgam poder falar sobre a Arte, outros por corporativismo e compartimentação do saber artístico: quando artistas aparentam ou mostram conhecimento "artístico" ele é bastante restrito, mesmo quado dominado à sua restrita área de atuação e de produção, assim por autoproteção e repito por corporativismo simplório se auto defendem na ignorância mais crassa e patética.
Helvécio S.Pereira *
Graduado em Desenho e Plástica e História da Arte pela EBA/ ESCOLA DE BELAS ARTES/ UFMG
Pedagogo, graduado em Supervisão pedagógica, com licenciatura em matérias pedagógicas / UEMG
OS EXEMPLOS ABAIXO CONSTITUEM EXEMPLOS DE "ERROS" COMETIDOS POR ARTISTAS RECONHECIDOS UNIVERSALMENTE EM NOME DO PENSAMENTO E DA CRENÇA DOMINANTE EM SUA PRÓPRIA ÉPOCA
Indubitavelmente há certas ocupações e profissões que se mostram socialmente mais honrosas que outras temporal ou circunstancialmente. Ser artista, por exemplo, já passou por uma ocupação ou profissão importante, maior e menor, retornando a uma dessas condições temporalmente.
Se antes ser artista caracterizava desocupação, preguiça, improvisação, não sujeição às normas sociais mais aceitas, desinteresse pelo estudo ou pela informação formal, hoje ser um ou uma "artista" como sinônimo de celebridade,parece capacitar a qualquer um a ser uma espécie de portador e certo arauto de determinada verdade. Sociedade e próprios aspirantes a artistas parecem ultimamente reforçar esse falso caráter positivo de artistas e da Arte.
Sobre a mais recente polêmica acerca do que seja ou não Arte, quem seja ou não artista, portanto essa postagem trata exatamente disso e que coisas podem ser mais claras nesse confuso e nem sempre honesto por parte do corporativismo de alguns artistas.
Até que ponto uma formação técnica ou acadêmica é necessária ou ainda é questionável em uma pressuposta produção artística individual coletiva?
A Arte é de fato composta por várias linguagens dentro de si mesma ( como pintura, desenho, escultura, urbanismo, cinema, fotografia, moda, música, dança, etc. ) e cada uma delas com seu relativo e crescente grau de sofisticação e de complexidade deva ser mantida e considerada.
Além do apontado há algo na Arte como certo grau de subjetividade, discurso indireto, sintético com lacunas e inexatidões, se revestindo na maioria das vezes de uma pressuposta verdade embora se coloque como aventadora de tal verdade.
A Arte se caracteriza, como dito, anteriormente como a MANEIRA ou MODO menos simples de expressão de qualquer opinião, pensamento, ideia ou crença.
Quando um ou mais artistas produzem uma obra artística, ao pintarem quadros, comporem músicas, criarem peças de moda, desenharem HQs ( histórias em quadrinhos ), fazerem filmes, o fazem do modo mais indireto e muitas vezes incompleto: com rodeios e lacunas, tudo o que de outro modo poderia ser dito objetiva e mais diretamente.
Há de se lembrar objetivamente que todas as atuais profissões modernas se constituíram como tal a partir do empirismo, evoluindo para um discipulado até se tornarem resultado de formação técnica ou acadêmica. Com a Arte e os artistas não sucedeu diferentemente.
Ainda hoje após uma formação acadêmica formal, legal, muitos artistas profissionais de formação acadêmica formal se submete a um tutor com maior idade e experiência como ocorre com pianistas virtuoses jovens. O mesmo sucedo com pintores, cineastas, diretores de cinema, atores e atrizes. Grandes arquitetos tem aprimorado sua experiência e enriquecido seus referidos currículos passando por grandes ateliês de arquitetura e de urbanismo.
Logo é perceptível e comprovado que muitos artistas são, diferentemente, de outras áreas profissionais, trabalhadores e profissionais que muitas vezes, e quase sempre , são assim reconhecidos pelo fato da classe artística os reconhecerem como tal e não pelo fato de o serem de fato.
Há uma tradição de que se determinado indivíduo produz seu trabalho em algum lugar com características de espaço de arte e se seu fazer apresenta característica de um fazer artístico tal sujeito é logo "um artista".
Outro ponto é que não há de fato nenhuma relação direta do fato do indivíduo ser um "artista", ter domínio da técnica da linguagem que se propôs a usar para se expressar ou domínio ou fundamentação inquestionável, certezas sobre o que exterioriza e sobre o que ele "artista" aborda em sua obra.
Há ainda o fato que a Arte e os artistas sempre estiveram a serviço de uma ideia, crença , ideologia, opinião ou ativismo: a falácia da "arte independente" historicamente não existe. Os artistas para sobreviverem e se promoverem sempre refletiram as correntes de pensamento com maior força religiosa, política, ideológica ou com viés ou possibilidade revolucionária, sobre esse aspecto nenhum artista ou expressão artística tem mérito em si mesma. Artistas após as mudanças impactantes nas sociedades e no pensamento humano podem simplesmente lamentar-se ou gabar-se de terem defendido causas erráticas ou por sorte estarem listado historicamente do lado dos vencedores.
Curiosamente o judaísmo e o cristianismo ( pré-catolicismo romano ) não tem a sua fé sustentada em algumas manifestações artísticas como esculturas e pinturas as mesmas como exemplos a seguir são erráticas mesmo produzidas por artistas de técnica e talentos admiráveis.
A Arte sob essa análise deixa de ser importante já que artistas reconhecidos na sua realidade não são profetas nem tão pouco sábios iluminados, descobridores e anunciadores de verdades absolutas, críticos cujas análises possam ser de fato levadas em conta, pessoas a serem ouvidos com destaque acima das demais vozes e instituições? não!
De fato a ignorância das massas ( não sobre arte, não como simploriamente certos artistas atribuem a burrice do público, por "não entenderem de arte", acusação de ativistas com superficialidade ) em não dominarem as singulares técnicas de cada linguagem artística é que causa comoção e admiração exagerada. Na Coreia do Sul, todas as meninas aprendem piano desde a infância, nas palavras de uma jovem e virtuose pianista coreana, ser pianista na Coreia do Sul é muito mais do que saber tocar piano. Lá há pelo menos duas décadas toda uma geração de garotas tocam piano, leem partituras e dominam a teoria musical com naturalidade. Não é como no Brasil onde qualquer cara de pau, aventureiro,teno gravado um CD, já obtém por força da legalização uma carteirinha concedida pela Ordem dos Músicos.
Essa mesma ignorância ou limitação no momento do debate acerca do assunto, uns pela forma simplória como julgam poder falar sobre a Arte, outros por corporativismo e compartimentação do saber artístico: quando artistas aparentam ou mostram conhecimento "artístico" ele é bastante restrito, mesmo quado dominado à sua restrita área de atuação e de produção, assim por autoproteção e repito por corporativismo simplório se auto defendem na ignorância mais crassa e patética.
Helvécio S.Pereira *
Graduado em Desenho e Plástica e História da Arte pela EBA/ ESCOLA DE BELAS ARTES/ UFMG
Pedagogo, graduado em Supervisão pedagógica, com licenciatura em matérias pedagógicas / UEMG
OS EXEMPLOS ABAIXO CONSTITUEM EXEMPLOS DE "ERROS" COMETIDOS POR ARTISTAS RECONHECIDOS UNIVERSALMENTE EM NOME DO PENSAMENTO E DA CRENÇA DOMINANTE EM SUA PRÓPRIA ÉPOCA
Ninguém questiona que a tradicional ceia realizada por Jesus Cristo junto as seus discípulos não poderia como certamente não foi, do modo que o genial Leonardo da Vince retratara? por exemplo o costume da época era comer deitado de um lado, sobre almofadas ou sentados no chão ao redor de uma pequena mesa baixa!
Se acertadamente a despeito da importância da obra e da lembrança que produz em nós espectadores e crentes ela é factualmente errática e feita segundo a encomenda e gosto dos seus encomendadores, como um arte contemporânea exposta em um museu com um curador confessadamente inclinado e simpático a diferente ordem social e à uma reengenharia social pode definitivamente sr considerada portadora de uma "verdade" e iluminador sob os mais superficiais critérios práticos sendo louvada e defendida como "livre" e acima de qualquer crítica razoável ? É óbvio que não!
COMO IMPORTANTES OBRAS DE ARTE RECONHECIDAS UNIVERSALMENTE SÃO RESULTADO ÚLTIMO DE INÚMERAS INFLUÊNCIAS DE SEU TEMPO
Se acertadamente a despeito da importância da obra e da lembrança que produz em nós espectadores e crentes ela é factualmente errática e feita segundo a encomenda e gosto dos seus encomendadores, como um arte contemporânea exposta em um museu com um curador confessadamente inclinado e simpático a diferente ordem social e à uma reengenharia social pode definitivamente sr considerada portadora de uma "verdade" e iluminador sob os mais superficiais critérios práticos sendo louvada e defendida como "livre" e acima de qualquer crítica razoável ? É óbvio que não!
COMO IMPORTANTES OBRAS DE ARTE RECONHECIDAS UNIVERSALMENTE SÃO RESULTADO ÚLTIMO DE INÚMERAS INFLUÊNCIAS DE SEU TEMPO
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